Correspondência de Nossos Leitores

     Esta HP tem apresentado um expressivo número de visitas, desde sua criação no ano 2000. Embora a maioria dos visitantes tenha preferido o silêncio, alguns deles sentiram-se motivados a me enviar mensagens, expressando sua surpresa diante das informações aqui contidas. Essas mensagens têm apresentado diversos teores - elogios, perguntas e também críticas. Algumas também narram autênticos dramas humanos. A maioria dos leitores expressa-se de modo gentil e solícito. Raramente recebo mensagens hostis. Normalmente, essas provêm de adeptos extremistas da comunidade religiosa Testemunhas de Jeová. Respondi a diversas delas ao longo dos anos, estando tais réplicas disponíveis nesta seção. Conforme o leitor verá, elas têm seguido até hoje um padrão típico - declarações genéricas de repúdio ao meu trabalho, raciocínios preconceituosos e ambíguos, bem como argumentos do tipo ad-hominem (ataques pessoais, ao invés de ataques às idéias) e ad-baculum (argumento baseado na ameaça). Deficientes em provas, desprovidas de qualquer fundamentação documental e insistindo nos mesmos pontos já rebatidos, vez após vez - talvez pelo fato de os autores delas não terem se dado ao trabalho de examinar as correspondências antigas -, tem sido, confesso, um trabalho repetitivo e, sobretudo, maçante refutá-las. Desse modo, minha política atual é: avaliar a consistência do conteúdo das novas mensagens e, com base nele, decidir para qual delas uma réplica  poderá acrescentar real proveito ao público visitante. As que seguirem o padrão anteriormente citado serão desconsideradas, até que seus autores, caso desejem, as reformulem dentro de padrões civilizados e consistentes. Creio que esta seção, continuamente renovada, servirá de autêntico "laboratório de comportamento humano", onde as reações - individuais ou de grupo - à crítica religiosa bem fundamentada podem ser visualizadas com impressionante realismo. Durante a leitura, você, visitante, poderá conhecer as opiniões de nossos leitores, podendo distinguir qual delas está mais de acordo com a sua própria. Ao mesmo tempo, poderá constatar, na prática, a dramática mudança no comportamento das pessoas, advinda do controle mental exercido pelas seitas. Isso é real!

     OBS: As mensagens estão dispostas em grupos de, no máximo, trinta - da mais recente à mais antiga - e o nome dos leitores foi omitido, de modo a assegurar-lhes privacidade, exceto nos casos em que houve permissão tácita ou explícita para publicar os dados pessoais do remetente.

Mensagens entre 18/10/2004 e 31/10/2009

 

  1. Desabafo de uma Filha

  2. Publicado a Pedido

  3. Um Débito

  4. Show Perdido

  5. Teclando com uma TJ

  6. Vergonha na Cara

  7. Apreço pelos Depoimentos

  8. Ex-associado das TJ se torna Rosacruz

  9. TJ se Julga Abandonada pela Organização

  10. Ampliando os Horizontes

  11. Sobre o Artigo "Inimigo Íntimo"

  12. Agradecimentos

  13. Informações Valiosas

  14. Provas Confiáveis

  15. Desabafo de um Ancião

  16. O Justiceiro

  17. Site "Pastores das TJ"

  18. Um Admirador

  19. Abandonado pelos Antigos "Irmãos"

  20. Maravilhado com as Informações

  21. Livres, enfim!

  22. Alguém nos escreve de Joinville

  23. Rumores do Japão

  24. Tentando Resgatar um Irmão

  25. Mais um Jovem Prejudicado

  26. Sem Comentários

  27. O Sentinela em Vigia

 Mensagens anteriores

  
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Desabafo de uma Filha

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Ivana, Brasil, 31/10/2009

Boa tarde, Senhor Odracir!

Achei sua home page pesquisando sobre como são tratados membros de famílias que são desassociados.  Fiquei surpresa e emocionada com seu relato e os depoimentos lidos.Também estive na religião TJ desde criança, me batizei ainda menina, achando que estava fazendo tudo certo, mas sem discernir o certo e o errado e o que isso acarretaria na minha vida. Meu pai sempre foi radical na nossa criação, minha mãe teve depressão desde que me conheço por gente. Tive a responsabilidade de cuidar da casa desde menina, minha vida sempre foi muito dura e não tive orientações coerentes acerca de assuntos sexuais. Fui praticamente estuprada pelo primeiro namorado (namorava escondido porque era proibido), tinha 15 anos na época. Engravidei e fui expulsa da sociedade sem perdão. Será que não era o momento em que eu precisava mais de apoio, sendo ainda uma menina?
 

Desde então, minha vida tem sido dura, sem apoio dos pais que ainda são de lá. Nunca pedi ajuda, sempre me virei, mas agora me encontro em uma situação muito difícil. Não posso mais pagar o aluguel e meu pai tem um lote vago, pedi a ele que me desse um pedaço pra eu construir uma casinha até as coisas se ajeitarem... mas qual não foi minha decepção ao ouvir que não poderiam porque eu sou desassociada e eles não podem conviver comigo.Mas, isso foi há 28 anos! Moramos no mesmo prédio em apartamentos alugados. Disse a ele... mas já moramos praticamente juntos... ele me disse: moramos porque o prédio não é meu...
 

Faz idéia do golpe que isso foi pra mim? Sempre pensei que ele não me ajudava por egoísmo e não por fanatismo.Faz 3 dias que só choro e a dor no meu peito é insuportável. Aquele que me deu a vida também me matou por dentro. Me sinto uma morta viva e não encontro mais sentido em nada. É só um desabafo... nunca pensei que o fanatismo deles me prejudicasse assim no momento em que mais preciso.

Um abraço.

 

Publicado a Pedido

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Brasil, 20/10/2009

 

   Olá, Odracir:
 
  
    O trabalho que vocês fizeram em prol de esclarecer a verdade sobre as testemunhas de Jeová, para aqueles que ainda permanecem sob a influência da torre de vigia, foi algo extraordinariamente proveitoso e positivo porque ajudou muitos a perceberem que nem tudo que é publicado na literatura da "organização" está em harmonia com a palavra de Deus. E não me refiro apenas a sua página na internet, mas  também a dezenas  de outras que consultei, a titulo de curiosidade em um primeiro momento, e depois como meio de embasar meus argumentos contra aqueles que reclamam de mim uma esperança de vida. Estou cônscio do enorme esforço gasto em inúmeras horas de pesquisa, estudo e dedicação, o que deixou bem evidenciado o interesse pelo bem-estar de tantos que ainda continuam agrilhoados no jugo de um sistema religioso centralizador, policialesco e legalista, à semelhança do antigo Israel e da auto-proclamada "santa madre igreja católica."  Não poderia  deixar de reconhecer que o  trabalho de vocês em benefício de pessoas como eu, assume grande importância,  sobretudo, quando sem ônus foram à procura da verdade, traduziram livros, artigos, criaram sítios na internet, estabeleceram o contraditório, debateram com os que defendem a teologia da torre, enfim, deixaram o marco que continua na rede mundial de computador ao livre acesso para quem quiser pesquisar, questionar, debater. Embora não haja atualizações diárias, em alguns casos somente periódicas, contudo a informação ainda é válida e continua à disposição. Isto é uma espécie de mea culpa, pela maneira como tratei alguns de vocês quando da abordagem inicial em que fui tomado por um sentimento de desilusão ao ver que tudo em que cria de repente estava sendo questionado de uma forma que não poderia ser contestado. Eu fui treinado para vencer toda sorte de argumentos nas portas das casas em que ia pregar os ensinos da torre de vigia e ficava feliz quando absolutamente ninguém com quem conversei sobre o conhecimento que a torre me passou conseguia me convencer do contrário. Como eu lhe disse certa vez, por uma questão de conduta imprópria pedi desligamento. Passei um bom tempo afastado, porém sempre com o propósito de retornar, o que não fiz graças ao  fato de ter-lhes encontrado. O inusitado é que me deparei com tantos argumentos desfavoráveis à torre, e eu não tinha nenhum que pudesse apresentar em seu favor de modo que fiquei só observando, diferentemente de quando "engrupia" os moradores em suas casas com argumentações falaciosas. Me senti impotente ante tudo o que presenciava, daí foi um passo para rendição. Por mais que se queira, não dá para defender o indefensável, nem minimizar os erros da torre de vigia. Não são erros inocentes por uma questão de simples interpretação errônea da palavra de Deus, que se possa depois voltar atrás, admitir e seguir em frente. Como disse Ray Franz, o conceito segundo o qual a organização é o único canal de comunicação entre Deus e os homens, é a causa de toda sorte de práticas errôneas da torre com consequências fatais que envolvem até mesmo a morte de pessoas, por rejeitarem uma transfusão de sangue, por se negarem a  prestar serviço alternativo, o que resultou em prisões, mortes, degredo e banimentos. Sem falar nos anos de vida perdidos por se recusarem a cursar uma faculdade, buscar um qualidade de vida melhor e tudo o mais que você sabe melhor do que eu. Como absolver a sociedade destas práticas nefastas? Pessoas morreram acreditando em um sofisma, em um mito, persistente e persuasivo. Como posso atribuir a Deus tamanha barbaridade? É simplesmente impossível. Agora estou persuadido de que sou um dissidente dos ensinamentos da torre e não da palavra de Deus. Meu querido irmão, escolhi sua home page para dirigir estas palavras porque tenho um depoimento nela publicado e de fato muito me identifiquei com seus argumentos e apreciei a clarezas dos seus artigos. Agora que estou com minhas convicções consolidadas, quero agradecer-lhe. Por favor, publique!  
 
 
                                                                                                      Cordialmente, 
 
                                                                  KID JANSEN DE ALENCAR MOREIRA

 

Um Débito

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A.T., Brasil, 04/09/2009

Caro Odracir, tenho um débito muito grande contigo pelo trabalho magnífico de pesquisa que fizestes.  Ter disponibilizado no teu site toda aquela informação fidedigna sobre a WT me ajudou muito a suportar a pressão depois que me dissociei. 

 Cara, parabéns pela coragem! Quando respondo no Youtube, tenho usado com base o teu material. Posso fazer isso? Caso não autorizes me responda (que eu paro). O mínimo que  posso  desejar é que  tenhas uma vida longa com muita saúde e alegria!

 

 

Show Perdido

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R.R., Brasil, 23/3/2008

Caro Odracir:
 

"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará"

Nada mais verdadeiro!
 

Eu fui enganado e aterrorizado pelas testemunhas de Jeová por muitos anos. Faz pouco tempo desde que me libertei e digo que achei MUITO CONSOLO lendo o teu site. É realmente difícil construir um site com todas aquelas provas contundentes que tu colocaste. Usar as "publicações" do "escravo fiel e discreto" contra ele mesmo é algo que eu sempre quis, várias vezes tentei e nunca consegui. OBRIGADO pela tua pesquisa e pela tua apresentação. Peço-te que te mantenha firme em desmascarar essa religião que me roubou muitos anos de vida. Essa religião que me roubou muitos prazeres, como por exemplo um show do Metallica em Porto Alegre ao qual eu deixei de ir (mesmo com o ingresso comprado) por medo de alguém contar aos anciãos e sofrer represálias na congregação.

Continue forte e em busca da verdade.
 

 

Teclando com uma TJ

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J.C., Portugal, 14/6/2007

Diálogo com uma TJ que me adicionou ao MSN (minhas réplicas estão em azul)

          Oi.

            Olá, tudo bem? Como soube de mim?

             No site. O site é seu?

            Qual?

            Tem mais do que um?

            Participo de mais de um, mas meu, só um.

             Hum... interessante.

            Qual foi?

             Eu vi aquele em que fala das Testemunhas de Jeová

           Mas qual o título?

              Torre de Vigia.

           Hum...

            No geocities.com

           Ah, sim, esse está desatualizado, agora o servidor é outro.

           Ai, sim? E qual é o actualizado?

          www.testemunha.cjb.net

            O conteúdo é o mesmo?

           Sim, mas atualizado.

            Você odeia as Testemunhas?

           Não, eu odeio o abuso religioso, a fraude.

           Porque não fala dos Mórmons?

           Falo, sim, falo de vários.

           Não sei...

Leia meu artigo “O Lado Negro da Força” - lá eu falo da organização criminosa do Edir Macedo. Conhece?

           Mas você parece atacar mais as Testemunhas.

Impressão sua, isso se deve ao fato de eu ter sido doutrinado e ter sofrido lá.

         Ah, bem me parecia. Qual é a sua religião?

Não tenho religião, mas isso está dito lá. Você não leu? Na parte “Apresentação”.

            Isso é comum à maioria dos que saem da organização.

É comum à maioria dos que saem de qualquer religião...

           Depois começam a atacar ferozmente.

Escute, J....

           Sim...

Você está me contatando com que finalidade? Pra me atacar ou pra conversar? Se quiser dialogar, terei prazer. Mas, se é pra me dirigir ataques pessoais, é desnecessário esse diálogo.

           Para conversar. Está se sentido atacado?

          Você disse “FEROZMENTE” -  isso se refere a mim, não?

Você também diz coisas a respeito das Testemunhas que estão distorcidas, cita até mesmo frases das publicações retiradas do contexto... não é um ataque feroz às Testemunhas? Não está você a atiçar o preconceito contra elas?

Pode me dizer exatamente em que parte faço isso? Pode citar a frase e o contexto? Daí, podemos dialogar pacífica e respeitosamente.

           Sim, estou preparando um resposta ao seu site, sabia?

Fique à vontade.  Você leu o artigo ‘Apresentação’? Será um prazer debater, desde que seja com respeito.

           Com certeza, com respeito.

Você sabe o que o Ministério do Reino diz sobre isso? Embora eu discorde, [ele] diz que é DESNECESSÁRIO QUE TESTEMUNHAS CRIEM SITES sobre a organização, que tudo o que deve ser dito já se encontra no site da Torre de Vigia, que os irmãos que estão colocando sites pra defender a organização são IMPRUDENTES. Conhece esse ministério? Deve ter chegado aí em Portugal, pois chegou aqui no Brasil. Várias Testemunhas que tinham sites como o que você está pensando em criar, os desativaram. Por exemplo, o do Eduardo Becchi – “O Sentinela em Vigia”. Conhece?

           www.tjdefendidas.org

Exato, é um site de origem espanhola.

           Esse site não foi desactivado.

O Eduardo Becchi [o] estava traduzindo para o português, mas, diga-me: você estudou esse ministério do reino? Senão, acho que tenho a data dele aqui comigo. Assim sendo, o que você planeja fazer, embora com boa intenção, não é aprovado pela organização.

Estudei sim, e compreendo o por quê desse conselho. Para proteger as Testemunhas e a própria organização. Mas não se diz que é proibido construir site.

Não diz, mas chama de imprudentes os que constroem. Vou ver o artigo aqui...

Muitas Testemunhas acabariam por dizer algo sem conhecimento de causa, ou sem informação abalizada; acabariam por ser imprudentes, de fato. E os ataques que sofreriam seriam muito prejudiciais. acabariam por dizer, ou cometer alguma imprudência. Quem se sente bem em ouvir palavras ultrajantes a respeito do que mais prezamos?

Vou transcrever o conteúdo pra você:

Falando sobre a necessidade ou não de nossos irmãos criarem esses sites, o Nosso Ministério do Reino de novembro de 1.997 declarou, na página 3: “Não há necessidade de ninguém preparar páginas na Internet sobre as Testemunhas de Jeová, sobre nossas atividades ou crenças. Nossa página oficial [www.watchtower.org] apresenta informações exatas para quem as desejar”... Vale notar que diversas pessoas criaram sites na Internet aparentemente para pregar as boas novas. Muitos desses sites são de autoria de irmãos imprudentes.

Esse conselho se aplica a você?

Como disse, compreendo o por quê desse conselho. Para proteger as Testemunhas e a própria organização. Mas não se diz que é proíbido construir sites.

Responda a minha pergunta: o conselho "Não há necessidade de ninguém preparar páginas na Internet sobre as Testemunhas de Jeová, sobre nossas atividades ou crenças. Nossa página oficial [www.watchtower.org] apresenta informações exatas para quem as desejar”, APLICA-SE OU NÃO A VOCÊ?

Está tentado me enlaçar? Esse conselho é direcionado às Testemunhas em geral, mas os ungidos são a "coluna e amparo da verdade".

NÃO ESTOU TENTANDO ENLAÇAR, ESTOU PERGUNTANDO SE O CONSELHO ACIMA É PRA VOCÊ TAMBÉM.

Eu sim, gostaria de lhe contar a minha história...

Certo, terei prazer em ouvi-la, mas ANTES você tem de responder de forma convincente, não evasiva, se o seu esforço para publicar um site é ou não desaconselhado nesse texto do Ministério. Responda: É OU NÃO É?

É sim, desaconselhado.

ÓTIMO, então, você concorda que está deixando de seguir um conselho do escravo fiel e discreto? Se os ungidos são a coluna e o amparo da verdade, PRECISAM QUE VOCÊ OS AJUDE A DEFENDER A ORGANIZAÇÃO, DE UMA FORMA QUE ELA PRÓPRIA DESACONSELHA?

Não, não precisamos de ajuda...

Não falei "nós", falei do corpo governante. Ele diz no ministério que você não deve tentar auxiliar a organização com um site.

Eu concordo com esse conselho, porque o amor nos move nesse sentido, para proteger as ovelhinhas de Cristo.

Concorda e desobedece????

Não desobedeço.

Vamos retornar ao começo. Você falou que:  1) Está preparando uma resposta ao meu site (suponho que seja uma resposta por meio de outro site)  2) O Site TJ defendidos não foi desativado.

Não, não é outro site.

Como será então?

Um artigo para enviar para você.

Ah, um artigo pessoal???? Claro, pode enviá-lo, mas, mesmo assim, você continua a desobedecer ao "escravo fiel" e vou lhe dar os motivos: 1) Você não deveria ter visitado meu site, mas o fez  2) Você está mantendo contato comigo, quando sabe que a organização condena isso. Veja, J., não o critico por ter espírito de independência, acho [isso] louvável em você.

Você não sabe quem eu sou.

Você é do corpo governante? Ou de betel?

Não vou responder. Desculpe.

Muito bem, então eu suponho que pertença à organização. Se pertence, está sujeito ao “escravo fiel” como todas as outras TJ.

Todos pertencem à organização...

Não tem privilégios, concorda? O que as TJ em geral não podem fazer, você também não pode,  não é assim? Vi sua foto no MSN, você é um belo jovem, sei que não pode ocupar o corpo governante, justamente porque é muito jovem. Talvez tenha servido em betel.

Eu não diria sujeição ao "escravo fiel e discreto", porque o povo de Deus só está sujeito a Jeová. Não somos os amos da fé de ninguém...

É verdade. Porém, a literatura da organização afirma que só através dela podemos alcançar Jeová, concorda? Se discordar, tenho várias citações de revista e livro dizendo EXATAMENTE ISSO. A organização diz que Deus NÃO NUTRE NINGUÉM INDIVIDUALMENTE, MAS APENAS POR MEIO DE SUA ORGANIZAÇÃO VISÍVEL. Tenho o artigo aqui comigo.

Claro, e isso é verdade. Num tempo em que o mundo está repleto de organizações de todos os tipos, é razoável crer que Jeová também teria para si uma organização na terra. Não é cada um por si, como são os adeptos na Nova Era.

Compreendo. Mas estar sujeito a uma organização na terra, significa estar sujeito aos que tomam a dianteira dela, discorda? Você fala como uma TJ. Devo crer que não é uma? Se é uma, então está sujeito, sim, aos conselhos do corpo governante. Se não é uma, é um defensor tão ardoroso delas que deve estar associado com a organização, mesmo que não batizado ainda.

Novamente lhe digo que você não sabe quem sou nem conhece minha história. Fiquei muito magoado com o seu site, porque você conta coisas distorcidas e verdades misturadas com meias-verdades, e tudo isso apresenta uma imagem maliciosa.

Lamento, não era minha intenção magoar ninguém individualmente.

Ai, não?

            Muito menos você a quem não conheço.

Que santo você é!

            Você está sendo indelicado. Quer continuar a conversa ou não?

Então o que seria se Jesus o repreendesse com aquelas palavras firmes que ele dizia aos fariseus.. claro que quero conversar.. mas parece que a sua intenção é tentar ludibriar-me, e se eu me defendo de uma forma mais firme, você já está insinuando que termina a conversa.

Vamos [voltar] ao início: eu disse que estou disposto a dialogar se mantivermos o respeito pessoal. Eu não o conheço, você não me conhece. Se não houver educação, é um direito meu retirar-me da conversa.

Gostaria de poder dizer tudo o que quero dizer, mas vou enviar para si depois por email.

Se forem insultos pessoais, saiba que os publicarei em meu site.

 Estou faltando ao respeito?

Como falei antes, veja sua declaração: "Que santo você é!" Essa é uma declaração de respeito ou de indelicadeza? O que você chama de "firmeza" mais me parece um eufemismo para grosseria.

Eu sei sim que os publicará no site. Não seria de esperar outra coisa. Você diz que não é intenção magoar ninguém, mas se é assim tão perspicaz, certamente sabe que esse seu site faz justamente isso, magoar as Testemunhas que por acaso entrem no site.

É mesmo? Pois leia isso:

"As igrejas Católica, Ortodoxa e, mais tarde, as Protestantes... tornaram-se parte de Babilônia a Grande, o império mundial da religião falsa do diabo." - A Sentinela de1/12/1991, pág. 13

E mais isso:

“De modo que católicos mataram outros católicos com aprovação de seus líderes religiosos, e os protestantes fizeram o mesmo”. - Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra (1982), pág. 28

“Em vez de ajudar as pessoas na sua busca do Deus Verdadeiro, as numerosas seitas e denominações que surgiram em resultado do livre espírito da Reforma Protestante apenas as dirigiram a muitas diferentes direções. De fato, a diversidade e a confusão levaram muitos a questionar a própria existência de Deus.” - O Homem em Busca de Deus (1990), pág. 328

Acha que essas palavras não magoam pessoas de outras religiões?????

“Atualmente, os assim chamados ‘Protestantes’ e o clero Yiddish [judeu] cooperam abertamente e são controlados pelas mãos da Hierarquia Católica Romana, como simplórios palermas...” - Inimigos (1937), pág. 222 (em inglês)

Acha que isso não feriu ninguém????  Só consegue perceber a dor quando a crítica é dirigida a você? Não consegue perceber a mágoa quando a crítica é dirigida à religião de outros?

Como você tem acesso a essas publicações antigas? E um acesso rápido, quase num passe de mágica...

Não desvie o assunto. Concentre-se no conteúdo delas. Sou um pesquisador competente. Tenho milhares de artigos comigo. Acha que critico o que não conheço???? Tive contato com a organização antes de você NASCER, em 1972.  Conheço-a profundamente. Tenho muita literatura antiga e tenho as novas também.  Pra falar de um assunto você deve primeiro estudá-lo e isso eu o fiz por meses e anos.

Está bem.

Faça o mesmo, pesquise as citações que faço. Onde encontrar uma que seja, distorcida, terei prazer em retirá-la do meu site. Mas, enquanto não fizer isso com provas concretas e convincentes, sinto muito, tudo continuará lá como está.

Mas esse moralismo que você apresenta, não tem respaldo nas Escrituras. Os verdadeiros discípulos de Cristo têm autoridade para "demolir os raciocínios fortemente entrincheirados" e 'tudo o que se levanta contra o conhecimento de Deus' e para "repreender o que contradizem".

Não lhe peço para demolir raciocínios da bíblia, peço-lhe uma coisa mais difícil - DEMOLIR PROVAS AOS MILHARES que publiquei em meu site, com NOME DA LITERATURA, ANO E PÁGINA.  Prove que as citações não existem,  prove que a organização não fez o que eu denuncio no site. Apresente PROVAS e eu PROMETO QUE REMOVEREI TODAS AS "DISTORÇÕES" , como você diz. Enquanto não fizer isso, lamento se o magoa...

Já fui confrontado com muitas outras citações que eram tiradas do contexto, e apresentadas numa argumentação astuciosa.

PROVE QUAIS CITAÇÕES EU DISTORÇO DE FORMA ASTUCIOSA. Se você provar, tem minha palavra de que as removerei. Quem tem feito citações fora de contexto e de forma astuciosa é a própria organização!

Não estou pedindo para remover, estou falando de citações fora do contexto.

Eu tenho comigo correspondências de autores para [a organização], reclamando da forma como foram citados. Pois bem, se você provar que minhas citações estão fora de contexto, ainda assim, eu assumo com você agora o compromisso de REMOVER.

Você tem tudo!

Não tenho tudo,  eu tenho os fatos. E contra fatos não há argumentos.

Apenas não tem si mesmo o "amor de Deus".

Não é isso que está em questão aqui. Você me acusa de desonestidade intelectual, de distorcer citações...

De as retirar do contexto.

Essa é a SUA ACUSAÇÃO, mas como deve saber, quem acusa TEM DE PROVAR. J., não seja evasivo, seja específico, apresente as PROVAS.

Não persista nesse ponto porque eu depois enviarei por email.

Certo, aguardarei e assumo o compromisso, como falei, tudo o que você PROVAR eu removerei do site.

Isso para mim é irrelevante.

Se fosse irrelevante, você não teria se dado ao trabalho de me contatar e de me escrever. Meu trabalho não é irrelevante pra você.

Mesmo que você resolvesse eliminar o site, há outros sites semelhantes.

Pois faça assim: desobedeça à organização e envie sua correspondência para os outros sites. Eu conheço os autores de alguns e dou-lhe minha palavra de que eles também removerão tudo o que você PROVAR que é distorcido ou falso.

Estou falando de você retirar as citações, como se me estivesse a fazer algo de bom. não me importa que você tire ou não. não vai ser o seu site nem um milhão deles que vão acabar com o povo de Deus

Afinal, quer ou não que eu retire as citações? Se elas o magoaram, creio que quer...

Então crê mal.

Ah, então não se importa que elas permaneçam lá? Por que então está a me escrever?

Apenas sinto-me no dever de "repreender os que contradizem".

Eu também me sinto no dever de denunciar o abuso religioso, como faço em meu site, [eu] me sinto no dever de denunciar a fraude, como faço em meu site, de denunciar os milhares de vidas perdidas por causas de doutrinas falsas como a das vacinas (1923 - 1952), dos transplantes (1968-1980) e do sangue (1945 - )...

Essas citações até podiam aparecer escritas nas paredes da sua casa. os fariseus não tentaram de tudo também para desacreditar o testemunho dos apóstolos, mas nada conseguiram.

Não estou falando de cristãos em geral. Sua organização diz que é o único canal de comunicação entre Deus e a humanidade. Se ela é o que diz, tem no mínimo a obrigação de não praticar a desonestidade em seus artigos, de branquear seu passado, de escondê-lo de seu rebanho. E é isso que eu faço, mostro com NOME, DATA E PÁGINA, cada artigo que eu critico. Espero que você faça o mesmo.

Continue com esses argumentos.... é curioso que o "único canal" esconde o seu passado do seu rebanho, mas de você não ficou escondido!

Minha história está toda lá - minha infância e adolescência atormentadas por essa organização.

Ai, sim?

Você não leu meu site, só superficialmente.

Essa parte, não.

Critica o que não conhece, critica o que não leu, eu escrevi aqueles artigos ao longo de anos,  pesquisando noites a fio, e vem você agora, um desconhecido, me repreender sem ao menos ter lido o que escrevi.

A sua história ainda não li.

Parece-me que um provérbio diz que replicar um assunto sem conhecê-lo antes é uma tolice e uma humilhação, não é assim? Você visitou meu site porque quis, leu porque quis. Não foi convidado pessoalmente por mim. Desobedeceu ao “escravo fiel” e leu. E, ainda mais, adicionou-me no MSN, sem se apresentar, perguntou quem sou eu. Eu aceitei ser adicionado, dispus-me a dialogar sem ataques pessoais, pois não nos conhecemos. Você me dirigiu uma ironia ("santo") e me comparou aos fariseus...

Ouça lá, eu estou falando da sua história? Estou falando do que li das citações. Esse tipo de tortura mental não funciona comigo... você pensa que eu sou apenas um jovem qualquer que se associou com a organização, mas está enganado.

Acusou-me de desonestidade intelectual. Que você é um jovem, está claro, pois vi sua foto. Se não se associou, fala como um deles, prega como um deles, já deveria ter se batizado. Devo deduzir que, em espírito, É UMA TJ.

Vê como você prepara os seus argumentos mordazes? "Acusou-me de desonestidade intelectual", mas eu não o acusei de nada!

Claro que acusou. Você disse que eu fiz DISTORÇÕES E MEIAS VERDADES. O que é isso???? Honestidade????

Isso é uma forma vergonhosa de contar as coisas à sua maneira para se sair favorecido, nos seu argumentos exagerados.

É? Pois responda: uma pessoa que diz que outra usou citações fora de contexto e meias verdades, está a dizer que ela é o QUÊ?????? Responda objetivamente. Além disso, diz acima que estou a agir de maneira vergonhosa...

Disse o que constatei e nada mais.. você ao usar esses argumentos, está envenenando a mente das outras pessoas, porque exagera.

Responda à pergunta. Estou esperando que você responda.

Disse o que constatei, não o acusei de "desonestidade intelectual".Você é que tem essa forma de argumentar.

Responda: qual a consequência de quem diz que outro faz citações fora de contexto e meias verdades? O que significa? O que insinua quanto ao caráter do outro?

Quem fosse ler essas suas palavras "acusou-me de desonestidade intelectual", iria pensar que eu realmente o acusei, e isso é mentira, está exposta a sua técnica, a sua força mental prejudicial.

É mesmo? Está bem, então vou dizer assim: "fulano disse que eu uso citações fora de contexto e meias verdades, mas não acha que sou desonesto ao fazer isso".

Diga exactamente o que eu disse!!! Diga que eu falei que você usa citações tiradas do contexto e de uma vez por todas admita que é verdade!

Certo, vou copiar e colar sua declaração:

"você também diz coisas a respeito das Testemunhas que estão distorcidas, cita até mesmo frases das publicações retiradas do contexto... não é um ataque feroz às Testemunhas? Não está você a atiçar o preconceito contra elas?"

Aí estão suas palavras.

Isso mesmo...

Agora tente me explicar como as palavras acima não constituem uma acusação de desonestidade. Uma pessoa que distorce coisas e as tira de contexto É HONESTA???? Responda simplesmente SIM OU NÃO!

Conclua o que quiser, mas na hora de falar a outros a respeito desta nossa conversa, não use essa sua argumentação prejudicial.

Ah, é? Então você também conclua o que quiser. Sua argumentação, pra mim, é sem base lógica. Até agora não refutou uma única peça de evidência. Até agora só forneceu sua opinião. Veja, J., você fala com sotaque português, então vive em um país onde há liberdade de expressão. Eu vivo num país onde também há essa liberdade - o que fiz foi publicar minha opinião e minhas conclusões.

Lamento muito, mas mesmo muito, que muitas pessoas estejam sendo prejudicadas por um site cheio de argumentos de "controle de pensamento". Fico muito triste por ver que você como que promete liberdade para os outros, mas o efeito é o contrário.

Muito bem, essa é sua conclusão? Um direito seu.

"Embora lhes prometam liberdade, eles mesmos existem como escravos da corrupção." - 2 Pedro 2:19

Não pregue pra mim, pois você nem ao menos sabe a origem desse texto. Nunca estudou crítica textual. Corrupto é quem mente e engana e eu provo em meu site que sua organização faz exatamente isso. Se você quer ser levado a sério, apresente CONTRAPROVAS. Se não as apresentar, para mim, será apenas a opinião de um religioso que não aceita a crítica; que PREGA DE CASA EM CASA DEIXANDO LITERATURA QUE ATACA A RELIGIÃO ALHEIA, MAS QUE, QUANDO É A SUA A ATACADA, MOSTRA-SE AGRESSIVO E NEM AO MENOS TEM EDUCAÇÃO E CORTESIA AO SE DIRIGIR A QUEM NÃO CONHECE. Essa é a minha conclusão. Tire as suas, pois é um direito seu todos podem ter opinião, mas eu vou além disso. Eu apresento PROVAS e estou a aguardar que você as desmascare.

Você usa até as palavras de Jesus "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará", dando a idéia que você é um discípulo de Cristo, "uma luz para os na escuridão, um que corrige os desarrazoados, instrutor de pequeninos, e tendo a estrutura do conhecimento e da verdade" - Romanos 2:19

Engano seu. Usei aquelas palavras da mesma forma que a CPI que desmascarou o presidente Collor aqui no Brasil o fez - o relator da CPI usou esse texto para se referir às verdades que a investigação revelou. Eu citaria um texto hindu, muçulmano ou qualquer outro. Se você lesse minha apresentação, coisa que não fez, aí veria que não defendo religião nenhuma, nem cristã, nem hindu, nem muçulmana.

Já li um pouco.

Pois acostume-se. Antes de criticar um assunto, CONHEÇA-O PRIMEIRO, senão parecerá como diz o provérbio.

Pois usa esse texto de Jesus incorrectamente, é mais um prova da sua argumentação poderosa, mas prejudicial.

É sua conclusão? Muito bem, é seu direito. As minhas sobre você eu já falei acima...

O que tem Jesus a ver com você?

Onde eu falo que sou cristão? Acaso só cristãos podem usar a bíblia?

Mas pode dar essa impressão de que é cristão.

À primeira vista, sim, mas basta ler logo a seguir que eu denuncio o ABUSO RELIGIOSO - está escrito lá. Como falei, você não leu meu site, só superficialmente. Então não tem condições de contrargumentar ainda. Faça como eu:  leia, pesquise, informe-se. Eu tenho montes de literatura aqui comigo. Quero ver se você poderá provar que o que está escrito nela é falso ou distorcido. Quero que prove onde usei meias verdades. Quero que refute os documentos, os nomes, os lugares que cito. Quero que prove com fatos que o que escrevi é falso ou distorcido. Enquanto não fizer isso não levarei a sério sua opinião.

"neuroses de 'destruição' e 'iniquidade' que esta maligna instituição implanta nas mentes das pessoas" - e você não ataca ferozmente a organização...

Esse é um trecho de um depoimento pessoal meu. Você leu lá? Eu digo claramente que é um depoimento meu e que está carregado de emoção. Meu depoimento não é válido? Só o seu? O depoimento foi feito anos antes de eu ter um site, de modo que o transcrevi para o leitor.

"Eu sabia da admiração dos outros e adorava isto, pois, desde que me entendo por gente, sempre gostei de ser notado, de chamar a atenção" - isto já diz tudo.

Certo, e aí? Isso invalida minhas provas? Responda.

Que provas???????

As centenas ou milhares de citações que estão lá, com, nome, data e página. O que você está a fazer, J., se chama ATAQUE AD-HOMINEM, ou seja, como você não consegue provar que minhas denúncias são falsas e que meus argumentos não são válidos, TENTA ME DESACREDITAR PELO ATAQUE PESSOAL. Assim você deixa comodamente de lado os fatos. Rapaz, ATAQUE MEUS ARGUMENTOS, MINHAS PROVAS, NÃO MINHA PESSOA. Se você quer ser convincente, concentre-se naquilo que falou desde o início, que eu tiro citações de contexto e publico meias verdades. Enquanto você não provar isso, toda essa sua argumentação ad-hominem é sem valor, é sua opinião, só, apenas, nada mais.  Mas veja uma coisa: se, como você diz, o que eu quero é atrair atenção pra mim, pessoalmente, pro meu nome, ENTÃO PORQUE NÃO ME IDENTIFICO POR NOME NO SITE? Não [faria] isso alguém que quer ser admirado? Engraçado...

Nem você nem ninguém conseguirá acabar com o verdadeiro povo de Deus. O seu fim será como o de cada um de nós: a morte. Nós temos a esperança da ressurreição, se continuarmos a amar a Deus, e temos a plena certeza de que Deus cumprirá todas as sua promessas. Você, a única coisa que pode ganhar com o site, é ser admirado e elogiado, que é o que você deseja; a única coisas que consegue a apresentar.

Mas quem lê o site NEM SABE QUEM SOU EU. Como vai me admirar????

O seu orgulho, a sua suposta genialidade, mas no fim vai terminar na morte como qualquer um de nós.

E onde em meu site eu declaro que não vou morrer?

Não é isso.

"Genialidade" que você até agora não foi capaz de refutar de forma convincente.

Continue a esforçar-se para ter admiração enquanto em vida, porque depois cairá no esquecimento.

E onde em meu site eu declaro que não quero ser esquecido? Você está a me dizer o ÓBVIO!!!!! O que eu quero é que você PROVE o que afirmou no início, coisa que até agora não fez.

Qual é o objectivo desse site? já lhe disse que não vai ganhar nada com isso, não vais conseguir eliminar o povo de Deus.

Onde em meu site eu declaro que quero eliminar alguém? Você, mais uma vez, está provando que não leu. Assim não podemos debater.

Qual é o objectivo do site?

Isso está dito lá no ícone APRESENTAÇÃO, que você não leu ou leu com muita pressa. Leia lá. Lá eu digo tudo o que eu defendo. Já estou cansado de argumentar com você vendo que nem ao menos se deu ao trabalho de estudar o que escrevi. J., você tem direito a uma opinião, todos temos, mas não é isso que está em jogo aqui. O que está em jogo é: as críticas que faço em meu site são ou não procedentes? Se você provar que não são, eu me desculpo e removo do ar;  se não provar, você se desculpa e elas ficam lá. É simples assim...

Então pronto, já cumpriu o seu objectivo. vou fazer como Jesus "porque é que ainda estou falando convosco?" disse ele aos fariseus. Eu vou retirar-me, e acho que não vou enviar o tal artigo. Você já mostrou que tipo de pessoa é, já provou a sua forma de argumentar prejudicial. E depois de ler o que já li na Apresentação, estou ainda mais indignado. Fique bem e seja feliz.

Obrigado, mas se quiser enviar suas contraprovas, terei prazer em derrubá-las, uma a uma. E, da próxima vez que for criticar um trabalho, pelo menos se dê ao esforço de lê-lo antes. Como falei, você tem direito a uma opinião, mas o que está em jogo é algo maior.

Falei do que li, está bem?

É verdade, falou do pouco que leu...

Você deve ser das pessoas mais perigosas que já conheci.

E você uma das mais mal educadas que conheci, nem me conhece e vai me atacando. É assim que você faz de casa em casa quando discordam de seus ensinos?

Fique bem, no meio de todo o seu arsenal de citações e argumentos.

E você, no meio de sua argumentação infantil e sem base. Passar bem...

 

Vergonha na Cara

Início

L.E., Brasil, 18/4/2007

(minha réplica está em azul)

 

   TOMA VERGONHA NA CARA, FALANDO MAL DA RELIGIÃO DOS OUTROS.

   Caro leitor

   O que acha de milhares de jovens perdendo seus direitos políticos e correndo risco de morte desnecessária por causa da recusa de tratamento medicinal com derivados de sangue? O que acha de famílias sendo destruídas por causa de discriminação religiosa, aquela do tipo que faz um pai se recusar a falar com um filho ou um filho se recusar a falar com sua mãe, pelo fato de o parente ter exercido o direito de deixar uma crença? O que acha de milhares de jovens, no oriente médio, se explodindo junto a crianças, adultos e velhos, esperando uma recompensa no paraíso, com 70 virgens? O que acha de Osama bin laden e seus seguidores espalhando o terror no mundo em nome da crença em Alá? O que acha de vigaristas disfarçados de ministros religiosos, abrindo igrejas mercantilistas e fazendo uso da ingenuidade pública para encherem seus bolsos de dinheiro? O que acha da roubalheira do "bispo" Hernandes e da "bispa" Sonia, denunciados pelas autoridades por seus crimes em nome de uma crença? O que acha do império financeiro e político construído pelo assim chamado "bispo" Edir Macedo, tudo por meio do estelionato religioso?

   Se você é o tipo de pessoa que acha que devemos todos nos calar diante desses absurdos, para não "falar mal da religião dos outros", lamento sua omissão (que passa a ser cumplicidade) e covardia. Essa é a SUA escolha - indigna, ao meu ver -, mas é sua. A minha opção é denunciar e protestar contra o abuso religioso.

   Conclusão: diante de sua argumentação infantil e sem base, além da falta de respeito e educação ao se dirigir a quem não conhece, acredito que é você que precisa tomar UM POUCO DE VERGONHA NA CARA!

   Atenciosamente,

 

Apreço pelos Depoimentos

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M. F., Brasil, 15/01/2007

 

   Bom dia

   Estava pesquisando sobre o tema das TJ e descobri seu site, gostei muito e foi importante pra mim ler os depoimentos de tantas pessoas, que assim como eu, têm suas histórias para contar do tempo em que viveram esta "estranha" realidade.  Gostaria de participar do mail list deste site, e tão logo possível, eu mesma estarei enviando meu depoimento. Obrigada pela iniciativa do site. É bastante esclarecedor.

    Aguardo contato.
 

    Comentário: a mail list citada pela autora foi recentemente desativada.

 

 

Ex-associado das TJ se torna Rosacruz

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A.B., Brasil, 28/11/2006

 

 

   Olá,  Odracir

   Gostaria de dizer que achei o teu hp ótimo e bastante interessante. Também quero relatar meu desgosto com a torre de vigia há anos atrás. Eu estudava com elas - isso foi em 2003.  Com o tempo, e não demorou muito, me desiludi completamente com essa organização religiosa. Era muitas vezes comprado pelo verniz de lógica de suas publicações. Quando estava perto de fazer uns 7 meses que me associava com elas, abandonei o estudo e as reuniões. Não consigo compreender como as pessoas são manipuladas pelas religiões americanas que se alastram mundo afora. Talvez achem que o american way of life seja o modelo ideal de vida. Então, dai aderem a qualquer filosofia religiosa americana que transparece, em seus moldes, um modo feliz de viver. Basta ver as fotos de a sentinela e despertai, sempre ilustradas com pessoas bonitas e alegres tudo isso de forma subliminar para transparecer que elas estão felizes por terem aderido à religião verdadeira. Há anos estudo as religiões, mesmo sendo jovem, tenho 25 anos, e as TJ me encantam com tanta falácia. Bem, minha religião que tanto amo é Rosacruz. Espero que não me tomem como herege. Devemos cultivar  a tolerância religiosa, assim como eu faço com as demais filosofias e religiões. Até a próxima!

 

 

TJ se Julga Abandonada pela Organização

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M.R., Brasil, 24/9/2006

(Reprodução de uma carta enviada ao site e endereçada à Torre de Vigia)

 

   Estou muito tempo afastada do salão, mas vou algumas vezes no estudo de livro. Mas estou sem força, pois tive uma grande depressão, que nem me lembro de muitas coisas que fiz. Me sinto muito sozinha, não tenho apoio de ninguém. Tive, sim, um pai maravilhoso, ancião dedicado que deixou saudades a todos, se preocupava com todos, visitava irmãos, ia a hospitais fazer visitas e procurava ajudar. Para os que estavam fracos, ligava para saber se o irmão ou irmã estava bem. Hoje, todos os irmãos sentem falta dele, não teve esse que não chorasse sua morte e não reclamasse sua atitude zelosa por Jeová e pela congregação. 

   Estou novamente passando o mesmo que passei, não tenho vontade de viver e nem forças para lutar. Não recebo visita sequer de ancião e se receber tenho certeza que vou receber críticas. Para mim, não é fácil, pois perdi três entes queridos e não consegui superar suas perdas. Minha mãe ficou na cama cinco anos sem andar e falar, morreu olhando para mim. Estou com depressão, me sinto humilhada. Minha cabeça está na maior confusão. Não quero e nem preciso levar bronca, pois acho que, no meu serviço, que tenho certeza que faço direito e com carinho, estou sendo perseguida por estar doente. 

   Só quero ser respeitada ter dignidade e ter o direito de receber uma visita de irmãos que aqui em Anápolis não acontece. Não sou só eu que reclamo isso aqui em Anápolis, pois já teve até irmão que foi embora daqui por causa disso. Espero que eu não leve um tapa de pelica pelas verdades que falei, pois eu quero ajuda, porque, na verdade, minha vida perdeu o sentido. Se eu não tiver o apoio de vocês, de quem eu vou ter? O que sei que me resta neste momento e estou pagando é o meu funeral, para que possa estar perto dos meus pais. Com certeza, fui muito boa para eles. Sentido para vida, não tenho nenhum e nem drama estou fazendo Só queria ser feliz, mas estou percebendo que é muito difícil e já lutei muito por isso. Talvez, com esse meu desabafo, vocês até me desassociem, depois de 34 anos de Testemunha de Jeová.


 

 

Ampliando os Horizontes

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R.M., Brasil, 1/8/2006

(minha réplica está em azul)

 

     Prezado Sr. Odracir, me chamo R., sou desassociado e estive lendo seu site. Achei interessante, vendo que serve para alguns desabafarem, como no caso do ex-ancião. Mas também acho que é um pouco pretensioso achar que só as TJs não prestam. Não quero defendê-las, ao contrário, tenho muitas coisas contra, mas eu penso que, se algo ou alguma coisa não é importante para mim, não há a menor necessidade de falar sobre. As coisas ou pessoas de que não gosto, para mim não existem, então, é uma perda de tempo falar sobre elas. Claro, eu respeito seu ponto de vista. Mas, por que não expor as outras organizações religiosas falsas? Eu dou total apoio.

   Um abraço

 

   Prezado leitor

 

  Concordo inteiramente quando você diz que outros sistemas religiosos fraudulentos também merecem ser denunciados. No princípio, ocupei-me mais da organização Torre de Vigia pelo fato de a minha experiência pessoal ter sido dentro dessa instituição (declaro isso em meu depoimento pessoal). Com o tempo, ampliei meus horizontes, passando a ver que todas essas seitas são expressões diversificadas de um mesmo fenômeno social, a saber, o desejo humano de exercer poder sobre outrem. Se ler meu artigo introdutório 'O lado negro da força'  verá que englobo todos esses fenômenos sociais em minhas críticas, não apenas a Sociedade Torre de Vigia. De fato, há algumas organizações sinistras que considero mais danosas que ela - é o  caso, por exemplo, da empresa-seita do Sr. Edir Macedo que tenho denunciado em meu site.

 

   Discordo quando você diz que se uma coisa não me diz respeito, não devo falar dela, pois é perda de tempo. Lembre-se que, embora eu e outros estejamos livres da opressão da Torre de Vigia, milhões ainda se acham cativos dela, incluindo amigos e parentes nossos. Seria, para mim, covardia cruzar os braços diante dessa situação. Todavia, entendo o sentimento daqueles que, como você, preferem manter distância de tudo o que diga respeito a tais instituições, especialmente depois do trauma do desapontamento religioso. É assim mesmo - alguns se afastam totalmente da religião, embora mantenham uma crença em algum deus, outros simplesmente trocam de religião, outros denunciam os crimes de sua antiga religião e ainda outros denunciam os crimes em geral, cometidos em nome da religião. Creio que esses dois últimos grupos podem somar esforços de forma produtiva, contribuindo para alertar a população em geral contra cultos destrutivos.

 

   Agradeço-lhe por seu email.

 

   Cordialmente

 

   Odracir

 

"Silenciar quando se deveria protestar faz dos homens covardes"  (filme JFK)

 

Sobre o Artigo "Inimigo ìntimo"

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Autor do site "Índice TJ", Brasil, 14/7/2006

Olá, Odracir!

 Disponibilizei o excelente artigo no ÍNDICETJ. Seus bem fundamentados artigos sempre são bem vindos!

 

S.G., Brasil, 11/7/2006

      Muito obrigado!

 

   Artigos como esse me ajudam a manter minha determinação de me manter longe das atividades desta Organização. Durante a leitura, não deixavam de me vir à mente as palavras do Apocalipse ou Revelação... lá se profetiza que haveria um tempo em "ninguém", nem mesmo a Sociedade, compraria ou venderia sem ter o nome e o número da besta como identificação... isso é claro, mostra o tipo de vínculo existente entre estas duas organizações...

 

 

Agradecimentos

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N.G., Brasil, 30/6/2006

 

   Caro Odracir, seu site, pra mim, é o melhor que já vi.. vejo nas suas palavras o desejo sincero de ajudar as muitas testemunhas de Jeová que infelizmente são engodadas por essa organização desumana e injusta. Durante seis anos fui enganado por essas "verdades", mas, ao deixar de lado esses "conselhos" da "torre", de que há muitos sites apóstatas e que eu não deveria dar crédito a essas mentiras infundadas dos apóstatas, procurei dar lugar ao outro lado da moeda, e descobri, por meio do seu modo cordial  e respeitoso de abordar os assuntos, a verdade. Muitas TJ procuram os vários sites que abordam o outro lado da torre, mas nem todos conseguem se convencer, apesar de suas verdades, por que mantêm o assunto num tom grosseiro,  rude e perseguidor, levando o leitor a encarar como a "torre" quer que encare - apostasia.

 

   Continue assim, Odracir, levando os assuntos de maneira imparcial, levantando perguntas questionadoras, sempre mostrando referências das publicações, enfim, fazendo o leitor raciocinar.

 

   Um abraço 

 

Informações Valiosas

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F.G., Brasil, 7/6/2006

 

Muito importante sua página, informações valiosas.

Saudações.

 

 

 

Provas Confiáveis

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J.F., Brasil, 5/6/2006

 

   Olá, Odracir!

 

   Sua HP é uma das melhores no que diz respeito à pesquisa sobre as Testemunhas de Jeová. É interessante que a STV diz que tal informação na NET é tudo mentira! Quando comecei a pesquisar, sempre tive o cuidado de verificar (na medida do possível) nas próprias publicações da Sociedade. Inclusive já escrevi para Betel, pedindo algumas publicações (ou fotocópias). Eles, sem saber o propósito (é claro!), me enviaram. Não encontrei nenhuma mentira quando é citada alguma referência da literatura da Sociedade. (grifo acrescentado)

 

   Continue firme!!!!

 

   Que Deus te abençoe ricamente!!!

 

Desabafo de um Ancião

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S.G.., Brasil, 23/2/2006

 

     Olá

 

     Estou lhes escrevendo pois sinto a necessidade urgente de falar com alguém, e como vocês devem saber, isso não é de forma alguma fácil.

 

     Antes, no entanto, gostaria de falar um pouco sobre mim.

 

     Sou ancião das Testemunhas de Jeová já há [...] anos, sirvo a Jeová como Testemunha batizada já por [...] anos.

 

     Poderia como li em muitos relatos aqui apontar várias falhas humanas e destilar meu desapontamento com as pessoas, mas prefiro me abster disso. Acho que esta é a natureza humana, sempre nos desapontamos com as pessoas. Se fossemos de outra religião, e como já vi muito nesses anos na “Organização”, teríamos também relatos negativos de nossos “irmãos”. Bem este não é o caso, mas tais desapontamentos servem para muitas pessoas, como aconteceu comigo, para que abramos a mente para nos questionarmos sobre nossas crenças e nas mãos de quem estamos depositando nossas vidas.

 

     Desde me conheço por gente, sei que o nome de Deus é Jeová. Meu pai teve contato logo após seu casamento com as TJs, mas por insistência de minha mãe, ele não continuou seu estudo, afinal quando se é recém casado a esposa exerce muita influência sobre o marido. Bem, seja como for, anos depois (cerca de 10 anos), meu pai voltou a contatar as TJ e desta vez iniciou um estudo e progrediu ao batismo. Minha mãe sempre foi muito indiferente às crenças de meu pai, mas também não se opunha, pelo menos não abertamente. A oposição dela tinha mais a ver com falta de colaboração, ou seja, ela não atrapalhava, mas não ajudava.

 

     Fui criado como TJ. Isso para uma criança pode ser devastador, dependendo do tipo de pais que ela têm. No meu caso foi assim. Na escola fui ridicularizado, recebi apelidos maldosos, não podia isso, não podia aquilo... o resultado? Uma baixa auto-estima, insegurança.... Tornei-me compulsivo. Compro compulsivamente coisas que não vou usar, o resultado são dividas que me tiram o sono.

 

     Mas, voltando um pouco no tempo.... Depois de vários anos perseverando em sua religião, sem o apoio de minha mãe, meu pai não resistiu. Os irmãos na época não foram de muita ajuda também. Minha mãe cismou que meu pai estaria mantendo um caso extraconjugal. Os anciãos resolveram montar guarda no intuito de o desmascarar, bem esta estratégia não deu lá muito certo. Por fim, meu pai foi desassociado.

 

     Quando minha  mãe me disse que não iríamos mais às reuniões, serviço de campo... Olha é difícil descrever como me senti aliviado. Eu poderia fazer o que bem entendesse, o que não era muita coisa para um garoto de 14... 15 anos. Bem, seja como for, passei os próximos 3 anos “no mundo”, algo que também não significava muito na época também.

 

     Quando tinha cerca de 17 anos, fiz amizade com um rapaz. Ele era TJ, até ai tudo bem. Um certo dia ele me convidou para ir a reunião com ele e como apreciava muito minha amizade, resolvi aceitar o convite, mesmo por que, embora não estivesse mais freqüentando as reuniões, conhecia os irmãos... Assisti mais algumas e, um certo dia, estavam fazendo uma reforma no Salão e fui ajudar. Um irmão Ancião que eu prezava muito perguntou a mim? “Fulano porque você não volta a estudar?" Aceitei o convite e comecei a estudar, o que resultou no meu batismo cerca de um ano depois.

 

     Antes mesmo de me batizar me deparei com uma prova de fé. Eu teria de me alistar, mas por ainda não ser publicador, não poderia levar a documentação necessária para requerer a isenção do serviço militar por motivo de consciência. Para mim, seria uma falsidade correr para o serviço de campo só para conseguir a papelada e me safar. Esta não era a questão. Permaneci firme a minha convicção, porque havia sido convocado a prestar o serviço militar, embora tenha recebido o seguinte conselho de um ancião que eu prezava muito, ele me disse: “Fulano, faz o seguinte, faça o serviço militar, depois você volta para a organização.”  Aquilo foi demais para mim, como ele poderia me dar esse tipo de conselho??!! Bem, eu relevei o episódio a imperfeição humana e não me arrependo disso até hoje.

 

     Nunca tive presente em mim a idéia de que deveria esperar perfeição dos irmãos, não importa em que posição se encontrem. Uma vez quando servia em Betel, comprei uma briga feia com um irmão que defendia o “Corpo Governante” como se fosse Deus. Sabia que não passavam de meros homens, sujeitos às imperfeições que nos são peculiares.

 

     Atualmente, me sinto numa situação no mínimo insólita. Com já disse, sou ancião há [...] anos! Mas, poderia me descrever aos olhos da “Organização” como fraco na fé. Fé, não em Jeová, mas na “Organização” que um dia julguei ser dirigida por ele. E posso dizer, isso não se deve a algum desentendimento que tive com alguém, ou alguma decepção, ou por me julgar injustiçado e posso lhes afirmar que conheço cada uma dessas situações. O que me decepcionou foi a avalanche de informações e evidências que pude ver neste sentido. De como a “Sociedade” usa duas medidas quando ela tem algo a perder. Em como tem exposto muitos de meus irmãos a situações provadoras como se deu em Malauí na década de 70 e, atualmente, tenta passar a mesma idéia sobre a França. Em como agiu de modo vil, como os políticos que criticamos tanto por sua falta de caráter, omissão e hipocrisia, no caso do México quando, no mesmo período, nossos irmãos na África morriam. Tudo por causa de seus interesses, não os do Reino.

 

     Juntem-se a isso os casos como os de 1975, onde muitos e muitos perderam tudo o que tinham, tiraram seus filhos das escolas (meu pai fez isso), tudo porque o “Escravo Fiel e Discreto” anunciava o fim do mundo. A forma critica como trata os erros de outras denominações religiosas ao mesmo tempo que encobre sobre uma cortina de fumaça seu próprios erros passados, crassos erros.

 

     O que me oprime mais, os grilhões em que me encontro hoje, não podendo me expressar, temendo ser abandonado por minha esposa, separado de meu filho que hoje vejo que irá passar pelos mesmos constrangimentos e zombarias pelos quais passei na minha infância e juventude.

 

     Tudo isso tem me tirado o sono.

 

     Sei que mais cedo ou mais tarde me libertarei, mas sei ao mesmo tempo que terei de pagar um alto preço por tudo isso. No ínterim, tento adiar o inadiável. Usufruir o máximo possível a companhia dos que amo e ao mesmo tempo mortificado por pensar em como serei tratado no dia em que me libertar.

      Uma coisa não perdi, a fé em Jeová como um Deus de propósitos. E, embora a organização a qual me apoiei não seja o seu instrumento, sei que de algum modo Ele tem um propósito e oro todos os dias para ser incluído nele. Oro também por meu filhinho, pedindo a Deus sabedoria para lidar com essa situação e evitar que ele tenha o mesmo destino que eu. Sei que ele não terá. Oro a Jeová para que me dê forças para fazer o que eu sei que tem de ser feito.  

     Estou me sentindo bem agora. Queria somente me expressar, mas não queria que me vissem como alguém amargurado com pessoas, não foram as pessoas que me afastaram da “Organização”, foi a própria “Organização”. Penso nos muitos que conduzi a ela e que hoje anelam o mesmo sonho que um dia anelei.

 

     Obrigado,

 

 

Comentário:  algum tempo depois, esse leitor me enviou uma segunda correspondência, narrando seu drama para se afastar da Torre de Vigia. Este é seu conteúdo:

 

   Caro amigo,

 

   Mais uma vez lhe escrevo no intuito de relatar a você e a outros que porventura possam se beneficiar de minha experiência, assim como eu tenho me beneficiado das inúmeras que li em sua página.

 

   A título de identificação, minha experiência foi publicada em sua página, sob o título "Desabafo de um Ancião".

 

   Bem, desde então já tomei algumas medidas que exigiram coragem de minha parte, pois sabia das consequências advindas...

 

   A primeira foi o comunicado formal de que estaria deixando o meu cargo como ancião. As reações foram imediatas... entre elas, os questionamentos: por que, quando... depois alguns me trataram com um "Esaú" hodierno... alguém que trata com desdém "coisas sagradas"... e por aí vai. É claro que, entre tudo isso, alguns amigos sinceros me procuraram, alguns deles até mesmo relatando o comportamento de co-anciãos ao tratar do meu caso... comportamento que, no fundo, já esperava.

 

   Estou tentando adotar uma tática que possa preservar minha esposa e meu filho. Após entregar meu cargo como ancião, pretendo, aos poucos, cortar contato com a congregação. Não posso me dar ao luxo de expor meus pensamentos e tudo o que descobri. Fazer isso seria pedir para ser desassociado, o que implicaria o corte de meu contato com todos os que, por anos, tenho como meus amigos... isso inclui parentes que não mais se associariam comigo. Vou ter de conversar com minha esposa, não pretendo falar abertamente a ela sobre os motivos de minha decisão, acho que ela ainda não está preparada para isso. Mas, não tenho como deixar todas minhas antigas "obrigações teocráticas", sem dar a ela o mínimo de satisfação. Como já lhe relatei, recentemente ela, vendo minha apatia para com as coisas da "organização", me disse textualmente: "eu lhe perdôo tudo, mas, se um dia você abandonar a Jeová, eu me separo de você!" Quando ela diz "deixar a Jeová", na verdade, está dizendo "deixar a organização". Só de pensar nessa possibilidade, me dá calafrios. A primeira coisa que me vem a mente é o meu filho, que será submetido a mesma doutrinação a que fui submetido durante toda minha infância... tenho de ficar perto dele para o orientar, para que ele possa fazer uma escolha consciente.

 

   Domingo, dois anciãos me chamaram para conversar. Eles têm um problema nas mãos e querem resolver. O problema é que, na congregação, eu era um ancião muito requisitado, dirigia a escola por quase uma década, fazia discursos, muitas vezes em congressos... e de, uma hora para outra, nem comento mais nas reuniões. Os irmãos querem saber o motivo, ficam perguntando nos bastidores, fazendo conjecturas do tipo "o que aconteceu com ele? Será que cometeu algum pecado? Perdeu os privilégios?" Eles se sentem na obrigação de dar algum tipo de justificativa e, é claro, seria muito mais fácil para eles se eu realmente tivesse cometido algum tipo de "pecado" e que tais medidas tivessem partido deles e não o contrário. Tenho evitado a conversa com eles. Tenho medo de não suportar e "botar a boca no trombone", por assim dizer, e, se fizer isso, vai tudo por água abaixo. Quero me manter calmo, mas, a cada dia que passa, me sinto mais angustiado. Com vontade de gritar o que sinto pra todo mundo ouvir e que se dane... mas tem meu filho. Não vou livrar minha pele e deixar meu filho refém dessa "organização", zumbi de um sistema que pretende doutriná-lo... isso eu não vou permitir.

 

   Me sinto como um prisioneiro cavando um túnel para a liberdade. O fato de estar cavando o túnel é garantia de que vou ter minha liberdade. No entanto, enquanto cavo o túnel, tenho de dar a impressão aos meus carcereiros de que estou bem, não chamar muito a atenção. Caso contrário, posso até escapar, mas deixo meu filho para trás.

 

   Seu amigo,

 

 

 

 

O Justiceiro

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V.F., Brasil, 5/2/2006

(minha réplica e comentários estão em azul)

 

      Sr. Odracir

 

     Gostaria de lhe informar que redijo este simples e-mail usando de polidez com o Sr. Pedindo que, ao racionalizar os assuntos tratados, não se prenda às minhas manifestações de fé, permitindo-me expressá-las sem que necessariamente o ofenda ou o contrarie. Insto que não nos apeguemos as diferenças com o propósito de nos desmerecermos na questão que norteia a ocasião. Pois sabemos ser pessoas estranhas uma à outra portanto impossibilitadas de descrever toda a intenção de coração que temos, tornando impossível insultar-nos ou elogiar-nos de maneira merecida. 

 

    Mas por já ter me dado chance de avaliar seus conceitos, podemos reconhecer que o Sr. possui um modo de pensar um tanto ateísta se me permitir descrever assim. Confirmando que o que será escrito aqui é realmente conflitante. 

 

    Quero afirmar que por ser uma testemunha de Jeová evidentemente discordo e repudio sua obra, mas prefiro me opor por continuar minha pequena contribuição no trabalho de pregação aqui na minha localidade.

 

    Não me convenci com suas opiniões, mesmo as que estão relacionadas às nossas publicações de qualquer data que tenha apresentado, apesar de entender sua linha de raciocínio sendo ajudado por sua maneira culta de se expressar. 

 

    O objetivo deste é apresentar-lhe minha maneira de pensar que me assegura a fé, mesmo diante de todos seus argumentos transmitidos no site. Diferentemente do Sr., tenho sim uma certa dependência teocrática, pois reconheço e devo minha existência a um Ser extremamente elevado, mais que qualquer outro que se sujeitou à imperfeição - óbvia a nós dois, e os que não foram submetidos a ela. Mas já que diferimos tanto, a ponto de acreditarmos em coisas opostas, permita que o assunto seja progressivo pois agora me faço valer de sua iniciativa em apelar a nós - Testemunhas de Jeová que usássemos de raciocínio lógico à base das escrituras sagradas (para nós).

 

    Concordo com a essência do que o Sr. diz com relação a exercermos um livre arbítrio - relativo ao adorar a Deus ou não, pois (se me permitir uma analogia ao Criador) como poderia um homem, construtor e proprietário, locar sua propriedade a outro, permitindo-lhe gozar dos benefícios da propriedade, e este segundo, abusando da sua oportunidade, se negasse a pagar de volta o que é devido ao real proprietário, e que além disso, passasse a danificar tal edifício por não usar as instalações para o fim a que foram projetadas, comprometendo a estabilidade e segurança dos edifícios vizinhos.. Como poderia tal proprietário (e construtor de toda a vizinhança) permitir que isso acontecesse sem uma vindicação de seus direitos legítimos? Seria sábio tolerar para sempre (visto não haver sinal de arrependimento) o sofrimento de seus inquilinos inocentes na questão, simplesmente por causa de um contrato que já fora violado pelo transgressor?

 

    Sim, estou ciente de que o que está em pauta vai além disso também - abrange aqueles que são denominados agentes do Deus Altíssimo. Valendo-me novamente da Bíblia, somos informados que nem sempre Jeová Deus escolheu pessoas merecedoras ou capazes  para desempenhar perfeitamente as funções que Ele confiaria. Cito os exemplos de Moisés, Arão, Jonas, Pedro e Paulo, além de outros que como eles encontravam-se imperfeitos na ocasião do convite e durante a realização da tarefa. Mesmo quando os israelitas recém resgatados de uma condição lastimável, salvos de maneiras desconhecidas, voltaram-se à prática da idolatria no deserto (o que também resultou na morte de muitas pessoas), com a participação ativa de Arão (sumo-sacerdote para a nação), Jeová não desistiu de Sua escolha. Mesmo tendo sido um mau exemplo, compreensível a nós quando queremos examinar a conduta do atual 'escravo fiel e discreto' no início do estabelecimento da verdadeira adoração (o que também coincide com a época em que se encontravam na ocasião da fundição do bezerro de ouro), Arão também deu bons exemplos de obediência a Jeová em face de punições ou conseqüências amargas de seus atos e negligências. Esse bom exemplo estende-se também a todos aqueles da 'grande multidão'  que necessitarem de conselho corretivo da parte de Jeová.

    

   Curioso Sr.Odracir que logo após ler em seu site a respeito de um irmão palestrante atribuir culpa a assistência, observações sarcásticas sobre a liderança do 'escravo fiel e discreto', eu tenha resolvido lhe escrever algumas palavras (a seu convite na página principal), que de início, não tinha em mente as que escrevi nestes últimos cinco parágrafos, mas ao pesquisar no CD-ROM sobre Arão, encontrei esta matéria que se segue, em parte e sublinhada em pontos pertinentes (comum no site), extraída do 'Estudo Perspicaz das Escrituras': [...]

 

 

Comentário: após ter lido essa mensagem, guardei-a em um arquivo, planejando responder quando houvesse tempo (acidentalmente, perdi o endereço do arquivo e tive de fazer uma réplica com base na memória). Porém, antes de tê-la respondido, seu autor enviou-me uma segunda, cobrando celeridade na resposta e insinuando que eu não tinha condições de refutá-la. Respondi-lhe, irritado, que tal pressa, bem como o tom arrogante, eram típicos de fundamentalistas religiosos; que não fugiria ao desafio feito por ele e que responderia quando tivesse tempo. A partir daí, enviou-me mais três mensagens. Fiz uma réplica única a todas elas, conforme segue abaixo.

 
 

“Os fundamentalistas anseiam o retorno das velhas certezas, e alguns deles lutam para que suas comunidades e nações voltem ao que, em sua opinião, são os alicerces morais e doutrinais adequados. Fazem tudo ao seu alcance para forçar os outros a viver em conformidade com um código moral e um sistema de crenças doutrinais ‘corretos’. O fundamentalista tem a forte convicção de que ele está certo e os outros errados."  (A Sentinela, 1.º de março de 1997, p. 4)

 

     É impressionante o quanto o texto acima descreve bem sua atitude – na verdade, cai-lhe como luva. É irônico que ele se encontre na própria literatura que oferece de porta em porta...

 

     Há algum tempo tenho refletido sobre suas insólitas mensagens, quanto a se merecem resposta ou não. Por “merecer” refiro-me, não à sua dignidade como ser humano (até mesmo um fundamentalista tem dignidade como tal), mas à consistência lógica de sua argumentação e à solidez das provas apresentadas. Com efeito, suas mensagens falham em ambos os pontos, pois seu conteúdo consiste basicamente em duas coisas: 1) raciocínios subjetivos e totalmente pessoais sobre questões existenciais e teológicas (que, pela sua própria subjetividade, não levam a nenhuma conclusão fechada); 2) opiniões pessoais sobre minha pessoa e ilações pejorativas e infundadas (que nada demandam, exceto que eu expresse minha própria opinião sobre sua pessoa, caso eu deseje, por uma simples questão de igualdade de direitos). Quanto à solidez das provas, o que é inexistente não pode ser sólido.

 

     Minha conclusão é que, de fato, suas mensagens não merecem – nesse contexto - réplica. Todavia, recordo-me de que, em meu site, declaro procurar responder a todas as mensagens, a despeito de seu conteúdo agressivo (aspecto em que, deveras, as suas merecem destaque). No futuro, é provável que eu reavalie o real proveito de refutar mensagens como as suas (já estou informando os leitores quanto a isso). Por agora, vou me dar a esse trabalho tão somente por dois motivos: (1) já me comprometi em fazê-lo e, principalmente, (2) para que não lhe reste qualquer vaidade de ter conseguido produzir algum texto ‘irrefutável’ ou ‘irretocável’, quer sob o ponto de vista da verossimilhança quer sob o ponto de vista da erudição. Vamos à réplica:

 

     Primeira mensagem: infelizmente, não a encontrei em meus arquivos (talvez a tenha deletado por engano), mas me recordo de seu conteúdo geral (embora possa esquecer um termo ou outro, o que é perfeitamente normal nessas circunstâncias). No início, afirma não querer ser hostil, um objetivo que quase não consegue atingir, pois me classifica pejorativamente de “ateísta” por minha forma de pensar e afirma repudiar meu trabalho.

 

     Quanto ao primeiro ponto, recomendo-lhe ampliar sua visão sobre o termo “ateísta”, pois ele tem adquirido diferentes significados em diferentes culturas. Segundo a obra “Além de Toda Crença” (Elaine Pagels), os cristãos foram acusados de “ateísmo” pelos romanos, pois não acreditavam em seus deuses, sendo perseguidos e mortos por essa razão. Do mesmo modo, cristãos acusaram, mais tarde, aos judeus como “ateístas” - por não acreditarem em Cristo como o filho de Deus – e os perseguiam, torturavam e matavam, caso não aceitassem o batismo cristão (“História do Cristianismo”, de Paul Johnson). Curiosamente, durante a idade média, o mais cruel regime repressor do “ateísmo” – a inquisição – foi patrocinado por adeptos do cristianismo (independentemente de sua opinião quanto aos católicos serem ou não “genuínos” cristãos, pois eles se consideram como tais e foram responsáveis, mais que qualquer outro grupo, pela reunião dos livros que hoje compõem a bíblia, em especial o Novo Testamento, bem como pela sua tradução e distribuição pelo mundo, ao longo dos séculos, muito antes de a Sociedade Torre de Vigia existir). Reformistas como Calvino (também adepto do cristianismo), aderiram à mesma truculência, perseguindo e executando dissidentes, dentre eles Miguel Servet (recentemente citado de forma tendenciosa em Despertai!), morto por seus conceitos “panteístas” (o que equivaleria para os cristãos ortodoxos a “ateísmo”, pois nega a noção de um deus pessoal). Lutero (líder reformista, responsável pela tradução da bíblia para o alemão e por sua difusão, também séculos antes de a Torre de Vigia ter sido fundada), embora moderado no início, cedeu ao autoritarismo e acabou por endossar a violência contra “ateístas” (principalmente judeus). Conclusão: o termo “ateísta”, embora etimologicamente signifique “sem deus”, adquiriu conotações distintas em épocas e culturas distintas. Talvez possamos definir “ateísta” como ‘rótulo imposto por cada cultura ou religião a quem não adore seu(s) deus(es)’. É nesse contexto que vejo a pecha de “ateísta”, presente em sua mensagem (classifico como pecha porque sei que, em sua mente, o ateísmo não é uma simples convicção pessoal a que qualquer um tem direito, mas, antes de tudo, um sinal de falta de caráter). Muçulmanos também o acusariam de “ateísta” por não reconhecer Alá e seu profeta, Maomé. No entanto, creio que a opinião dos muçulmanos o incomode tanto quanto a sua me incomoda.

 

     Quanto ao segundo ponto, isto é, “repudiar meu trabalho”, é um direito seu, assim como é um direito meu repudiar sua subserviência acrítica àquela que considero uma multinacional norte-americana, propagadora do fundamentalismo religioso e do autoritarismo, além de violadora de direitos humanos fundamentais (como aquele de poder mudar de crença ou opinião religiosa sem ser discriminado por outrem), com prejuízo para a vida de incontáveis pessoas pelo mundo (cujo depoimento não pode aparecer nos congressos das Testemunhas de Jeová) - as razões estão expostas em minha página em muitos artigos, com centenas de citações da própria literatura publicada pela organização (com datas de publicação e número de página). Noto que não criticou nenhum especificamente.

 

     Na continuação, recordo-me de um argumento seu em favor das Testemunhas de Jeová enquanto pessoas, passíveis de falhas, cujos erros não deveriam repercutir sobre a idoneidade da organização que dizem representar, mas sobre elas próprias, como criaturas falíveis. É um argumento aparentemente válido. Todavia, é frágil, pois põe qualquer organização a salvo das ações de seus adeptos. Pode ser usado por toda e qualquer ideologia religiosa para se eximir de responsabilidade quando seus representantes são flagrados em crassa transgressão. Se eu não devo culpar a Sociedade Torre de Vigia pelas atitudes de seus adeptos (principalmente quando tais atos são encobertos por ela, como se dá nos casos de arbitrariedades de comissões judicativas como as que eu mesmo presenciei e relatei em meu site ou os casos de abuso sexual infantil nos Estados Unidos, para os quais a Sociedade não cobra dos anciãos que sigam as leis locais, relatando as ocorrências à polícia, por temor de comprometer o nome da ‘santa’ organização), tampouco devemos culpar a igrejas católica ou as incontáveis denominações evangélicas pelas falhas de seus membros (incluindo os últimos escândalos de pedofilia de religiosos, encobertos, por exemplo, pelo arcebispo da Igreja Católica em Boston, no caso do padre Geoghan). A Igreja Universal também se exime da responsabilidade pelos crimes praticados por seu líder, Edir Macedo, e fartamente noticiados na mídia, com vídeos que o mostram ensinando seus comparsas a extorquir dinheiro dos fiéis.

 

     Não, esse argumento não pode ser usado pelas Testemunhas de Jeová, não por elas que declaram ao mundo constituir o único povo de Deus na atualidade (A Sentinela de 1/1/1974, p. 18), os únicos em cujo meio há um ‘paraíso espiritual’ que não pode ser comparado ao de nenhuma outra organização (The Watchtower [A Sentinela], 1.º de Outubro de 1983, página 5 e 15 de Março de 1986, p. 20). Para essas afirmações fazerem algum sentido, os membros da Sociedade Torre de Vigia teriam de oferecer algo muito, muito melhor do que aquilo que oferecem as igrejas da “cristandade”, a quem tanto condenam. Pode provar – com dados estatísticos confiáveis - que as Testemunhas, enquanto indivíduos, são moralmente superiores aos Batistas, Pentecostais, Presbiterianos etc? Duvido. Não foi essa a realidade que eu testemunhei em mais de uma década de convívio. É fato que lá existem pessoas de boa índole (como há em qualquer religião), que vivem suas honradas vidas sob os mitos criados pelo Corpo Governante (auto-iludidos, como muitos que conheci). Mas também foi lá que encontrei diversos canalhas, travestidos de piedosos, ocupando cargos ou benquistos daqueles na dianteira, como em qualquer outra religião (abstenho-me aqui de citá-los por nome, mas, creia, não são poucos). Assim sendo, qual é o diferencial moral das Testemunhas? Podem apontar o dedo para outras denominações, dizendo “somos diferentes”? Creio que não.

 

     Convido-o a ler a obra “In Search of Christian Freedom”, de Raymond Franz (ex-membro do Corpo Governante), na qual se apresenta um capítulo intitulado “Uma promessa apelativa, não cumprida” (poderá ler um trecho traduzido em http://corior.blogspot.com/2006/02/captulo-16-uma-promessa-apelativa-no.html). Nele, o autor demonstra com evidências quão falaciosa é essa propaganda da Sociedade Torre de Vigia.

     Finalmente, lembro-me de um longo texto em sua mensagem, sobre o ministério de Aarão. Com ele, tenta justificar os abusos históricos da Sociedade Torre de Vigia traçando um paralelo entre ela e esse personagem bíblico. O ponto argüido é: se Arão, aquele que moldou o bezerro de ouro, continuou na liderança aprovada do povo de Deus, então o Corpo Governante, com todos os seus erros, falsos ensinos e falsas previsões ao longo dos anos (aparentemente pecados menores), também pode continuar na dianteira das Testemunhas como “escravo fiel” aprovado. Ora, nem precisava me enviar um texto tão longo para um ponto tão simples, pois se trata de uma pseudo-analogia de sua parte. Tampouco é original, pois esse tipo de justificativa já se encontra na literatura das Testemunhas de Jeová há anos (em outras palavras, sua mensagem apenas repete a argumentação pouco convincente da Sociedade Torre de Vigia). Não é difícil demonstrar que se trata de um sofisma. Veja: muito embora os líderes das Testemunhas de Jeová costumem se equiparar a Moisés, Arão, Davi, Jeremias, o apóstolo Paulo e outros (A Sentinela de 1/12/1982, p. 13; de 1/5/1983, pp. 26 e 27, e muitas outras), está bem clara a designação de tais personagens no próprio texto das escrituras (a de Moisés, por exemplo, se encontra nominalmente em Êxodo 3: 10, a de Jeremias, em Jeremias 1: 5,7, a de Davi, em I Samuel 16: 12, a de Paulo em Atos 9: 15). Agora, pergunto: ONDE estão EXPLICITAMENTE declaradas na bíblia as designações de Charles T. Russell (louvado por anos pelas Testemunhas como o “servo fiel e prudente”, conforme claramente admitido em A Sentinela de 1/12/ 1916, p. 6150, de 1/3/1923, p. 68, e 1/5/1989, p. 3, todas em inglês), J. F. Rutherford (autor das principais modificações doutrinais das Testemunhas entre 1916 e 1942, incluindo a da vacinação e a da “grande multidão”), Nathan Knorr e Fred Franz (autores das doutrinas do sangue, do serviço militar alternativo e dos transplantes) e demais membros do Corpo Governante? Ora, a Sociedade Torre de Vigia se apropria do texto de Mateus 24: 45-47 (uma parábola como tantas outras, não uma designação dirigida àquele grupo de homens em Brooklyn) da mesma forma que a Igreja Católica se apropria de Mateus 16: 18 e 19 (atribuindo a Pedro o início do papado). Desse modo, poderíamos fazer a seguinte analogia: assim como Arão, com seus pecados graves, manteve sua designação no arranjo de Deus, então o papado da igreja, a despeito de todos os seus pecados graves, também continua no arranjo divino e as Testemunhas deveriam segui-lo como “canal de comunicação designado por Deus”. Pode provar que o texto se refere apenas à liderança de sua religião, excluindo qualquer outra?

     Segunda mensagem: essa eu tenho em meus arquivos e vou refutar tópico por tópico.

     Decepcionou-me seu silêncio, pois sinceramente acreditava que uma pessoa esclarecida que dedicou tanto tempo procurando respostas em fontes fartas de conhecimento teria algum argumento tipo ''contra-prova'' para alguém que defende sua fé em Jeová Deus de forma a não lhe ofender precipitadamente.

 

     Esse trecho inicial, confesso, surpreendeu-me e, de início, me irritou. Nem havia eu respondido a uma primeira mensagem (inconsistente como já demonstrei) e seu autor, aparentemente ansioso por uma resposta, me envia uma segunda, agora carregada de sarcasmo e arrogância, como se tivesse encerrado o assunto em questão com ‘provas’, passa a me cobrar celeridade (como se houvesse uma data-limite para respostas) e “contra-provas”. Apenas um prólogo, pois o autor, conforme demonstrarei, prosseguiria com raciocínios vagos e subjetivos, tratando-os como se constituíssem ‘prova’ de alguma coisa. Vejamos:

     Mas as coisas são mesmo assim, mesmo o que parece provar muitas coisas para alguém pode não provar nada a outrem.

 

     É verdade. Por exemplo, em meu site, forneço centenas – milhares, talvez – de citações da literatura da Sociedade Torre de Vigia, demonstrando a inconsistência dos ensinos dela e o seu vai-e-vem de ensinos, como evidência de que ela não pode ser o que alega, isto é, um canal de comunicação designado e dirigido por Deus (A Sentinela de 15/12/1964, p. 749 e de 1/1/1974, p. 18) já que, supostamente, sob direção divina, não se chega a erro crasso, com prejuízo à vida de muitos, como aconteceu diversas vezes (falsas profecias de 1874, 1914 e sua “geração”, 1918, 1975 etc., proibição de vacinas, de transplantes de órgãos, de uso de frações de sangue, do serviço militar alternativo e assim por diante). Isso deveria bastar à mente de uma pessoa racional como prova. Todavia, para aqueles emocionalmente envolvidos com a referida organização, tais provas nada significam. É semelhante ao que acontece aos adeptos da Igreja Universal – após terem assistido aos vídeos grotescos de Edir Macedo (http://www.youtube.com/watch?v=o0iQji3nhqk&search=edir%20macedo), afirmam tratar-se de uma “montagem”, algum tipo de falsificação. Recusam-se a encarar os fatos e buscam maneiras de absolver sua religião contra as graves acusações que pesam contra ela, afinal descobrir que investiram anos de vida e seus recursos em torno de uma farsa não é nada agradável. É duro de encarar.  Não é diferente com as Testemunhas de Jeová – elas também não se convencem (com algumas exceções), mesmo diante das provas mais contundentes.

     O fato é que, ao se tratar de assuntos tais como: - Existe Deus?;  Pode a humanidade perdurar por mais tempo?;  Há alguma esperança após a morte?,  não seria sábio deixar-se influenciar por questões pessoais, mesmo por aquelas em que julgamos ter razão. Afinal, o que somos diante de constelações e galáxias? Ou diante de tanta matéria e energia sabiamente organizada no universo? Poderíamos impor nossas opiniões a um cometa em rota de colisão com a Terra só porque não somos dinossauros?

     O ser-humano é realmente ímpar no planeta, embora não deixe de ser dependente de toda a ''infra-estrutura'' que lhe proporcionaram. Mas é realmente esse mesmo ser-humano (individualmente ou através de organizações mundiais) apto para escolher o melhor modo de vida quando vive de forma a impossibilitar sua continuidade? Seria ele somente um simples surto de vida inteligente no universo? (Visto sua aparente decadência)

     Questões intrigantes não é mesmo?

     Quanta discussão se poderia criar sob conceitos diferentes! Sem dúvida uma boa tese!

     Esse trecho é um exemplo patente de argumentação circulatória e vaga, que parte de pensamentos genéricos e leva a conclusão nenhuma. Um debate infindável sobre questões subjetivas e irrespondíveis. Ora, cada povo e cada cultura têm sua visão desse assunto. Acha que conseguiu a resposta definitiva a essas perguntas? Bilhões de hindus, budistas e muçulmanos também acham...

      Mesmo um professo ateu, chegando à conclusão de que existe realmente um Criador Amoroso, disposto a nos resgatar da condição lastimável em que todos vivemos (salvo as pessoas que afirmam viver de maneira ''satisfatória'' ignorando o sofrimento generalizado do restante dos humanos) poderia retroceder em sua linha de raciocínio se permitisse que outros meros humanos lhe infuenciassem a parar sua busca por Deus somente porque falharam ao adorá-lo.

 

     É possível que um ateísta passe a pensar assim. Todavia, também é possível que um teísta ou crente siga o caminho contrário, analisando o mal natural (a natureza cheia de violência entre os animais, pois a regra entre eles é, há milhões de anos, “devorai-vos uns aos outros e às plantas”, estando plenamente equipados para isso por quem supostamente os criou, e cheia de fenômenos destrutivos, como asteróides, eras glaciais e vulcões que levaram à extinção mais de 90% de todas as espécies que já existiram) e o mal moral (seres supostamente criados à imagem de um deus perfeito, mas que são imperfeitos e hostis uns aos outros, praticando a violência como ocorre paralelamente no mundo animal e matando milhões de inocentes por milênios, impunemente, enquanto o deus que os criou assiste a tudo passivamente, mesmo detendo todo o poder para anular tal sofrimento agora mesmo) pode logicamente concluir que não há deus, ou que, pelo menos, não há deus justo (o que parece tão negativo quanto não haver deus algum). Pode provar o contrário com algo mais substancial do que apenas suas crenças? Ou reconhece que é uma questão para decisão pessoal?

     Quanto à influência de terceiros, pergunto: quem são eles? Por acaso, seriam as Testemunhas de Jeová (inclusive os na dianteira) que caem em transgressão? Segundo seu raciocínio, não devo deixar a organização por causa de erros delas, certo? Se isso é válido, então os membros de outras igrejas também não devem abandoná-las só porque alguns de seus membros (especialmente os líderes) cometem erros (os erros estridentemente denunciados em A Sentinela e Despertai!).

      Todos falhamos todos os dias, até quando erramos o cesto de lixo ao jogarmos uma bolinha de papel. Por isso existe a necessidade de uma fé bem alicerçada nas promessas e propósitos de Deus, pois Ele afirma e tem provado continuamente ser o Único Governante Legítimo do universo, capaz de agir com perfeição.

        Essa é a verdade cristã. É um direito seu e uma tendência socialmente natural buscar a fé no cristianismo, pois nasceu num país ocidental. A grande maioria das pessoas nascidas no ocidente se torna cristã e isso pouco tem a ver com o cristianismo ser ou não a verdade – tem a ver com o fato de que é a religião dominante lá. Os que nascem no mundo árabe buscam a fé muçulmana porque essa é a religião dominante em seu país de origem. Os nascidos na Índia buscam a fé nos deuses hindus. Percebe? Tudo é uma questão de cultura. Se acha que o cristianismo é superior a todas essas religiões e que suas ‘verdades’ são absolutas é porque acha que sua cultura é superior à desses povos, o que me parece puro preconceito.

      Por isso Sr.Odracir, convido-o, como a um irmão ''inativo'', a rever seus conceitos sobre religião. Mas não aquelas das quais se fala em cursos de teologia, mas da verdadeira, que não pode ser examinada em sua plenitude por homens carnais em seu ponto de vista, mas somente por pessoas espirituais sinceras. Mesmo que estas últimas estejam entre pessoas que não vivem à altura do que aprenderam.

 

     Quanto ao convite para “rever” meus conceitos sobre religião, agradeço-lhe pela boa intenção, mas vou declinar, pois devolver minha vida ao controle das religiões, para mim, só seria possível abrindo mão do raciocínio e da lucidez. Quanto à sua crítica à teologia acadêmica, acho intrigante que faça tal ataque e apele para a “sinceridade” como requisito suficiente para chegar ao entendimento “espiritual” das verdades cristãs (a própria Sociedade argumenta, no livro “Poderá Viver...”, p. 31, que “sinceridade só não basta” para ter tal entendimento). Aparentemente, em sua mensagem, valoriza mais a intuição do que a conclusão. Ora, recordo-me de ter passado anos estudando, na literatura da Sociedade Torre de Vigia (por exemplo, os livro “A Verdade que conduz...” e “É Esta Vida tudo o que há?”) o significado de termos hebraicos e gregos, como nèfes e psiqué, sheol e hades – tudo a fim de esclarecer, do ponto de vista técnico, o que significam os termos “alma” e “inferno”. Isso não tem nada a ver com “sinceridade” ou “carnalidade”, é puro tecnicismo. A Sociedade recorre claramente à intelectualidade acadêmica, quando lhe é conveniente (algumas de suas publicações, como o livro “Ajuda...”, estão permeadas de terminologia teológica e de citações de peritos em línguas mortas). Deveras, as pessoas incautas são atraídas à religião das Testemunhas de Jeová, em grande parte, por causa do apelo intelectual – elas aceitam “estudos” e se orgulham de ter se familiarizado com esse ou aquele termo aramaico, em favor de uma crença subjetiva das Testemunhas; se envaidecem em abrir um texto bíblico para um morador leigo, dizendo: “veja, nessa passagem, a palavra original é tal e o significado dela é este...”. Acham-se “imbatíveis” em sua linha de argumentação teórica, enquanto atacam doutrinas ortodoxas como as da imortalidade da alma, do inferno ardente, da trindade etc. Agindo assim, as Testemunhas mostram que não é possível ensinar suas crenças sem recorrer objetivamente ao estudo acadêmico (muito embora os dados sejam espertamente manipulados), à mesma intelectualidade que tanto atacam quando se descobrem inconsistências técnicas em suas próprias doutrinas (e sempre há inconsistências, tanto de um lado quanto de outro, já que a bíblia é uma reunião de livros de conteúdo subjetivo e ambíguo, coletados arbitrariamente de comunidades diferentes e heterogêneas em sua língua, costumes e forma de pensar). Da minha parte, entre a intuição subjetiva e esotérica (ou “sinceridade espiritual”, como prefere chamar), e a conclusão puramente técnica e lógica, fico com a segunda.

     Quanto a viver à altura do que aprendi, acho que já o faço, pois me afastei totalmente das organizações religiosas, após descobrir toda a inconsistência dos alicerces ideológicos sobre os quais elas se apóiam, bem como a arbitrariedade, arrogância e corporativismo que há por trás delas. Crimes e violações dos direitos humanos são cometidos em nome da religião a todo instante e isso eu deploro. A Sociedade Torre de Vigia não é exceção. Ao contrário, é um exemplo bem típico do autoritarismo religioso, autoritarismo esse claramente presente no tom de suas mensagens seguintes (afinal, foi treinado por ela para agir assim).

   

     Terceira mensagem:

 

Em religiosos fanáticos realmente não é novo ter pressa e arrogância, mas acaso se considera uma exceção? Eu acho que não, pois costuma responder e-mail's com os dois. Pelo menos no caso do segundo que educadamente lhe enviei tratando-o por nome.

     Sua segunda mensagem nada tem de “educada” (se considerarmos por “educado” um tratamento não hostil), pois, já no início me trata com ironia, sem ao menos ter recebido resposta minha, sem eu jamais ter lhe dirigido a palavra. Chama-me de “pessoa esclarecida” em tom claramente sarcástico, visto que não pode considerar ‘esclarecido’ alguém que critica sua crença religiosa; fala em “fontes fartas” numa referência desdenhosa às inúmeras citações que faço em meus artigos; diz-se “decepcionado”, subentendendo incapacidade argumentativa de minha parte; refere-se a “contra-provas” de forma jocosa, provavelmente tendo por alvo a grande quantidade de evidências ou provas documentais apresentadas em meu site. Isso não é ser “educado”. Isso é falar em tom claramente provocativo, porém ocultando-se por trás de uma fachada de polidez. Parece coisa de político fisiologista.

     Achei um pouco engraçado o ''Post Scriptum'' que colocou no final (não que lhe importe), mas como uma pessoa que exige tanto de outros oferece tão pouco? Isso é realmente comum entre aqueles que nenhuma virtude cultivam.

     Em meu “post scriptum”, sugiro-lhe, em face de nunca termos sido apresentados antes, que nos tratemos com a cortesia de estranhos, o que, para mim, significa não ser irônico ou sarcástico com quem não se conhece (regra flagrantemente violada, já em sua segunda mensagem). Quanto a não “cultivar nenhuma virtude”, esse é o primeiro de uma seqüência de ataques pessoais que permeiam suas mensagens daqui para a frente – uma evidência que me permite duvidar de suas intenções pacíficas, desde o princípio.

     Parabéns por trabalhar e tornar sua vida um pouco útil no solo que lhe sustenta. Eu também trabalho, não que lhe interesse, mas me orgulho em ser confeiteiro e não precisar de diplomas para me auto afirmar ou destratar aqueles que me enviam e-mail's.

     Esse parágrafo reflete bem todo o teor da mensagem, a saber, mais pilhérias e ironias. Quando me “parabeniza” e usa a expressão “um pouco útil”, está subentendendo que minha vida é quase sem sentido ou utilidade. Quando se refere desdenhosamente a “diplomas” e afirma se orgulhar de ser um “confeiteiro”, deixa escapar um sentimento de inferioridade por exercer uma profissão que não requer qualificação superior. É parte do ataque à intelectualidade, já iniciado na primeira mensagem (a Sociedade Torre de Vigia também tem em seu vasto currículo ataques ferozes a intelectuais, principalmente nos tempos do presidente Rutherford). Julga-se “destratado” sem se lembrar do tipo de tratamento que dispensou no preâmbulo de sua segunda mensagem, repleto de insinuações pejorativas. Agora vem a retribuição.

     Não pode negar que está demorando, é só consultar as datas que o computador se encarrega de lhe informar.

     Havíamos combinado algum prazo? Com que direito me dá um ultimato? Tenho respondido a mensagens após meses da data de recebimento, conforme o tempo e a disposição me permitem. Se consultar minha seção de leitores, verá que jamais recebi esse tipo de cobrança, muito menos em tom autoritário, impositivo como esse presente em sua mensagem.

     Visto que na sua concepção sou apenas um fanático religioso, me desculpe por lhe escrever um e-mail que tenha dado a entender que estou com pressa.

     Suas palavras mostram crença virtualmente cega nos ensinos da Sociedade Torre de Vigia. Mostrou-se refratário a todas as citações comprometedoras da literatura da referida Sociedade que forneci em meu site (o qual visitou porque quis, sem ser pessoalmente convidado) e repetiu, em sua primeira mensagem, a mesma linha de raciocínio que ela usa para se justificar de seus graves erros. Acha que me excedi em minha avaliação de sua pessoa? Pense: que conceito teria de um morador que, após estar a par, a partir de A Sentinela e Despertai!, de todas as graves faltas da Igreja Católica ao longo de séculos (tão relembradas nas referidas publicações), ainda assim se apegasse teimosamente a ela e a defendesse? Não o consideraria um fanático? Se tal pessoa merece esse título, o autor de uma mensagem como a sua qualifica-se igualmente como um fanático religioso.

     Quanto à pressa, é difícil crer que ela não existisse, pois, após estabelecer unilateralmente seu próprio prazo (sem saber quanto tempo levo, em média, para responder a emails, uma questão que cabe unicamente a mim estabelecer), enviou-me uma segunda mensagem, não para me perguntar educadamente se eu tinha em mente uma data para enviar-lhe uma réplica (sua mensagem tinha considerações subjetivas, que requereriam tempo livre para análise, se é que se desejava uma réplica não lacônica), mas para desferir ataques de forma sutil, como já demonstrei em parágrafos anteriores. O envio de mais três mensagens (17/2, 20/2 e 28/2), após a segunda, com reenvio dessa última (6/3), antes de receber uma tréplica, só confirmam uma boa dose de ansiedade de sua parte por uma reação minha.

      Só achei que eu por ter analisado a matéria de seu site e escrito o primeiro e-mail logo após usar a única arma que porto (a Bíblia) em alguns poucos minutos, sinceramente acreditei que teria capacidade de fazer o mesmo com seus livros de ''teologia'' ou psicanálise.

     É difícil crer que tenha analisado racionalmente a matéria em meu site, pois não especificou nenhum ponto dela, não questionou nenhuma citação, não disse de que pontos discorda, não apontou nenhum parágrafo ou texto citado. Falou genericamente que discorda e que “repudia” meu trabalho. Repetiu a mesma pífia linha de defesa que a Sociedade usa (A Sentinela de novembro de 1952, p. 164; de 15/8/1984, pp. 23 e 24). Como devo encarar uma mensagem assim? Como a de alguém lúcido?

     Discordo quando afirma que a bíblia é a “única arma que porta” – também possui uma ‘língua afiadíssima’, pronta para desferir golpes ‘educados’ contra quem discorda de suas crenças religiosas ou critica a Sociedade Torre de Vigia. Fico a imaginar se esse é o tom que adota de casa em casa nos fins de semana, quando algum morador discorda de suas explicações ou questiona a idoneidade da Sociedade. Eu mesmo encontrei pessoas assim, mas não as atacava em resposta. Simplesmente encerrava o assunto, pedia desculpas e ia para a casa seguinte. Uma certa vez, um senhor – ministro batista - me convidou gentilmente para entrar e, identificando-se como estudioso de grego, mostrou o que parecia ser uma série de inconsistências na forma de o Corpo Governante elaborar a Tradução do Novo Mundo. Levantou sérias questões quanto à erudição de seus autores e apontou o que julgava ser deturpações propositais do texto, com a finalidade de ajustar as escrituras aos ensinos das Testemunhas (em especial o antitrinitarismo). Eu não tive contra-argumento, era uma área que fugia ao meu conhecimento. A pessoa que estava comigo também não sabia o que dizer. Vencido por argumentos técnicos, não fiz ataques pessoais ao homem nem desdenhei de sua intelectualidade, quer de forma implícita ou explícita. Apenas afirmei que iria pesquisar o assunto, pedi-lhe para ir embora e finalizei com uma pergunta – “o senhor conhece as falhas da sua própria religião?” Para minha surpresa, ele respondeu que sim, mas que elas ocorriam em pontos não essenciais para a salvação (uma resposta que se assemelha àquela dada pelas Testemunhas) e daí mencionou um ou dois pontos de pequena significância. No caminho para casa, refleti sobre todos os argumentos daquele morador e escrevi à Sociedade, indagando sobre eles. A resposta não trazia apelo à “sinceridade espiritual” como forma de resolver a questão, mas ao conhecimento acadêmico, à terminologia técnica – estava repleta de termos gregos e hebraicos, com citações dos peritos que concordam com a forma de a Sociedade traduzir essa ou aquela passagem (quanto aos que discordavam, nenhuma citação, é claro). Por um tempo, obtive algum alívio emocional por saber que ‘alguém lá em Betel sabe responder a essas coisas’. Hoje, após examinar os livros de “teologia” que sua mensagem ataca ferozmente, bem como o conjunto de opiniões dos peritos (não apenas a parte favorável que é mencionada repetidamente e de forma parcial nas publicações da Sociedade), é que percebo quão frágeis são os alicerces sobre os quais se baseiam as doutrinas da Sociedade Torre de Vigia, bem como a Tradução do Novo Mundo - tendenciosa ela, de fato, é. Não é de admirar que só tenha como usuários as próprias Testemunhas. Nenhum outro grupo religioso a adota como versão padrão. Deveras, um antigo e respeitado perito em línguas mortas, o Dr. Julius  Mantey, afirmou, em uma entrevista, jamais ter conhecido uma versão tão distante do que as escrituras gregas realmente dizem quanto a Tradução do Novo Mundo.

     Desculpe mais uma vez se palavras como a minha soam com arrogância em seus ouvidos, já percebi mesmo que o senhor pode ser bastante melindrado. Tentarei na medida do possível suavizar algumas verdades.

     Suas palavras em resposta às minhas mostram que, se posso ser “bastante melindrado”, certamente não sou o único. Sua referência a “algumas verdades”, para as quais até agora não apresentou uma única peça concreta de evidência, só caracterizam ainda mais o tom arrogante e desafiador.

     Não Sr.Odracir, não lhe desafiei a nada, atitude assim é comum entre opositores da verdade, tal como Satanás.

     Está certo disso? Vejamos: sua segunda mensagem cobra prazo e fornecimento de “contra-provas”, mesmo não tendo fornecido ‘prova’ alguma para ser contestada. Sugere de forma irônica que, mesmo sendo “esclarecido” e dedicando “tanto tempo” a “fartas fontes de conhecimento”, pareço incapaz de lhe fornecer refutação aos seus argumentos. Só porque não explicitou a palavra ‘desafio’, conclui que não há algo desse tipo implícito na mensagem? Não sejamos simplórios.

     Quanto ao insulto de “opositor da verdade” e a comparação com Satanás, tudo isso está bem dentro do padrão típico dos radicais religiosos, que não admitem ser questionados em suas crenças sem fazer apelos do tipo ad-hominem (ataque à fonte da informação, ao invés de ataque ao ponto que está sendo discutido). Sua atitude se assemelha a de fundamentalistas islâmicos que qualificam de ‘porcos infiéis’ aos que discordam de sua forma de interpretar o alcorão. Presumo que seria um muçulmano muito devoto (talvez um ‘aiatolá’). Bastaria ter nascido em um país árabe.

     Sinto lhe refrescar a memória de maneira tão desagradável, mas se tiver algo contra usar insinuações, comece por refazer seu site, pois achará difícil ler alguma opinião sua nele sem encontrar algumas.

     Lendo esse trecho de sua mensagem, tem-se a impressão de que alguma parte dela está faltando, pois não há, em todo seu texto, nenhuma “memória” a ser “refrescada”, nenhum fato concreto a ser reconsiderado, nenhuma evidência a ser reexaminada, nenhuma linha de argumentação baseada em fatos. Apenas devaneios.

     Meu site não consiste em insinuações, mas, principalmente, na análise objetiva de evidências documentais – sou bem específico quando exponho erros da Sociedade Torre de Vigia (citando nome, data e página de cada publicação). No entanto, na hora de entrar no mérito das denúncias, preciso levar em conta as suscetibilidades de meu público-alvo. Devo considerar, por exemplo, uma reação adversa por parte de algum adepto que, afligido por dúvidas quanto aos atos e ensinos do Corpo Governante, visite meu site temeroso até certo ponto, mas ao mesmo tempo precisando saber de coisas que não lhe foram reveladas pela organização. Esse perfil de visitante é objeto especial de minha atenção. Se encontrar, logo de início, artigos agressivos (ao estilo de suas quatro mensagens, por exemplo), contendo ataques viscerais (semelhantes aos seus) e declarações bombásticas (como as suas), poderá presumir que se trata de um desequilibrado emocional e fechar a mente para o que ainda falta ser revelado. Por isso, busco adotar em meus artigos um tom moderado, cauteloso, não dogmático – cabe ao leitor chegar a conclusões definitivas, após analisar as evidências que apresento e a crítica que faço, concernente a elas (caso ache que essa crítica é imparcial e bem fundamentada). Se é a isso que se refere com “insinuações”, lamento, mas elas vão continuar como estão, até que apareça refutação sólida a elas (coisa que nenhuma de suas mensagens fez). A propósito, estive revendo minha seção de correspondências e constatei que a grande maioria dos leitores aprova o estilo do site (cerca de 85%). Suas mensagens estão dentro de uma minoria inexpressiva e, freqüentemente, ‘barulhenta’.

    Fique à vontade ao escrever suas ofensas e opiniões pessoais, até em recusar-se. Eu não me importo. ''No devido tempo'' todos saberão Quem é Jeová.

     Essa declaração parece indicar exatamente o contrário – que se importa, sim, com o que tenho a dizer. Do contrário, não teria se dado ao trabalho de me enviar cinco mensagens em poucas semanas (seis, se considerarmos o reenvio da última). A atitude diante daquilo que não nos importa é a indiferença.

     Sua mensagem é que está cheia de “ofensas e opiniões pessoais”, conforme estou mostrando. Contraditoriamente, parece não ter disposição para ouvi-las de outrem.

    Quanto a sua última sentença (“todos saberão...”), está fechado o ciclo – ataques ad-hominem (das sentenças anteriores) agora se combinam harmonicamente com um ataque ad-baculum (argumento baseado na intimidação ou ameaça). Recentemente, assisti a vídeos de terroristas muçulmanos (membros da Al-Qaeda de Osama bin Laden), decapitando um homem, enquanto oravam e repetiam frases, “Alá é Grande”, “nossa obrigação é a guerra santa”, “a espada de Alá foi cravada no coração dos infiéis” e coisas assim – algo bem semelhante à sua ameaça de destruição por parte de “Jeová” (só muda o nome do deus, a ameaça é essencialmente a mesma). Estou certo de que a destruição dos que criticam sua religião lhe traria muito júbilo.

     Quarta mensagem:

Compreenda que esse quarto e-mail lhe chega sem lhe dar saudações ou lhe considerar como alguém ''prezado'' porque não sou uma pessoa hipócrita.

     Deve ter notado que, nessa réplica, evito tratá-lo por qualquer título ou adjetivo, pois não acho nenhum adequado à sua pessoa, após ter examinado o conteúdo de suas mensagens. “Prezado” é um termo usual em correspondências, o qual geralmente emprego de forma permissiva, sem pensar na natureza de minha relação com o destinatário, mas concordo que de forma nenhuma representa o que sentimos um pelo outro (mesmo sem jamais nos termos visto uma vez sequer). É uma lástima que isso aconteça, mais uma vez, por causa de religião.

     Quanto à hipocrisia, o dicionário Houaiss informa: "característica do que é hipócrita; dissimulação; ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções; fingimento, falsidade; caráter daquilo que carece de sinceridade". Seria hipocrisia ensinar às pessoas uma coisa e praticar outra? Classificaria como hipócrita uma pessoa que bate à porta de residências, em visitas não solicitadas nos fins de semana, ensinando os moradores, com base na bíblia, a não devolver ofensa por ofensa, a pagar o mal com o bem, a amar os inimigos, mas, ao se sentir ofendido, contra-ataca ofendendo, quer por meio de ironias e sarcasmo quer por meio de ataques pessoais e ameaças? Minha resposta a essas duas perguntas é sim.

       Como não respeita as pessoas ao escrever em seu teclado, me sinto isento da obrigação de qualquer etiqueta ao escrever esse texto, mas ainda assim me esforçarei para mantê-la.

     Isento como cristão ‘verdadeiro’? Isso é “oferecer a outra face”? Eu não classificaria sua forma de se dirigir a mim como respeitosa, pelos motivos já expostos ao longo dessa réplica. No entanto, de nós dois, aquele que alardeia pertencer a um povo que cultiva a brandura, a longanimidade e o amor mais que qualquer outro, certamente não sou eu.

 Lembrando-lhe ao mesmo tempo que não autorizo a publicação desse ou dos outros.

     Trata-se de um pedido ou uma imposição? Pelo pouco que já conheci de sua personalidade, desconfio se tratar da segunda. No entanto, considere: visitou meu site sem ser convidado (desobedecendo ao “escravo fiel” que tanto defende), escreveu-me porque quis (outra desobediência). Sabia de antemão haver uma seção de correspondência dos leitores disponível ao público, logo assumiu o risco. Não sou civil ou penalmente obrigado a manter sigilo de suas mensagens, desde que preserve seus dados pessoais. Cabe a mim decidir. Não o estou difamando ou caluniando nem violando correspondência de terceiros. O que teme? Ser identificado e levado a uma comissão judicativa por manter contato via internet com “opositores”, em clara violação ao que diz A Sentinela 1/5/2000? Ou teme que o público assista à seqüência de agressões que suas mensagens contêm, bem como a fragilidade de sua argumentação? A propósito, encontrei o que parece ser outra mensagem de ataque sua nesse endereço (mensagem número 2): http://www.geocities.com/irmaobrasil/emails.htm. O autor tem seu nome e o mesmo estilo colérico de redigir (inclusive desafiando o autor da página a publicar a mensagem). É mesmo sua? Em caso afirmativo, isso significa que é reincidente, isto é, cultiva o hábito de visitar sites “apóstatas”, contrariando de forma renitente o conselho do Corpo Governante, a quem tão fervorosamente defende (o Ministério do Reino de 1999, por exemplo, condena fortemente a iniciativa de fazer defesas da Sociedade pela Internet). Contraditório, não?

       Eu admito reconhecer sua falta de respeito por mim, mas agradeceria se me tratasse por ''Sr. V.'', visto que ''não nos conhecemos pessoalmente'' e tampouco ''temos intimidade'', peço que evite digitar apenas as letras V e C, já que não estamos num 'chat'. 

       Não será problema para o senhor que aprecia tanto a cortesia das outras pessoas.

     Por favor, não deturpe o sentido de minha primeira mensagem, pois ela reivindicava uma forma mais gentilnão mais formal – de se dirigir a mim, visto que, de fato, “não nos conhecemos pessoalmente” (coisa que, a essa altura, eu detestaria) nem “temos intimidade” (só se eu desejasse ter um “inimigo íntimo”). Como já disse, nessa réplica não estou usando nenhum título ao me dirigir a sua pessoa. Tratá-lo formalmente por “Sr.” ou qualquer outra expressão altissonante - em atendimento a mais uma imposição sua (aparentemente, gosta de impor regras) - mais me lembraria aquelas situações patéticas no parlamento, quando políticos se tratam  ‘respeitosamente’ por “Vossa Excelência” (como se houvesse um clima amistoso ou civilizado) enquanto trocam farpas. Esse tipo de ‘jogo’ não me apetece. Quanto a mim, não está sendo nenhum problema omitir qualquer forma de tratamento. Deveras, parece-me bem apropriado na presente situação. Se desejar retribuir, não farei objeção.

     É curioso que atribua a mim a característica de ser “melindrado de muitos modos” e, no entanto, se ofenda pelo uso (tão difundido na internet) da econômica expressão “vc”, especialmente após já ter tomado a indevida liberdade de enviar a uma pessoa (a quem nunca viu e com quem nunca conversou) uma mensagem carregada de sarcasmo (o que me parece bem pior do que tratar alguém por “você”).

        Antes que atribua a mim o ódio que o senhor sente, seja realmente um ao ler e responder essa mensagem, evitando ofensas e acusações vãs por me taxar de forma generalista.

     Acho sintomática essa preocupação de sua parte. Acaso há em alguma de suas mensagens algo que pudesse evidenciar ‘ódio’? Estaria se condenando pelas próprias palavras?

     Nas mensagens que me enviou, desabafa toda sua contrariedade, derrama toda sua ‘ira santa’, faz repetidos ataques pessoais, ora mais explícitos ora mais dissimulados (como quem põe luva de veludo antes de esbofetear). No entanto, parece temer o revide. Não conhece a regra que rege as relações interpessoais - ‘o que não se quer para si não se faz aos outros’?

     Longe de mim tachá-lo de forma generalista – sei que há Testemunhas de Jeová com boa índole, incapazes de tomar atitudes como a sua. Tenho várias mensagens respeitosas e solícitas enviadas por elas, algumas já publicadas; outras, em meus arquivos, aguardando publicação. Com efeito, na página de apresentação de meu site (releia-a), afirmo claramente que a maioria das Testemunhas, enquanto indivíduos, é de pessoas decentes e sinceras (o que se aplica igualmente a outras religiões). O comportamento agressivo delas diante da crítica religiosa ocorre principalmente porque foram condicionadas pela Sociedade Torre de Vigia a serem hostis nessa situação. Cabe a ela a responsabilidade por mais essa mazela.

     Assim sendo, as críticas que eu fizer ao seu comportamento aplicam-se apenas à sua pessoa, muito embora algumas de suas atitudes, conforme mostrarei, sejam típicas das Testemunhas ao serem contrariadas em suas crenças.

          Essa sua estratégia de fazer-se de pessoa comum, que não agride a ninguém ou que leva sua vida sem conflitos pessoais não me convence, pois dedica muito tempo a uma causa egocêntrica, por isso peço que não finja ser o que não é ao escrever.

     Quanta presunção! Quem o designou juiz sobre mim? Acaso conviveu comigo ou me conhece ao ponto de saber se sou agressivo com as pessoas, se tenho ou não conflitos pessoais? É especialista em psicologia ‘à distância’? Não tenho intenção de convencê-lo. Está bem claro que nada que atinja suas crenças religiosas o convencerá. É exatamente contra esse tipo de comportamento extremista que advirto os leitores de meu site.

     Quem se dedica a uma causa egocêntrica dificilmente busca o anonimato, mas faz questão de se identificar, de modo a receber toda a glória. Eu uso um pseudônimo, como percebeu. Quem eu sou não é importante ao leitor, mas o que eu tenho a dizer é. Além disso, sou vulnerável, considero a possibilidade de fanáticos religiosos contrariados tentarem alguma represália contra mim (sua atitude mostra que esse temor não é de todo infundado), por isso me protejo. Curiosamente, suas mensagens sempre trazem, ao final, seu nome junto com o local de origem. Isso é sintomático. Eu me permito indagar: estaria lutando por alguma causa egocêntrica, talvez deixando seus dados sempre à mostra a fim de alcançar reconhecimento como alguém ‘destemido’, uma espécie de ‘justiceiro’ das Testemunhas de Jeová, capaz de enfrentar bravamente e intimidar os ‘opositores’, dando a eles nome e endereço??? Obviamente, essa é uma ilação, mas, como fez inúmeras a meu respeito em suas mensagens, concedeu-me o direito de retribuir.

      A propósito.. disse-me que ''refutaria'' as questões que levantei quando tivesse tempo. Passou-se a metade de um mês e eu ainda aguardo pacientemente, embora ávido de ver sua ideologia frágil e fadada ao desapontamento.

     Disse e estou cumprindo. E “metade de um mês” são apenas 15 dias. Sua reação é a de quem espera há anos por um processo judicial! E ainda afirma não ter pressa. Imagino como reagirá, agora que estou respondendo cerca de dois meses depois. O que acha mais importante: o prazo ou o conteúdo da réplica? Espero não ter atingido seu prazo oficial de ‘prescrição’.

     Causa-me algum conforto que admita estar “ávido”. Quem está ávido certamente tem pressa. Nessa pressa, pode extrapolar os limites da razoabilidade e da educação.

     Quanto a minha ideologia ser “frágil e fadada ao desapontamento”, creio ser mais uma expressão de seu desejo íntimo do que uma constatação baseada no exame das evidências. O confronto das centenas de provas documentais em meu site (e mais algumas nessa réplica) com as suas “contra-provas” (inexistentes até agora) é que revelará quem está fadado ao desapontamento. Que os fatos falem por si...

      Se quiser, escreva falando que desistiu ou se só está tendo dificuldades para pesquisar o assunto, pois tempo eu acho que não lhe faltou.

     Lamento desapontá-lo. Não desisti. “Dificuldades para pesquisar o assunto” não tive, pois, em cinco mensagens suas, não encontrei uma só sentença que não fosse produto de opinião pessoal ou de raciocínios vagos, subjetivos e ambíguos (como tais, não merecem ser refutados nem requerem pesquisa). Nenhuma prova concreta, nenhuma peça de evidência para ser analisada, nada...

Mas ao escrever.. lembre-se da educação que recebeu, tenho certeza que foi muito boa!

     Já estou ficando entediado com suas ironias. Vale mesmo a pena debatermos sobre a educação que recebemos? Por que não voltamos o foco de nossa atenção sobre o tema que motivou esse nosso infeliz encontro, ou seja, a idoneidade da Sociedade Torre de Vigia como única representante de Deus na Terra?

     Quinta mensagem:

No primeiro e-mail comecei por lhe fazer alguns pedidos (não atendidos) entre os quais o de se apegar ao assunto e não ao escritor, mas o senhor preferiu me ofender e atacar minha religião.

 

     Em primeiro lugar, eu não havia ainda enviado réplica a sua primeira mensagem quando recebi a segunda, dirigida ironicamente a mim logo na abertura, o que me permitiu questionar sua sinceridade e seu desejo de abordar nossas divergências de forma civilizada. Em segundo lugar, na minha primeira resposta não fiz referências a sua religião, mas a sua conduta. Irritado com seu prematuro sarcasmo (espero ter o direito de me irritar com sua petulância), disse-lhe que a pressa era sua, que responderia quando tivesse tempo. Com que direito me cobrava prazo? Acha mesmo que pode me ditar regras? Acrescentei que não fugiria ao seu desafio (e já demonstrei, analisando seu linguajar, que era, sim, um desafio), que sua resposta viria no tempo devido. E veio.

     Agora, veja essas declarações (publicadas em meu site):

“Atualmente, os assim chamados ‘Protestantes’ e o clero Yiddish [judeu]  
cooperam abertamente e são controlados pelas mãos da Hierarquia  
Católica Romana, como simplórios palermas...”

- Inimigos (1937), pág. 222 (em inglês)

 

"As igrejas Católica, Ortodoxa e, mais tarde, as Protestantes...  tornaram-se parte de Babilônia a Grande, o império mundial da religião  falsa do diabo."   

                                                                  A Sentinela de 1/12/1991, pág. 13  

 

“De modo que católicos mataram outros católicos com aprovação de seus 
líderes religiosos, e os protestantes fizeram o mesmo”.

- Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra (1982), pág. 28

 

“Em vez de ajudar as pessoas na sua busca do Deus Verdadeiro, as  
numerosas seitas e denominações que surgiram em resultado do livre espírito da Reforma Protestante apenas as dirigiram a muitas diferentes direções. De fato, a diversidade e a confusão levaram muitos a questionar a própria existência de Deus.”
     

- O Homem em Busca de Deus (1990), pág. 328

 

Observação: na edição de 8/6/1984, Despertai! desfere uma série de ataques pessoais ao papa J. Paulo II, motivando protestos de católicos, publicados na edição de 22/12 do mesmo ano. 

     Reconhece a origem das declarações acima? Assombra-me que uma pessoa que propaga de casa em casa tais ataques ferozes a outras religiões, sinta-se no direito de se ofender quando é a sua religião a criticada. Essa atitude beira ao cinismo.

      Tendo o senhor essa maneira de agir, não vejo motivo para continuarmos com a troca de e-mail's (bastante unilateral até o momento) que se tornou inútil devido a sua falta de interesse em esclarecer-se sobre o que evidentemente não domina.

 

     É notável seu desejo de impor regras, como um magistrado, e fechar o caso - dentro de seu próprio prazo de prescrição e considerando inepta a parte provocada, quando nem a ouviu. Quão presunçosa é sua atitude! Quão fúteis são seus esforços! Conheço um provérbio que diz: “refutar um assunto antes de ouvi-lo é uma tolice”. Quão tola é sua mensagem! Em meu site há centenas de provas documentais contra a organização Sociedade Torre de Vigia (em sua maioria, escritas por ela mesma) e inúmeras referências a obras de autores respeitados. Mesmo sem ter contestado uma só delas, afirma que não “domino” o assunto. Sua situação poderia ser classificada como “autismo” religioso.

Pois és (se me permite dizer) um laico demagogo, que esconde por trás de uma professa intenção de ajudar os ''desinformados'' um interesse escuso de vingar-se por ter sofrido uma frustração pessoal, quando esperava que meros humanos imperfeitos se comportassem como deuses.

     Iniciar parágrafos com insultos já se tornou uma constante em suas mensagens. Vejamos: entre significados para “laico” estão: “não religioso” ou “secular”. Aceito essa qualificação. Todas as democracias atuais são laicas – uma conquista desde a Revolução Francesa (que separou igreja de estado). Abomino os chamados estados “teocráticos” (com certeza, bem ao seu gosto), onde indivíduos se travestem de “porta-vozes de Deus” e passam a dominar o povo como que mexendo os cordões de marionetes.

     Entre os significados para “demagogo” está: “indivíduo que manipula multidões por meio de retórica, incitando suas paixões”. Em meu site, não apelo para paixões ou arroubos emotivos nem falo a multidões. Ao contrário, convido cada leitor a examinar por si mesmo as evidências que tenho, de forma sóbria, não apaixonada. Meu discurso é objetivo, não inflamado. Quanto à retórica, refere-se simplesmente à forma de persuadir por meio de palavras, nada tendo de intrinsecamente desonesto. Desonesto é utilizar deliberadamente dados falsos ou deturpar dados corretos. Até que alguém me prove que em meu site pratico uma dessas coisas, o texto permanecerá como se encontra.

      Quanto a ter sofrido uma “frustração”, não deixa de ser verdade. “Frustrei-me”, de fato, como um povo que se declarava ‘moralmente puro, santo, superior a todos os outros’ (conforme fartamente declarado nas publicações das Testemunhas de Jeová), mas que em nada é superior a batistas, pentecostais, presbiterianos, adventistas, mórmons etc. Aqui mesmo onde resido há excelentes condôminos que são evangélicos (como vizinhos, são pacíficos, discretos, ordeiros, prestativos e respeitadores) – aguardo que as Testemunhas de Jeová provem que são melhores do que eles. Pessoalmente, eu não gostaria de tê-lo como vizinho.

     Quanto a esperar que seres “imperfeitos” ajam como “deuses”, espero que as Testemunhas sejam tão tolerantes com membros de outras religiões que erram quanto são com os seus próprios adeptos. É isso o que vemos? Absolutamente, não! As revistas A Sentinela e Despertai! ‘denunciam’ freqüentemente as transgressões de membros da “cristandade” (como já mostrei nessa réplica), ao passo que ocultam ou minimizam as dos líderes das Testemunhas (o livro “Proclamadores” é um exemplo chocante de como se ‘branquear’ o passado de uma organização). Em face desse seu argumento, é bom que elas, a partir de agora, quando baterem à porta dos moradores nos fins de semana, não façam propaganda enganosa de si mesmas nem usem os erros de outras religiões como argumento para induzir seus membros a abandoná-las.

      Discerni o que pretende: - Voltar as autoridades seculares contra as Testemunhas Cristãs de Jeová, a fim de exterminá-las como grupo. O que Adolf Hitler (que o senhor tanto admira) não conseguiu.

     “Exterminá-las”!? Em que país está vivendo? No Irã? No Afeganistão? O Brasil é uma democracia e, graças a isso, nós dois temos liberdade de expressão (coisa que não existe sob o manto da Torre de Vigia, onde ou se aceita o que o Corpo Governante diz ou se é banido). Meus objetivos não estão ocultos. Ao contrário, estão claramente delineados em minha página, no ícone “Apresentação” – consulte-o (aparentemente, não o leu) e não encontrará lá nada parecido com “extermínio”. No entanto, seria ótimo que as autoridades do país voltassem, sim, sua atenção a cultos destrutivos, entre os quais eu seguramente incluo as Testemunhas de Jeová, a fim de responsabilizar civil e penalmente seus líderes por explorar a boa fé pública e por violar direitos humanos básicos, incentivando pais a não mais dirigirem a palavra a filhos e vice-versa, caso algum deles decida mudar de opinião (como claramente incentivado em uma revista); por incentivar jovens a fugirem do serviço militar e encarar a cassação política (ou a cadeia), com gravíssimas conseqüências para suas vidas profissionais; por incentivar esses mesmos jovens a abandonar empregos e faculdade (ou não ingressar nela) para se tornarem propagadores da hedionda ideologia que emana de Brooklyn, bem como vendedores não assalariados de sua literatura; por negar a seus adeptos o direito de concluir por si mesmos se há alguma objeção bíblia ao tratamento com hemoderivados, induzindo muitos à morte desnecessária em leitos hospitalares (conforme a capa de Despertai! de 22/5/94); por incentivar o preconceito religioso e a discriminação social, tachando todos os que não são Testemunhas de “más associações” etc. etc. etc.

     Quanto a Hitler, de fato, eu o cito, logo na introdução de meu site, traçando um paralelo entre o domínio que ele exercia sobre o povo alemão e o domínio que o Corpo Governante exerce sobre suas vítimas. Aparentemente, não o leu ou, se leu, o deturpa deliberadamente. Nenhuma palavra de admiração ao ditador nazista pode ser encontrada em meus artigos, de modo que essa sua acusação soa vazia, fútil, fruto de uma mente desequilibrada e em desespero por não poder provar suas crenças.

     Por falar em Adolf Hitler, convido-o a conhecer a carta de bajulação que o segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia, J. F. Rutherford, enviou a ele, numa tentativa infrutífera de apaziguá-lo com lisonjas (http://testemunha.orgfree.com/adolf_hitler.htm). Se acha que é uma fraude de ‘apóstatas’, veja por si mesmo as fotocópias dos originais (com chancela da Torre de Vigia e tudo) na internet (http://www.bible.ca/jw-hitler.htm) ou escreva a Betel perguntando sobre a existência e o conteúdo dela (duvido que lhe forneçam uma cópia). A tal carta, bem como a “Declaração de Fatos” (ou “Erklarung”, presente no Anuário de 1934 e cuja primeira página eu publico em meu site), são citados no livro “Proclamadores”, p. 693. Obviamente, o conteúdo delas não é esmiuçado nesse livro, já que ele foi produzido com o intuito de ‘branquear’ o passado da organização e tal conteúdo atrapalharia esse propósito. A Sociedade tentou lançar a culpa pelo conteúdo sobre o superintendente da sede alemã, Paul Balzereit, no Anuário de 1974, em inglês (1975, em português), só para o absolver depois, por total falta de provas e pelo fato, amplamente denunciado na Internet (http://corior.blogspot.com/2006/02/carta-aberta-do-historiador-m-james.html), de que a matéria publicada no Anuário de 1974 correspondia aos originais, aprovados pela Torre de Vigia. Se procurou culpar outrem, é porque admitia que o conteúdo era, de fato, comprometedor. Diante da impossibilidade de negar os fatos, a Sociedade mudou de tática. Na internet, (http://www.watchtower.org/languages/portuguese/library/g/1998/7/8/article_01.htm), se vê uma tentativa cínica por parte da Torre de Vigia de branquear o episódio, reconhecendo a falsa acusação (após as denúncias dos ‘apóstatas’ na Internet) e tentando se desculpar pelo tom inegavelmente anti-semita da famigerada declaração (o qual motivou os protestos de algumas das próprias Testemunhas, na época). É de dar nojo!

     Veja também esse link:

http://corior.blogspot.com/2006/02/parte-1-as-alegaes-hericas-das.html

     As fotocópias dos originais, em inglês, estão aqui:

http://img289.imageshack.us/img289/303/12fa2.jpg
http://img289.imageshack.us/img289/7056/21nq.jpg
http://img289.imageshack.us/img289/3104/34tf1.jpg
http://img175.imageshack.us/img175/3056/42wz.jpg

     Assim sendo, antes de acusar alguém de admirar Hitler, faria bem em investigar o quanto a Sociedade Torre de Vigia – a quem tanto ama e defende - foi “amável” com o ditador nazista, e hostil aos judeus. Apenas após a tática ter falhado, foi que Rutherford assumiu uma postura aberta contra o Reich alemão. Quanta hipocrisia!

      O que o senhor também não consegue, é discernir que está sendo usado por Satanás o Diabo por nutrir um rancor tão mortífero com esse desejo egoísta de vingança, e que o resultado para o que pretende já foi previsto pelas profecias bíblicas há muito tempo.

 

     Nesse ponto, sua mensagem retorna ao padrão típico das Testemunhas, ou seja, a ‘satanização’ de quem discorda de suas crenças. Nesse respeito, não se pode negar que elas têm um bom exemplo a ser seguido, a saber, o da própria Sociedade Torre de Vigia, que há muito tempo diaboliza seus dissidentes (A Sentinela, 1.º de Julho de 1994, pp. 11-13).

     Quanto ao “rancor mortífero”, queira examinar essas declarações:

“...o cristão precisa odiar (no sentido bíblico da palavra) os que se agarraram inseparavelmente à maldade.” (A Sentinela de 1/10/1993, pág. 19)

Queremos ter a lealdade que o rei Davi evidenciou ao dizer: ‘Acaso não odeio os que te odeiam intensamente, ó Jeová...? Odeio-os com ódio consumado..’.” (A Sentinela 15 de Março de 1996 pág.16)

"Temos de odiar no sentido mais verdadeiro, que é encarar com extrema e ativa aversão, considerar como uma abominação, odioso, nojento, detestar." (A Sentinela de 1/10/1952, pág. 599)

     A quem a Torre de Vigia endereça seu ódio ‘santo’ nesses artigos? Resposta: àqueles a quem chama de ‘apóstatas’. Quem são eles? A identificação se encontra no ‘manual dos anciãos’ (“Prestai Atenção a Vós Mesmos...”), p. 94:

 "Pessoas que deliberadamente disseminam (apegando-se de forma obstinada e divulgando) ensinos contrários à verdade conforme ensinada pelas Testemunhas de Jeová, são apóstatas”.

     Em outras palavras, para uma Testemunha, ‘apóstata’ não é aquele que nega a bíblia ou o cristianismo, mas o que nega a INTERPRETAÇÃO que o Corpo Governante faz da bíblia. Traduzindo: ODEIE TODO AQUELE QUE DISCORDAR DE NOSSAS CRENÇAS RELIGIOSAS. Os clérigos do Talibã (ditadores fundamentalistas do Afeganistão) e os seguidores de Osama bin Laden, sem dúvida, levam tal concepção a sério. Pelo conteúdo das mensagens que me enviou, creio que, nesse quesito, sua nota como ‘aluno’ do Corpo Governante não poderá ser inferior a dez. Assim sendo, não tem idoneidade para acusar outros de nutrir “rancor”.

      Se dá tanto valor ao sangue e a vida, o que Jeová e Seus adoradores realmente fazem, por que despreza o sangue mais precioso que já foi formado? Por que ignora a vida mais digna que já existiu nesse planeta? Cito, o sangue resgatador e a vida perfeita de Jesus Cristo.

     Não defendo ‘verdades’ religiosas (um direito meu). Como já falei antes, nasceu em um país cristão, foi educado como cristão, desde a infância. É natural que se apegue ao cristianismo, mas lembre-se (como diz uma canção popular): o mundo não é só aqui. Há mais de um bilhão de budistas, mais de um bilhão de hindus, milhões de muçulmanos, milhões de judeus (os quais, segundo suas crenças, serão todos destruídos no armagedon e ainda chamam a isso ‘boas novas’). Eles também têm direito a suas próprias ‘verdades’. Crenças cristãs nada significam para muçulmanos e vice-versa. Mais que um obstáculo cultural, cristãos fundamentalistas (o seu caso) trataram de erguer uma muralha intransponível de preconceito entre povos que chegaram a respostas diferentes sobre os antigos dilemas existenciais e estão satisfeitos com essas respostas.

      Quando defende direitos de livre arbítrio, o que Jeová Deus permitiu desde que criou Seu Fiel Primeiro Anjo - Jesus Cristo, faz de uma maneira ignorante, esquecendo que nenhum humano é capaz de obrigar outro a deixar de fazer o que é correto, como foi exemplificado de maneira perfeita por Jesus, quando esteve aqui.

 

      Nenhum ser humano tem o direito de impor a outro crenças religiosas – especialmente por meio de intimidação ou ameaça (o seu caso). Nenhum ser humano tem o direito de se arvorar em ‘juiz’ de quem não compartilha suas crenças religiosas (o seu caso). Nenhum ser humano tem o direito de, em nome de Cristo, amaldiçoar quem discorda da interpretação que um grupo em particular faz dos evangelhos (o seu caso). Nenhum ser humano tem o direito de fomentar a intolerância religiosa e o preconceito em nome da bíblia (o seu caso), do alcorão, da Torah ou o que quer que seja. Nenhum adepto de qualquer igreja tem o direito de ocultar ou “branquear” o passado comprometedor de sua religião quando faz prosélitos (também o seu caso). Não há nenhum trecho do evangelho que mostre Cristo ou seus seguidores ocultando atos desonestos.

      Despercebe também que quando um homem não têm inclinação para a justiça, não há lei ou direito alheio que o coíba de agir de forma iníqua. Exemplos nesse caso não caberiam na internet.

     É verdade. Mas também é verdade que, quando um homem é dominado por uma crença fundamentalista e acha que ele - e apenas ele - tem a ‘verdade’ e todo o resto do mundo está errado, não há lei nem provas que o façam retroceder em sua forma de agir. Exemplos como esse também na caberiam na Internet, mas, mesmo assim, meu site vai mostrando alguns.

      Cito também, respectivamente, o excelente exemplo deixado pelas fiéis Testemunhas de Jeová durante o cruel regime nazista (que teria exterminado seus ancestrais se estes não fossem '''arianos'') quando se recusaram a promover aquela matança, mesmo sofrendo duras retaliações que não as impediram de manter sua achegada relação com Deus; 

     Pelo que vejo, assimilou muito bem a propaganda enganosa da Sociedade Torre de Vigia sobre esse tema, a qual omite a perseguição de líderes católicos e protestantes que também se opuseram ao regime (http://corior.blogspot.com/2006/02/parte-10-os-encobrimentos-das.html). Como já comentei antes, o presidente Rutherford bajulou Hitler – tanto por carta como por meio da “Declaração de Fatos” de 1933 – e só após ter fracassado, assumiu publicamente uma postura contrária ao regime (visite os links que enviei). Isso é história – não pode mudá-la nem revisá-la. É trágico e, ao mesmo tempo, vergonhoso, que muitas Testemunhas tenham individualmente sofrido por manter sua posição contra o nazismo, enquanto o “escravo fiel e discreto”, que tinha o dever de dar o exemplo, tentava sorrateiramente “lamber as botas do furher”. Quanto ao argumento de que a perseguição fazia das Testemunhas os verdadeiros adoradores de Deus, lembre-se: seis milhões de judeus foram mortos, uma cifra que torna insignificante o contingente de Testemunhas perseguidas por Hitler (http://corior.blogspot.com/2006/02/testemunhas-fantasma-nos-campos-de.html). Nesse caso, deveríamos concluir que os verdadeiros servos de Deus eram, sem dúvida, os judeus. Isso se não incluirmos os homossexuais e os ciganos levados a campos de concentração – candidatos um pouco ‘indigestos’ a verdadeiros servos de Deus, segundo sua concepção.

E o triste resultado que países inteiros colhem com: (1) a crescente violência gratuita das pessoas, (2) o caos na saúde pública gerado por DST's e (3) a crassa corrupção de seus ''governantes'', entre outras coisas.

     Eis outro trecho de raciocínios vagos e ambíguos. Nada provam em favor da Sociedade Torre de Vigia. Ela não é a primeira a falar dessas coisas nem a primeira a apontar para o reino de Deus como a solução. Igrejas cristãs de todos os séculos – muito antes de haver Testemunhas de Jeová - têm feito isso, inclusive os adventistas do século XIX, de quem Russell copiou as idéias e doutrinas (http://testemunha.orgfree.com/historia.htm).

      Não Sr. Odracir, não sou eu o arrogante, mas descreveria-me como sendo taxativo quando escrevo para alguém que finge não ver o que está diante dos olhos.

     O conjunto de suas mensagens contradiz a idéia de alguém que é apenas ‘taxativo’. Há nelas um espírito fundamentalista e autoritário. A essência delas é: quem discordar de suas crenças religiosas sempre tem más motivações, merece a morte e pronto (discurso não muito diferente dos aiatolás do Irã). Quanto a não ver o que está “diante dos olhos”, fico pasmado – como pode alguém “não ver” as centenas de provas documentais que estão na minha página? Poderia essa ‘miopia’ se dever a um lento, insidioso e irrealista processo de lavagem cerebral? Tenho alertado o público em geral para essa ameaça ao tecido sócio-familiar.

 Principalmente para quem ataca de forma tão feroz pessoas altruístas com boa vontade, movido por questões meramente pessoais e irrelevantes do ponto de vista universal.

     Nesse ponto fica mais clara ainda sua perda do contato com a realidade. Quem tem atacado ‘ferozmente’ as demais denominações cristãs? Quem as tem classificado de ‘babilônia, a meretriz’? Quem as tem acusado de ‘fornicação espiritual’ com as nações? Quem tem vaticinado constantemente o extermínio de todas elas no armagedom? Quem tem estampado nas capas de suas publicações fotos e gravuras condenando as igrejas católica e protestante (como a revista A Sentinela de 1/1/1989, que mostra a covardia das igrejas alemãs diante de Hitler, enquanto esconde a covardia de seus próprios líderes) ou mostrando seus líderes sendo mortos e suas igrejas destruídas? Sua atitude, mais uma vez, beira ao cinismo.

     Se criticar a religião de outrem é errado, então escreva à Sociedade Torre de Vigia, sugerindo que ela se retrate pelo que declarou na revista A Sentinela de 15 de Maio de 1964, p. 304:

 

“Não é forma de perseguição religiosa alguém dizer e mostrar que a religião de outrem é falsa. Não é perseguição religiosa uma pessoa informada expor publicamente uma religião falsa...”

 

     Quanto às motivações atribuídas a mim (“pessoais” ou “irrelevantes”), creio que é um atalho emocionalmente reconfortante a um fundamentalista considerar como ‘mal motivados’ todos os que criticam suas crenças religiosas, ao invés de refutar - com evidências concretas – as críticas que eles fazem. É, sem dúvida, bem cômodo...

 

     Quanto ao “altruísmo” da Sociedade Torre de Vigia, creio que as evidências que forneci em minha página, com centenas de citações da literatura (nenhuma delas contestadas seriamente até agora), servirão para confirmar ou negar assa virtude por parte do Corpo Governante. Não olvide o fato de que milhões de cristãos também consideram “altruístas” suas próprias lideranças religiosas – essas mesmas que A Sentinela e Despertai! atacam tão ‘ferozmente’...


    
  Cito mais uma vez, em palavras diferentes, que não pude ser mais agradável ao escrever porque é conflitante o que o senhor e eu queremos. Pois eu quero um paraíso na Terra, quero a justiça que há no céu aqui também, e isso não envolve só a mim. E o senhor? Deseja algo semelhante?  
      Acho que não. Nem poderia.

 

     Mesmo entre pessoas que têm opiniões divergentes é possível o diálogo respeitoso, sem zombarias, como as de sua segunda mensagem e das seguintes. Como tomou a iniciativa de ultrapassar essa fronteira (embora negando - futilmente, em face do texto que escreveu - e tentando atribuir a mim), é difícil que tal trajetória seja retomada agora (pessoalmente, não creio em uma iniciativa sua nessa direção). Já há um forte desgaste entre nós. A tendência é que continue. Como alguém que se diz “cristão genuíno” deve agir nessas situações?

 

     Quanto às suas aspirações religiosas de “um paraíso na Terra” (idéia que Russell tomou emprestada de Adventistas como George Storrs, e Rutherford ‘aperfeiçoou’ em 1935, para justificar o crescimento da organização a um número muito superior a 144.000), respondo o seguinte: mais de um bilhão de cristãos aspiram a um ‘paraíso no céu’ (seguimentos protestantes, inclusive, crêem na destruição da Terra por fogo, com base na interpretação da bíblia); muçulmanos acreditam em um ‘paraíso espiritual’, ao lado de Alá e com 70 “huris” ou “virgens” (essa é a esperança dos homens-bomba da Al-Qaeda); budistas esperam atingir o “nirvana” etc. Percebe? Cada cultura alimenta suas próprias fantasias religiosas, cada uma considerando que a sua é a verdadeira. Da minha parte, não compartilho de nenhum devaneio religioso.

 


     
Concordo que as religiões, que o senhor, de modo finório, tentou relacionar com a minha, contribuem para que vejamos o mundo como está, mas apesar de ser grande a parcela de culpa que elas têm (e elas têm), não estão sozinhas. E o que têm feito a respeito destas outras ameaças à sua vida?

 

     É, sem dúvida, bastante reconfortante acusar todas as religiões do mundo – exceto a sua própria – de contribuir para os males do mundo. Mais uma confirmação de seu pensamento fundamentalista (a essa altura, provado além de qualquer dúvida razoável). Curiosamente, as denominações protestantes - embora divididas em ramos (pentecostais, batistas, presbiterianos) – são bem mais tolerantes umas com as outras, chegando a realizar congressos juntas. Não se amaldiçoam nem vaticinam a destruição uma da outra. No entanto, repudiam o catolicismo e as seitas menores, como os Adventistas do Sétimo Dia e as Testemunhas de Jeová (ambas nascidas do movimento adventista norte-americano do século XIX, como demonstrei no meu artigo “História das Testemunhas de Jeová”). A Internet está repleta de sites evangélicos criticando a Sociedade Torre de Vigia por sua desonestidade e pela escravidão de seus membros (http://www.cacp.org.br/menutj.htm). Acha mesmo que a sua religião é a única do mundo isenta de culpa pelas mazelas sociais? Aparentemente, sim. O apego obstinado e teimoso a uma crença religiosa pré-adquirida, chegando ao ponto da perda do contato com a realidade, é, sem dúvida, um dos sintomas do fanatismo religioso. É em nome desse tipo de conduta que diariamente homens-bombas, certos de que estão prestando um ‘serviço sagrado’ a Deus, se explodem, ceifando a vida de inocentes, inclusive crianças.

 


     
Ah sim! Acho que irá me dizer que já existe o "Supremo Tribunal Federal" cuidando disso, ou talvez o 'site' do ''Greenpeace'' , mas quem sabe a "Liga da Nações Unidas"?

 

 

     É, ironicamente, graças ao “Supremo Tribunal Federal” (do qual fala de forma desdenhosa) que organizações como a sua podem atuar livremente no Brasil e seria a ele a quem ela recorreria em caso de restrições às suas atividades, pois há um dispositivo constitucional que assegura o direito de criar instituições religiosas (mesmo aquelas que representam e sustentam cultos destrutivos, como é o caso da sua); é graças ao “Greenpeace” (do qual também fala de forma depreciativa) que inúmeras agressões ao planeta têm sido denunciadas e combatidas (como extração ilegal de madeira na Amazônia, contaminação com lixo radioativo e caça a baleias em águas internacionais) e seus representantes têm feito isso, não no conforto de um escritório (como os redatores de A Sentinela e Despertai!), mas arriscando suas integridades físicas corajosamente, indo aos locais da agressão e confrontado os criminosos; é graças às Nações Unidas (a qual também critica) que inúmeros conflitos internacionais foram evitados, por meio de negociação diplomática (o que assegurou à Sociedade Torre de Vigia a manutenção de seu patrimônio, já que ele estaria em risco em caso de guerra). Por falar em Nações Unidas, o que tem a dizer sobre o envolvimento da Torre de Vigia com ela por mais de uma década? Examine esses links:

 

http://www.observandoomundo.com/artigo.php?cod=54

http://www.geocities.com/osentinela/onu.htm

http://www.e-watchman.be/commentaren/2004_12_20_maart_print_portugees.html

http://br.geocities.com/deixandoastj/85onu.htm

http://www.forumnow.com.br/vip/mensagens.asp?forum=88558&grupo=229330&topico=2698056&nrpag=1

http://parpen.tripod.com/Kent.htm

 

     Aguardo uma contestação sua a esses artigos, com base em provas documentais, não apenas em suas opiniões e crenças pessoais (talvez consiga formular uma desculpa mais convincente do que aquela que saiu dos escritórios de Brooklyn).

 

      Mas quer realmente saber quem é capaz de alcançar objetivos da magnitude que precisamos?  Sim - JEOVÁ.       Jeová Deus é o Único capaz de fazer a Sua vontade cumprir-se. Pois é nosso Legítimo Governante. Quer o senhor e o homem mais influente do mundo queira, quer não.
      Quando chegar a hora que Jeová já fixou na linha do tempo, todos os que forem amados por Ele receberão o alívio que o Seu Reino trará.
      Mas embora oposto ao do senhor, meu intuito deveras não é um conflito. Pois a verdade é somente uma, e embora desejada.. entre nós não têm dono, apenas contempladores.

 

     Segundo os muçulmanos (divididos em xiitas e sunitas), quem pode fazer tais ‘maravilhas’ é Alá. Segundo milhões de cristãos (divididos em milhares de seitas), é Jesus (que é o mesmo “Yaweh”). Segundo os judeus é “Adonay”, o deus hebreu, não o deus cristão. Curiosamente, TODOS esses acham que têm a verdade, única e exclusiva. Serão todos esse “contempladores” de sua verdade? Não considera a possibilidade de ser “contemplador” da verdade deles? É engraçado - politeístas como os hindus são bem mais tolerantes e menos radicais que os monoteístas. É a velha arrogância cristã, que se coloca acima de tudo e de todos...

 

     Se seu intuito não era o conflito, deveria ter avaliado melhor o tom de suas mensagens, antes de enviá-las a mim. Como diz um provérbio popular, ‘a palavra em nossa boca é escrava, mas fora dela é senhora’.


     
Por isso escrevi-lhe na intenção de ajudar-lhe a entender que as Testemunhas de Jeová não são enganadas pelos seus irmãos espirituais, que amorosamente (embora de maneira imperfeita desde os tempos bíblicos), lideram uma organização terrestre que foi incumbida por Jeová Deus (Criador de todo o universo e o que nele há) de preparar pessoas obedientes e desejosas de Seu Reino, para que estas sejam salvas da grande destruição justa e seletiva que Ele trará através do homem mais amoroso que já pisou nesse planeta, e que hoje é o único Rei designado e Executor de Sua sentença - Jesus Cristo.

 

     Discordo de cada ponto desse parágrafo e lhe direi por quê.

 

    Um dos sentidos para “enganar” é ‘induzir a erro’ (deliberadamente ou não). Um guia cego só pode ‘enganar’ seus seguidores, mesmo que essa não seja sua intenção. As Testemunhas de Jeová tem sido, sim, enganadas pelos seus líderes (tanto de forma dolosa quanto culposa), desde o final do século XIX. Eis alguns exemplos:

 

     O caso das carteiras de reservista no México: http://testemunha.orgfree.com/mexico.htm .

 

     As falsas previsões, desde os tempos de Russell: http://testemunha.orgfree.com/previsoes.htm .

 

    O envolvimento em ocultismo por parte dos líderes da Torre de Vigia, que acabaram envolvendo também os demais adeptos, por décadas a fio: http://testemunha.orgfree.com/ocultismo.htm .

 

   As crenças dos líderes da Torre de Vigia em pseudociências, bem como seus ataques à medicina tradicional (vacinas, transplantes, uso de derivados de sangue etc.), expondo as vidas de muitas Testemunhas de Jeová desnecessariamente ao risco: http://testemunha.orgfree.com/ocultismo.htm .     

 

   O perjúrio cometido na Bulgária, ao assinar um acordo com as autoridades daquele país, em 1995: http://www.ajwrb.org/foreign/perjury-port.htm http://elderspov.tripod.com/sangue_05.htm .

 

     O caso do plágio envolvendo a gravura de uma propaganda de bebida que foi indevidamente reproduzida na capa de A Sentinela (em inglês), sendo que a Torre de Vigia ocultou o verdadeiro motivo para a mudança da capa, após o fabricante tê-la acionado na justiça: http://www.geocities.com/irmaobrasil/plagio2.htm  e http://www.observandoomundo.com/artigo.php?cod=51 .

 

     A quebra da assim chamada “neutralidade cristã”, nos episódios envolvendo a “declaração de Fatos” e a vergonhosa carta a Hitler (já citadas), bem como a aprovação de Rutherford à compra de bônus de guerra e o dia de orações em favor do aliados na II Guerra, conforme publicado em A Sentinela  de  1/6/1918  (esse último já admitido no livro “Proclamadores”, embora de forma altamente sutil): http://testemunha.orgfree.com/dossie.htm#Neutralidade .

 

     O caso da mudança no sistema de cobrança pela literatura, cujo objetivo foi tão-somente para fugir de impostos, após Jimmy Swaggart – um ‘pastor’ da ‘cristandade’, apoiado judicialmente pela Torre de Vigia – ter perdido sua causa na justiça norte-americana: http://br.geocities.com/deixandoastj/79jimmy.htm, http://corior.blogspot.com/2006/02/como-sociedade-torre-de-vigia-faz.html e http://corior.blogspot.com/2006/02/testemunhas-de-jeov-evitam-pagar.html .

 

     O caso da sonegação de impostos na França: http://www.observandoomundo.com/artigo.php?cod=46

 

     Haveria muitos outros exemplos que poderiam ser citados, mas por hora, concentremo-nos apenas nesses. Examine as evidências que lhes forneço e tente elaborar alguma tese que prove que esses episódios não constituem prova contundente de desonestidade por parte dos líderes das Testemunhas (esses a que bondosamente chama de “organização incumbida por Deus”).

 

     Quanto à destruição “justa e seletiva”, parece se esquecer que ela exterminará mais de 99% da humanidade (http://corior.blogspot.com/2006/02/as-incrveis-boas-novas-das-testemunhas.html), ou seja, todos os que não forem Testemunhas de Jeová (conforme dito em A Sentinela, 15 de fevereiro de 1985, p. 31 e A Sentinela de 1/9/1989, pág. 19). Deveras, publicações da Torre de Vigia têm estampado gravuras aterrorizantes de tal ação ‘amorosa’ de Deus em suas publicações (como as do livro “Paraíso Perdido ...”, que mostra até crianças sendo tragadas pela terra). E ainda chamam a isso “boas novas”!!!

 

 

 

      Antes da destruição que Ele trará, terá passado o tempo suficiente para aqueles que Nele depositaram fé mudarem seu proceder e desarraigarem desejos desaprovados. Também para qualquer vestígio do mundo ímpio ser limpo de entre a associação de Seus adoradores. 

 

     É mesmo? Pois saiba que mais de um bilhão de chineses jamais ouviram falar da Sociedade Torre de Vigia. Milhões de Paquistaneses também não. Outros milhões em países árabes jamais ouvirão falar de um minúsculo e inexpressivo grupo de seguidores do corpo governante em Brooklyn (menos de 0,1 % da humanidade). Veja os números nesse link: http://corior.blogspot.com/2006/02/captulo-15-o-alcance-das-boas-novas.html . Agora responda: como bilhões de seres humanos terão alguma chance de sobreviver se nunca ouvirão uma só palavra das Testemunhas? Serão julgadas ‘em grupo’, incluindo os bebês? Se Deus já sabe o que elas têm no coração, então porque esperar até que elas ouçam? Nas reuniões de serviço, éramos instruídos a fazer sermões de não mais que um minuto e oferecer uma revista ou folheto - é com base nesse sermão que as pessoas receberão um julgamento de vida ou morte? Por que prolongar uma agonia desnecessária, já que não há a menor chance de os seguidores da Sociedade Torre de Vigia cobrirem ‘toda a terra habitada’, conforme alardeiam em suas publicações? É essa a justiça de Deus ou é a sua própria?

 

     Quanto a remover “vestígios do mundo ímpio” de sua própria organização, que tal começar pelos membros do Corpo Governante, que tantas mentiras divulgaram ao longo de décadas, trazendo enorme prejuízo a vítimas espalhadas pelo mundo? Quando irão eles responder por seus crimes? Afirmar que eles são “o escravo fiel e discreto” de Jesus Cristo parecerá a muitas religiões cristãs como pura blasfêmia. Não posso recriminá-los por pensar assim...

 

   Estou certo de que é capaz de entender os pormenores do que escrevi de maneira concisa (ou ''lacônica'' se preferir). Por isso imagino não ser necessário uma abordagem mais detalhada sobre assuntos que  mencionei nos e-mail's anteriores mas não mencionei neste.   

 

     Sim, claro que entendo. Seus argumentos são os mesmos já publicados na literatura da Sociedade Torre de Vigia, numa tentativa de justificar as sandices cometidas por ela – nada há de novo neles. Sua forma de escrever não é apenas “lacônica” – é totalmente órfã de evidências. Talvez os “detalhes” omitidos (se constituírem provas do que afirma) possam fazer alguma diferença. Detalhe: opinião não é prova, é só opinião (todos temos direito a uma). Prova é algo que se pode tocar, ver ou ler (como as dezenas que forneço em meu site e nessa réplica).

   
     
Não pretendo lhe escrever novamente. A menos que me envie algum argumento do tipo "contra prova" (há muito prometido) livre das acusações e ofensas resultantes da estreiteza de sua visão. Do contrário não perderei mais tempo. 

 

     Eu também não prometo lhe escrever de novo. Nem levarei a sério outra mensagem sua se vier no mesmo estilo das anteriores – opiniões vagas, ataques pessoais e reafirmações de crenças sem embasamento sólido. Só refutarei argumentos voltados para o objeto de minha página, a saber, a idoneidade da Sociedade Torre de Vigia, desde sua criação, segundo o que ela alega ser – e se vierem com evidências palpáveis, documentais. O que vier fora desse padrão, poderá ter dois destinos: 1) ser desconsiderado e deletado ou 2) ser publicado em meu site, como prova adicional de como as Testemunhas de Jeová reagem, quando sua religião é criticada. Creio que isso será bem proveitoso para o público visitante.

 

     Como não me enviou “prova” de nada, não me caberia lhe enviar nenhuma “contra prova”. Mesmo assim, enviei-lhe mais de 60 referências e citações nessa réplica (ao contrário de suas mensagens sem referência ou citação alguma, o que mostra, sem dúvida, uma visão bastante “estreita” da realidade). Creio que doravante estará bastante ocupado tentando esmiuçá-las e refutá-las, se é que quer enviar uma réplica digna de ser considerada seriamente. Do contrário, eu é que não perderei mais do meu tempo...

   
     
Muito obrigado, Sr. Odracir ou Sr. "Ricardo", por qualquer atenção que dispensou ao ler o que lhe enviei! Pois reconheço que a vida neste atual sistema de coisas é um tanto curta e cheia de agitação, por isso mais uma vez agradeço. 

 

     Irônico como sempre. Espero que compreenda se eu também for irônico. Aparentemente, julga-se perspicaz por deduzir um nome óbvio. Parece ter vocação também para ‘detetive’. Suas investigações podem ter muita valia nas comissões judicativas de sua congregação (exceto, é claro, se elas apontarem para sua própria ‘rebeldia’, insistindo em visitar os ditos sites ‘apóstatas’ e assumindo a defesa da Torre de Vigia, como se ela fosse incapaz de fazer a sua própria).

 

     Não lhe agradeço pelo tom sarcástico e arrogante de suas mensagens, mas tenho de agradecer-lhe pela oportunidade de demonstrar quão fúteis são seus esforços de defender o indefensável. Diante do que está exposto até aqui, não pode, de casa em casa, apresentar às pessoas o lado comprometedor da Sociedade Torre de Vigia. É obrigado, assim como ela, a apresentar sempre versões “pasteurizadas”, “branqueadas” ou cinicamente omissas de seus atos, como se vê amplamente no livro “Proclamadores”, uma abominável obra de revisionismo histórico (http://corior.blogspot.com/2006/02/notas-sobre-o-livro-proclamadores.html e http://corior.blogspot.com/2006/02/comentrios-de-david-reed-sobre-o-livro.html ).

 

     Quanto à vida “ser curta”, ela já era “curta” em 1888, quando Russell anunciou o “fim do mundo” para 1914 (Estudos das Escrituras II, pp. 76,77); já era “curta” em 1894, quando ele reafirmou que suas previsões para 1914 eram “datas de Deus” (Torre de Vigia de Sião de 15/7/1894, p. 1677); já era “curta” em 1917, quando a profecia de 1914 havia falhado e “O Mistério Consumado” (pp. 128, 129 e 485) garantia que em 1918 o “fim” se consumaria; já era “curta” em 1924, quando a profecia de 1918 havia falhado e Rutherford assegurava que as criancinhas daquele tempo viveriam para ver Abraão e Isaque retornarem dos mortos em 1925 (O Caminho para o Paraíso, p. 224); já era “curta” em 1941, quando a profecia de 1925 havia falhado e A Sentinela de 15/9, p. 288, dizia que faltavam apenas “meses para o armagedom” e o livro “Filhos” incentivava as pessoas a adiar seu casamento, pois não haveria tempo para criar uma família (será que aquelas pessoas ainda estão solteiras?); já era “curta” em 1969, quando a profecia de 1941 havia falhado e A Sentinela de 15/2/1969, p. 115, apontava para 1975 como “o tempo apropriado para Deus agir” (tendo a Sociedade induzido milhares de jovens a largar os estudos e o emprego por causa disso). Na verdade, a vida é “curta” desde o século XII, quando Joachim de Fiore iniciou uma série de previsões baseadas na escatologia dos rabinos do século I. Se prefere embarcar nessa empreitada ‘profética’, é seu direito. Mas não é minha opção.

      
     
Faço votos de que reflita sobre o que leu, e tire algum proveito que não seja deturpar a matéria a fim de ''incrementar'' seu site inútil. Assim poderá beneficiar-se realmente.

 

     Refleti sobre o que li e nada encontrei de extraordinário ou novo, nada que pudesse ser comprovado, nada além de suas reflexões pessoais, subjetivas e tendenciosas, nada além da pífia linha de defesa presente na literatura da Sociedade, quando tenta justificar seu passado obscuro. Com um conteúdo desses, sinto muito, não há como “tirar proveito”. Mas, sem dúvida, ele serve, sim, para “incrementar” meu site.

 

     O quê!? Inútil? Então se deu ao trabalho de redigir 5 mensagens e reenviar a última em poucos dias, tudo por causa de um site “inútil”? Suas ações contradizem suas palavras (coisa comum em fundamentalistas religiosos). “Inútil” é o que gostaria que meu site fosse – isso, felizmente, não está em suas mãos. O volume de correspondências de apreço e elogios que tenho recebido, bem como a tradução de artigos meus para o espanhol (http://www.geocities.com/dinge13/primitiva/primitiva.htm) ou até citações deles em sites científicos como o da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (http://direito.unaerp.br/ribeirao/publicacoes.asp?idpublicacao=642) parecem indicar o contrário. Lamento frustrá-lo...

 


     
Até lá.. desejo-lhe melhoras.

 

     Em minha mensagem, não declarei estar doente, logo não há porque me desejar “melhoras” – trata-se, obviamente, de mais uma ironia. Por outro lado, seu linguajar e sua linha de raciocínio indicam, sim, que é portador de uma enfermidade – um “vírus da mente”, como diz o cientista Richard Dawkins (http://www.ceticismoaberto.com/ceticismo/dawkins_virusmind.htm). O vírus do fanatismo religioso, no qual a mente está tão impregnada de doutrinas pré-adquiridas e fixadas como ‘verdade absoluta’, que nenhum apelo racional poderá removê-las. A pessoa, conclui Dawkins, torna-se um “míssil desgovernado da religião” (http://www.str.com.br/Atheos/misseis.htm). Sua atitude mental não está muito longe disso. Que lástima! Nesse caso, eu é que lhe desejo melhoras (embora duvide que elas venham).

 

Considerações finais

 

     Apesar de tantas diferenças, há um ponto em comum entre nós: ambos tornamos públicas nossas convicções. As suas são levadas de porta em porta (quer o morador as deseje quer não); as minhas ficam expostas na rede mundial de computadores (só visita quem quer). Assim como acha que não pode parar de falar do que aprendeu da Sociedade Torre de Vigia, também não posso calar diante de todos os absurdos que ela tem levado a cabo por mais de um século, em nome da religião. Nossos objetivos são, deveras, divergentes. Que bom podermos discordar de quem quer que seja, inclusive de autoridades seculares ou religiosas, não é verdade? Contudo, só temos tais direitos porque vivemos em uma democracia – uma ditadura teocrática (como aquela vivida dentro dos muros da Sociedade Torre de Vigia) jamais dá lugar à liberdade de expressão (quem discorda do Corpo Governante é discriminado e, se insistir, é socialmente extirpado do convívio dos amigos e da família). Por isso, prefiro a democracia – com todos os seus defeitos – ao sistema autoritário que tão ardorosamente defende. Países como o Irã e o Afeganistão (onde, recentemente, um homem foi julgado e ‘amorosamente’ condenado à morte por ter se tornado cristão, ‘apostatando’ do islamismo, que se diz uma religião ‘misericordiosa’) nos dão uma pequena amostra do tipo de governo ‘teocrático’ pelo qual anseiam as Testemunhas de Jeová.

 

     Dediquei às suas mensagens muito mais tempo e esforço do que elas mereciam. À ausência total de fundamentação delas respondi com evidências concretas (mais de 60 citações, como já falei). Aos devaneios religiosos delas respondi com argumentação objetiva, pautada em fatos. Às suas opiniões sobre minha pessoa, respondi com minhas opiniões sobre a sua (como é de se esperar). Minhas referências incluem respeitados autores, peritos em suas respectivas áreas, cujas obras estudei por anos. Parece-me bastante razoável que, caso eu queira compreender o sentido teológico de uma frase bíblica, recorra àqueles que conhecem tal área mais do que eu, ou seja, peritos em línguas mortas e teologia acadêmica, não um confeiteiro...

 

     O curso dos acontecimentos, daqui pra frente, poderia muito facilmente ser este: novas mensagens suas contendo ataques pessoais contra mim e minhas retaliações aos seus ataques nas respostas seguintes, numa seqüência infindável de ‘farpas’, que a nada levará e nenhum bem trará a quem quer que seja – apenas desperdício de tempo. Prevendo isso, não seguirei tal linha. Como já falei, se qualquer resposta sua continuar na linha dessas cinco anteriores – pobre de comprovação documental, subjetiva e circulatória em seus raciocínios e rica em ‘adjetivos’ contra mim, será descartada como lixo. Ou, quem sabe, fique exposta em minha seção de correspondência, como prova de sua personalidade implacável e autoritária.

 

     Concluo essa réplica citando Galileu:

 

“Certamente, não faz bem às almas considerar como heresia [ou apostasia] acreditar no que é provado.”

      
      
PS.:   A fim de obter maior proveito, leia o texto pausadamente, respeitando a pontuação, deixando em suspenso todo o seu rancor.

 

     PS: a fim de ser levado a sério, queira, por favor, conter todo seu rancor fundamentalista e refutar todas as citações e referências que lhe enviei, uma a uma, com provas. Do contrário, suas réplicas terão como resposta o silêncio. Não odeie, pois o ódio prejudica o raciocínio.

 

 

Comentário: Este leitor enviou-me uma última mensagem, na qual se retrata do tom arrogante e desafiador de suas mensagens anteriores. Embora volte a fazer críticas pessoais, sem dúvida, adota um tom mais moderado. Não refutou nenhuma das dezenas de referências que enviei (limitando-se a dizer que não as julga "convincentes"), de modo que julguei desnecessária uma outra réplica. Todavia, deixou escapar uma confissão reveladora (que se encontra grifada no texto).  

 

     Gostaria de iniciar lhe dizendo que poderá fazer o que quiser com este texto.
 
     Gostaria também de lhe comunicar que se precipitou em ficar ofendido. Não é uma ofensa lhe chamar de ateu. Como o Sr. mesmo explica tão bem, é apenas um termo técnico. Que trará conseqüências distintas entre quem é ou não é.
 
      Peço que atribua bondade às minhas palavras, caso contrário soarei um pouco "arrogante" ao escrever, já que nenhum de nós dois consegue dissertar sobre o que realmente interessa ao outro.
 
     Obrigado por me lembrar das advertências das quais não dei a atenção devida. Sinceramente. Pois não me arrependo somente disso, mas também de
ter me expressado dessa ou daquela maneira em alguns momentos. Perdoe-me.
 
     Após ler seu e-mail, que achei não vir mais, gostaria de escrever algumas observações que fiz e sobre alguns pontos a meu respeito que gostaria que soubesse, se seguem agora:
 
     Abaixo algumas observações:
 
- Após muitos insultos diz não querer o contato ou qualquer relação com alguém como eu. Embora negue sentir ódio. Será que se livrou de toda influência que recebeu de nós? Visto que nos acusa dessa mesma hipocrisia.
 
- Não se dá conta de que tenta me provocar com conquistas católicas, protestantes e etc em vão, pois nem o Sr. mesmo as aprecia?
 
- Quer que me responsabilize por diferentes vertentes de termos genéricos dos quais não sou obrigado. Seria "um exemplo patente de argumentação circulatória e vaga, que parte de pensamentos genéricos e leva a conclusão nenhuma"?
 
 
- Errou se pensa que quero lhe negar um direito, mas se escrever corresponde a isso (o que não é verdade), entre nós dois foi o Sr. que tomou a iniciativa em seu site.
 
- Esquece que cabe aos acusadores apresentar provas de suas acusações, não aos acusados. E as suas não são suficientes para mim por muitos motivos além daqueles que sozinho tenta atribuir a mais de seis milhões de pessoas.
 
- Não me chame precipitadamente de sofista, pode estar cometendo um erro sério. Pois se o mesmo raciocínio que uso ''se encontra há anos'' em nossa literatura, há uma excelente razão para que o mesmo lhe tenha sido apresentado novamente por alguém que não se importa muito com originalidade e que ainda não teve contato com esta citação a que faz referência.
 
- Já as questões que trata de forma simplista e que se nega a tratar classificando-as como ''subjetivas'', para mim são cruciais. Vão muito além do que consegue enxergar. (Ou será que a China, aquele grande país comunista se tornando capitalista, não existe porque não a consegue ver agora ou não têm nenhum documento em mãos para atestar sua existência?)
 
- Quanto a questões a respeito de decisões pessoais, está argumentando com uma pessoa que tolera qualquer um fazer as suas. O que não significa que tenho de concordar. E é só isso! (Não conseguiria entender porque uma visita semanal de cortesia consegue enfurecer tanto as pessoas se não fosse advertido pela Bíblia quanto aos muitos sinais dos tempos.)
 
- Se tudo na sua vida é regido pelas circunstâncias , até mesmo seus conceitos e atitudes, (como descreveu diferentes culturas), talvez aprove o aborto, o assassinato em nome da ideologia de um ditador, o canibalismo em face de uma grande fome ou atitudes extremistas similares.   E se sua opinião for positiva diante de tais atitudes, porque se irritar tanto com pessoas que voluntariamente optam por viver da maneira que acreditam estar correta, não somente confiando ao acaso o rumo das coisas?
 
- Se lhe incomoda meus argumentos, lamento. Lamento que se considere tão superior a ponto de ignorá-los. (Muito cômodo da sua parte também.)
 
  A meu respeito, gostaria que soubesse:
 
- Não desmereço as organizações seculares que mencionei de seus objetivos nobres. Apenas sei que são incompetentes com respeito aos seus plenos anseios e incapazes de ocupar o lugar legítimo do Criador.

 

- Realmente não estou disposto a desenvolver uma tese de doutorado somente para satisfazer seu ego. Como sabe, sou confeiteiro. Ganho o sustento de maneira mais produtiva. (Toda a documentação de que necessito está contida numa biblioteca que vai de Gênesis a Revelação. Todos, livros muito bons, de Autor sem igual.)
 
 
- Após ler muito sobre o que pensa de mim simplesmente pelo que escrevi, como também o fiz, fiquei feliz quando me chamou de minoria. Obrigado! (Embora eu admito que tenho que melhorar muito ainda para realmente ser considerado uma minoria que lealmente segue princípios bíblicos nestes últimos dias.)
 
 
- Sim. A destruição daqueles que se opõe ao meu Deus de forma impenitente me traria muito júbilo. Mas já observou a diferença entre a minha atitude e a de um muçulmano? Vou  refrescar sua memória finória: - Eu prego de porta em porta, um muçulmano não.
 
  Mudando um pouco de assunto, com respeito aos seus comentários sobre a profissão de detetive.. Sim, encontrou um outro e-mail que enviei sem muito anelo.
 
  Foi a primeira vez que tive contato com um site apóstata. Digitei ''Testemunhas de Jeová" no programa buscador e apareceu uma infinidade de sites de quem não é uma delas. Infelizmente repeti o feito e visitei seu site uma única vez. Não tenho a intenção de me destacar por fazê-lo, e não se preocupe, não sou ancião ou servo ministerial, não conseguirei acabar com sua atitude sorrateira de bancar o inativo.
 
   Nenhum irmão sabe que visitei seu site ou troquei correspondência com o Sr. Se desejar poderá dar a notícia em primeira mão, realmente não me importo. Uma coisa que não podemos escolher é o conceito que outras pessoas têm sobre nós. Mas me preocupo realmente com o conceito de Jeová a meu respeito.
 
  Falarei um pouco mais sobre a ocasião em que me correspondi com este Sr. (Talvez lhe ajude na sua investigação, pois não temo o propósito dela, a Bíblia já me advertiu do que posso esperar.)
 
  Enquanto este Sr."Irmão Brasileiro" tentava me convidar para um contato mais achegado, publicava ao mesmo tempo a resposta grosseira que também pode ler naquele site, fazendo o mesmo que o Sr. fez.. julgou-me e taxou-me como se fosse um psiquiatra não solicitado e após atacar ferozmente toda uma associação de pessoas pacíficas, finge ser a pessoa mais boazinha do mundo.
 
Após ler resolvi enviar este outro e-mail que o mesmo não publicou. Leia se interessar-lhe: [...]

 

 

Site "Pastores das Testemunhas de Jeová"

Início

E.H.., Brasil, 25/12/2005

 

POR QUE O SITE "PASTORES DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ" FOI CRIADO

 

http://www.pastorestj.cjb.net/

 

      Do responsável pelo site a todos os interessados e amigos:

      Em primeiro lugar, esperamos que tenha gostado deste novo site! Nós o encaramos, acima de tudo, como mais uma modesta contribuição para a obra de esclarecimento no qual todos estão envolvidos de alguma maneira.

     Mas existem também causas imediatas que me levaram a esta iniciativa. E talvez muitos de vocês se interessem em saber quais são elas. Embora a maior parte do que vocês lerão, consista apenas em acontecimentos que afetaram uma única família, as lições que podem ser tiradas deste relato resumido, constituem mais um lembrete da importância de nosso trabalho de denúncia no que se refere aos desmandos da organização Torre de Vigia.

     Tudo começou na segunda-feira, 5 de abril de 2004. Ao chegar a casa, à noite, depois do trabalho, deparei-me com dois anciãos discutindo com meu pai (agora falecido) no portão. O objetivo da visita era convocá-lo para uma reunião com o corpo de anciãos no Salão do Reino. Disseram que esta reunião tinha de ser "no Salão do Reino" e não deram qualquer detalhe sobre o assunto a ser tratado; afirmando apenas que era "para esclarecimento". Eu não me envolvi diretamente nesta discussão, mas ainda presenciei que, diante da recusa de meu pai em comparecer, um deles chegou mesmo a falar em convocá-lo "por escrito". Não adiantou. Meu pai deixou claro que não iria. Detalhe importante: Esta visita foi feita logo no dia seguinte à Comemoração daquele ano. Por maior que fosse o "erro" que meu pai supostamente tivesse cometido (e todos aqui sabem que o "pecado mortal" dele foi discordar da organização), é evidente que, a julgar por tais métodos, estes dois anciãos não haviam aprendido coisa alguma nesta "comemoração" deles...

     Apesar da veemente recusa, dois dias depois, na quarta-feira daquela semana, vieram outros dois anciãos ao nosso portão para repetir a convocação. Como isso foi logo pela manhã, desta vez tanto meu pai como minha mãe foram atendê-los. Ainda não sabendo quem estava lá, e como vi que ninguém voltava, tive um pressentimento e desci a escada par ir ao portão também.   O pressentimento havia sido perfeitamente correto: Chegando lá, vi meu pai já muito nervoso, minha mãe chorando, e os dois "anciãos" (um com 25 anos de idade e o outro com 28), naquela mesma ladainha de "nós não temos nada contra vocês", "não fique assim, irmã!", "a reunião é só para esclarecimento" etc. A primeira coisa que eu fui logo dizendo é que meu pai não iria a reunião alguma; ele já tinha deixado isso claro. E pela primeira vez perguntei (como se eu já não soubesse de nada!) o que é que precisava ser "esclarecido". Nenhum dos dois quis dizer. Meu pai, bem nervoso, chegou a dizer a eles que "se minha mãe ficasse doente por causa disso, ele iria processá-los" e que 'eles enfrentariam a polícia'. Diante disso, o máximo que um deles (o mais jovem) disse foi que "era um assunto que já estava afetando outras congregações". Mas, quando perguntei de novo que assunto era esse e "por que não poderia ser tratado na nossa casa?", ele não quis comentar mais nada (seguiu direitinho as instruções do presidente, sem dúvida!...). Para resumir: Ficou evidente para eles que, se dependesse de nós, esta reunião jamais ocorreria no Salão, e, com base na ameaça de meu pai, seria até imprudente eles virem fazer uma terceira convocação.

      Na época destes convites, meu pai já se achava afastado da Torre de Vigia. No meu caso e no de minha mãe, a comemoração de 2004 foi a última reunião a que assistimos. Depois destas "visitas amorosas" nós também nunca mais pusemos os pés no Salão do Reino.

      Mas isso não foi o fim da história. Alguns meses depois, já em novembro de 2004, eu estava no final de um dia de serviço (na reforma de minha casa). Aí o pedreiro (que é meu tio) avisou-me que tinha alguém no portão. Fui ver e era um ancião; aliás, mais precisamente, dois anciãos. Isso porque um deles estava escondido na frente da casa do meu vizinho e só um deles aparecia na frente do meu portão. Só que ele "deu azar" porque, como saí por uma outra porta, pude ver imediatamente que ele estava lá. O objetivo deles era surpreender meu pai. E teria dado certo mesmo, pois meu pai teria saído pela porta da casa de cima, da qual só era possível ver o ancião "mais amigável", e não o que estava "escondidinho". Como este percebeu que o vi, saiu logo da "toca".

      Após breve troca de cumprimentos, o mais "amigável" me disse que "a Associação estava solicitando que meu pai devolvesse o KS". Respondi que tudo bem, eu iria subir e avisar meu pai (que estava jantando nessa hora). Mas já adiantei que "eu achava que ele não iria devolver o livro" (meu pai era um homem muito simples e eu já o tinha prevenido de que, cedo ou tarde alguém viria atrás desse livro. Ele resolveu retê-lo, e apoiei imediatamente essa decisão).

      Subi e falei com meu pai e, como já decidido "de véspera", o assunto foi acertado entre nós em 5 segundos. Desci e falei aos anciãos que "infelizmente" o livro não seria devolvido. Como o "amigável" quis dar algumas justificativas para o tratamento dispensado ao meu pai pelos ex-colegas dele, aproveitei também o momento para dizer brevemente algumas verdades que eu sabia sobre este assunto.

     Nisso, o outro ancião (o "escondido") interrompeu o que eu estava falando, arregalou os olhos e, com relação ao KS, disse: "Isso é apropriação indébita!". Respondi que ele podia pensar o que quisesse, mas a decisão de meu pai tinha sido essa e eu a apoiava. Ele quis que eu fosse chamar meu pai para falar com ele. Respondi que não iria fazer isso. Daí ele quis argumentar algo como 'já que eu havia subido para perguntar sobre o livro, poderia fazê-lo de novo para chamar meu pai'. Já meio irritado retruquei que 'meu pai estava jantando e que eu só havia subido por uma questão de educação, porque o outro ancião também havia pedido com educação, e que, já que eu estava na minha casa, não me sentia obrigado a aceitar ordens dele'. Aí ele repetiu que 'era apropriação indébita'. Como o outro ancião deve ter achado que aquela discussão não estava nada produtiva e que as coisas poderiam até piorar, ele me estendeu a mão para se despedir e foram os dois embora imediatamente.

      Nem é preciso dizer que, diante dessa arrogância, meu humor na hora que subi não estava lá dos melhores. Achei melhor nem dar detalhes a meu pai sobre isso que o 'escondido' havia dito (meu pai morreu neste ano, sem saber disso). Simplesmente disse-lhe que eles haviam aceitado o que eu falei e foram embora.

     Assim que entrei no escritório, porém, o aborrecimento deu imediatamente lugar a uma nova idéia. Pensei: Bem, quer dizer então que eles querem o livro, não é? Ora, eu tenho o livro em mãos e conheço uns amigos que têm bons scanners e bastante conhecimento sobre montagem de pdf. Por que eu não...?

      Bem, é isso aí! O resultado dessa breve história é esse que vocês estão vendo na tela dos vossos micros..

      É claro que eu poderia ter agido diferente. Se um dos representantes da Torre de Vigia teve a petulância de vir ao meu portão para chamar meu pai de ladrão, eu poderia ter reagido "como homem imperfeito", dando a esta pessoa uma resposta de nível equivalente ao dela. Porém, creio que todos vocês concordam que esta "resposta" que está sendo dada agora é muito mais adequada e produtiva. Ela demorou, mas veio. E, é claro, vocês têm à disposição outra ferramenta, que poderá ser usada para o benefício de muita gente mais!

 CRÉDITOS

     Gostaria de agradecer aos amigos da Internet que participaram diretamente neste trabalho desde o início. Menciono especificamente Carlos M. Silva, Miguel Servet Jr. (ambos do Brasil) e Paulo Franco (dos Estados Unidos). A ajuda destes foi inestimável, no tocante à obtenção do material, ao apoio técnico (para a montagem dos pdfs e a do próprio site) e às numerosas sugestões que deram visando ao aprimoramento da qualidade. Agradeço também a todos os demais que estão ajudando agora mesmo na obtenção de material adicional, bem como os que ainda poderão fazê-lo no futuro.

 

Um Admirador

Início

R.A.., Brasil, 16/12/2005

(Minha réplica está em azul)

           

     Caro Odracir

             Não sou Testemunha de Jeová, mas sofro por minha família, que foi seduzida por essa organização há 20 anos atrás. Minhas irmãs, que eram crianças na época, foram instruídas a se afastar de mim "porque eu era má influencia para elas". Uma delas me perguntou uma vez, com tristeza, por que eu não ia às reuniões e me disse que eu seria destruído. Hoje saã mocas bonitas, mas tristes, sem vontade de se divertir, de trabalhar e ate de casar. Meu pai, recentemente, se recusou a passar por uma cirurgia de coração porque os médicos não garantiam que não fariam transfusão de sangue (como não podia deixar de ser). Ele, homem bom e gentil, que só se converteu na sua velhice, depois de ser tratado por anos com indiferença por sua própria família. Eu já estava ha algum tempo me tornando insensível ao problema deles, achando que eu simplesmente não podia fazer nada e que deveria me poupar e cuidar da minha vida. Ao ler sua HP ficou mais fácil entender as ações deles e ver que, na verdade, eles são vítimas. Talvez eu até possa ajudá-los a abrir os olhos com a ajuda do material na sua HP. Na verdade, escrevo esta mensagem para expressar minha admiração por sua pessoa. Me identifico com algumas idéias suas e admiro muito sua boa vontade e paciência de colocar à disposição das pessoas seu grande talento e inteligência, alertando contra esse mal das religiões, que fazem muitas pessoas pensarem que não existem pessoas boas fora delas. Pessoas como você me fazem acreditar mais no ser humano. Desejo tudo de bom para você.

             Sinceramente,

           

     Prezado R.
 
     Sua mensagem foi a melhor ocorrência de hoje. Muito obrigado por sua gentileza. É gratificante ver o quanto algumas pessoas reconhecem e valorizam meu trabalho. Lamento muito por sua situação familiar, o que aliás é comum entre parentes de TJ, justamente por causa do processo de lavagem cerebral a que elas são submetidas, o que faz delas vítimas. Recomendo-lhe paciência e cautela ao tentar ajudar seu parentes, pois eles tenderão a considerar suas palavras como inspiradas por Satanás, principalmente se souberem de que 'fonte' você as obteve, de um site 'apóstata'. Por isso, dê-lhes doses pequenas de cada vez, de acordo com a tolerância de cada um (talvez na forma de perguntas sutis). Sinceramente, desejo-lhe um resultado satisfatório em sua empreitada. Não desista. O estelionato religioso, infelizmente, é um crime bastante tolerado pelas nossas leis. O Estado pouco ou nada faz contra ele - somos nós, cidadãos, que temos de lutar contra essas organizações criminosas.
 
     Um abraço

 

 

Abandonado pelos Antigos 'Irmãos'

Início

A.J.., Brasil, 20/5/2005

 

     Estava vendo seu site (testemunha) rapidamente e também com o pensamento de que era apostasia, pois foi o que aprendi.

    Já fui ancião presidente de congregação hoje sou desassociado a mais ou menos 3 anos. Mesmo quando era ancião não aceitava a maneira como o desassociado era tratado. Minha pergunta é: Como vocês conseguem se manter apegados a Jeová a seu filho Jesus sem o amparo de uma organização? Às vezes, fico perdido, sinto falta do apego a Jeová, sinto falta dos antigos amigos, mas, se vou a uma reunião, não gosto do que vejo ou do que escuto. Não tenho ajuda de meus amigos, pois todos eram TJ. Acho que preciso de ajuda. Me sinto perdido.
 

     Obrigado

Comentário: o destino daqueles que deixam a Sociedade Torre de Vigia é bastante diversificado - alguns ingressam em outra religião, outros mantêm sua espiritualidade, embora não se envolvam com denominações religiosas; ainda outros adquirem total aversão a assuntos religiosos. Todavia, é provável que, a exemplo desse leitor, muitos carreguem dolorosas sequelas de seu desapontamento religioso.

 

Maravilhado com as Informações

Início

S.L.., Brasil, 29/4/2005

     Olá,  Odracir
 
     Estou maravilhado com o volume de  informação  de  sua HP. Li alguma coisa a respeito da ideologia dos  Nazistas de não aceitarem transfusões de sangue de negros ou judeus quando estes eram capturados pelos aliados e estavam doentes ou feridos. Parece que a moda pegou na STV.
 
     Vc tem mais material sobre este assunto? Me avise, por favor.
 
     Grato
 

 

Livres, enfim!

Início

G.L.., Brasil, 21/2/2005

 

     Prezado senhor Odracir,
 
     Eu tenho 30 anos, sou TJ, li algumas coisas de seu site nesses últimos dias, e agora sinto que preciso te escrever algumas palavras. A maior delas é...
 
      ...OBRIGADO!
 
     He he! Pensou que eu ia te ofender, não pensou?
 
     Sabe, no ano de [...] minha mãe faleceu e eu fiquei emocionalmente vulnerável ... aí acabei estudando com as TJ, achei tudo muito bonito e instrutivo, realmente acreditei estar entrando na religião que seguia os moldes de Cristo. Fui batizado em [...], e passei cerca de um ano e pouco sendo um TJ "espiritualmente fraco", eu não lia as literaturas e ia pouco no campo. Contudo, sou [...], tenho a mente investigativa, e não pude deixar de notar muitas discrepâncias: nesse curto período vi hipocrisia, falsidade, língua venenosa, um julgamento parcial numa comissão judicativa etc. Alguns meses atrás eu comecei a ler as revistas e os livros, e quando peguei o livro Proclamadores, nem preciso dizer que achei aquela história contada bonita demais para ser verdadeira. Então criei coragem, levantei a cabeça e fui pesquisar por conta própria, e comecei a ver as incoerências e insanidades que já foram publicadas. Pensei: será que eu tô ficando louco? Ou isso aqui não passa de baboseira? Foi então que descobri a abundância de informação sobre esse assunto na internet, e agora percebo que eu não sou louco mesmo ... são essas publicações e doutrinas que são absurdas, tão absurdas que a gente demora para acreditar na quantidade de estupidez e presunção que saiu de um pequeno grupo de pessoas, o tão idolatrado corpo governante. Aliás, as TJ deveriam logo fazer estátuas deles para serem adorados nos salões, o senhor não acha? :)
 
     Senhor Odracir, o senhor é um homem muito inteligente e muito culto, tenho certeza que aprenderei muito mais nos artigos que ainda não li. Muito obrigado pela pesquisa que fez, isso sim é que é instrução, não aquela revistinha que é idolatrada todo domingo "à noitinha".

Comentário: nessa mensagem, o autor pedia-me para não tornar seu conteúdo público ainda, pois tinha questões familiares e comerciais com as TJ, que precisavam ser resolvidas com o mínimo possível de danos. Posteriormente, enviou-me mais três mensagens, autorizando a publicação (com omissão de dados específicos):

     Em sua mensagem, você me disse que seria bom publicar minha história com o intuito de ajudar outras pessoas. Concordo plenamente, eu também estou desejoso de poder informar os desavisados sobre o que de fato acontece com a torre de vigia, bem como, se possível, abrir a mente dos coitados que estão lá pensando fazer a vontade de Jeová. Porém, eu agora estou como que pisando em ovos ... tenho que tomar cuidado, tenho que ser inteligente, senão vou arrumar confusão e vou sair muito prejudicado. Pra você ter uma idéia, no momento quase 100 % da minha família é TJ convicta, e eu tenho sociedade em [...], todos os meus sócios são TJ convictas. Além disso, estou no momento no meio de uma questão judicial no qual estou sendo assessorado por [...] advogados, [que] são TJ convictos. O que aconteceria se eu fosse hoje declarado apóstata? Já pensou o fuá que ia dar? Eu seria dramaticamente prejudicado, bem como as empresas. Por isso que eu disse que estou arquitetando um "plano de fuga"... infelizmente por enquanto eu vou continuar fingindo, até que eu possa sair sem "tomar na cabeça". Veja bem, estou me desfazendo de duas das três sociedades, e vou ficar com aquela que me permitirá trabalhar sem ter maiores problemas. Nesta eu tenho quase certeza que "converterei" meus sócios, eles são mente aberta ... e se não aceitarem terão que engolir porque nesta empresa em particular quem manda sou eu. Por enquanto eu gostaria que minha história ficasse em segredo, porque dadas essas circunstâncias específicas, é possível que algum espião me descubra.
 
     De vez em quando eu estarei escrevendo.
 
     Um abraço,

     G.L.   

      

       Caro amigo,

 
     Já faz um certo tempo que eu te escrevi, e naquela época eu estava bastante nervoso com o desenrolar do meu "plano de fuga", por causa da complexidade de meu envolvimento com várias pessoas TJ convictas. Lembra-se? Eu tinha sociedade em [...] e tinha ainda uma questão jurídica em que estava sendo auxiliado por [...] TJ convictos.
 
     Sabe quando você sente que não vai conseguir resolver a situação? Pois é, eu estava me sentindo assim, mas felizmente meu plano de fuga está funcionando! Vou fazer uma análise separada por tópicos:
 
     1) Em primeiro lugar, você me disse que seria bom divulgar minha história para que outras pessoas sob o domínio da torre pudessem ser ajudadas. Concordo plenamente, na época do último e-mail eu estava ainda muito preocupado com o desenrolar dos fatos, mas agora não mais, por isso você pode publicar o que quiser (menos os dados pessoais das pessoas envolvidas, é claro). Tenho certeza que minha história, à medida que eu vá contando os detalhes, poderá ser de ajuda para alguém, e eu estou à sua disposição para ajudar.
 
     2) O primeiro passo do plano de fuga foi mostrar a verdade para minha esposa. Ela nunca foi daquelas pioneiras fanáticas, mas mesmo assim mostrar a verdade a ela foi uma experiência traumática! Quando eu comecei a apontar as incoerências doutrinais, ela achou que eu estava sendo presunçoso demais, que eu estava sendo sábio aos meus próprios olhos, que a torre é perfeita e as pessoas não, etc ... aquela história que todo mundo conhece. Passado algum tempo, ela ainda tentava me convencer de que eu estava errado e que as incoerências doutrinais pareciam lógicas porque o diabo é astuto. Ela chegou a ficar desesperada achando que eu estava sendo dominado pelo diabo! No entanto, depois de algumas semanas ela, que é uma pessoa instruída e inteligente, passou a concordar comigo.
 
     3) A questão dos [...] advogados TJ já foi resolvida. Eu simplesmente tirei o caso da mão deles e passei para outro advogado.
 
     4) A questão das sociedades está se resolvendo da seguinte maneira:
 

    4.1) Eu tinha 50% de participação numa [...] na qual os outros 50% pertenciam a um TJ convicto, completamente incapaz de aceitar qualquer coisa diferente do que está escrito na sentinela. Felizmente eu consegui vender minha parte para um TJ, então saí de lá numa boa, sem problema nenhum. Detalhe, esse ex-sócio é tão idiota com relação às doutrinas da torre que eu tenho certeza de que se um dia sair na sentinela que comer m... é bom, ele vai ser o primeiro a encher a boca de m... e sair na rua enchendo o saco de todo o mundo para fazer o mesmo. E quem tiver a boca limpa será destruído no armagedom que está às portas!

 

     4.2) Outra das sociedades é de uma [...] que acabou de ser lançada, ainda está nos estágios iniciais, sem um resultado concreto ainda. O sócio aqui não é idiota como o outro, mas é bem bitolado e não dá nenhuma indicação de que aceitará a verdade sobre a torre. Por isso resolvi desistir, o que foi fácil porque o barco nem está na água ainda. O ex-sócio prosseguirá sozinho.

     4.3) A [...] das sociedades é uma [...]. Nesta eu permaneci e meus [...] sócios, embora TJ, sempre foram descontentes com a política da torre, de forma que quando eu lhes revelei os bastidores, eles aceitaram de bom grado e hoje a torre é motivo de piada entre nós. E eu me dei muito bem porque, dentre os três negócios, este é o que me atrai mais, e também o que é financeiramente mais promissor.

 
     5) Este tópico é muito importante! Poucos meses atrás, eu estava preocupado com a média de horas no serviço de campo e com a qualidade dos 3 estudos bíblicos que eu dirigia. Logo que descobri a verdade, tracei um plano de fuga da congregação, e hoje posso dizer que a execução do plano foi bem sucedida. Eis os passos:

 

     5.1) Primeiro eu fiz com que minha média de horas ficasse em torno da metade da média do país por dois meses e passei um dos estudos para outra pessoa. Os anciãos (os fariseus hodiernos) então diminuíram drasticamente meus privilégios, o que me deu oportunidade para começar a faltar em algumas reuniões sem chamar muito a atenção deles.

 

     5.2) Um passo desagradável, porém essencial, foi escutar quieto as ladainhas dos anciãos. Eu fiz papel de uma pessoa desanimada, com muitas responsabilidades no trabalho, que chega cansado em casa etc ... É claro que a ladainha é sempre a mesma: você deve dar prioridade ao reino e não ao trabalho secular, só que eles não me encheram demais o saco porque recentemente saiu num ministério do reino que as pessoas espiritualmente fracas devem ser tratadas com "tato".

 

     5.3) Por fim, fiquei inativo e não estou mais frequentando as reuniões. De vez em quando alguém liga aqui em casa para tentar me convencer de que eu devo vencer meu desânimo e voltar às reuniões, porém eu educadamente desconverso, faço parecer que meus problemas pessoais são maiores do que são e fica tudo por isso mesmo.
 
     6) Agora as pessoas na congregação (e na família também) devem ficar comentando que eu e minha esposa deixamos de ir às reuniões porque estamos fracos na fé e estamos nos deixando desviar por materialismo. Só que tem uma coisa interessante: estão tão inflamados com a idéia de fazer o máximo para ser escravo da torre, que daqui a pouco tempo não vão nem mais se lembrar da nossa existência.
 
     Estamos livres!!!
 
     Obrigado, Odracir, pela excelente pesquisa que você fez. Sua página teve papel fundamental na nossa libertação do domínio da torre.
 
     Um grande abraço, qualquer dia desses te escrevo de novo,

     G.L.

     Olá,
 
     Fiquei te devendo contar uma história hilariante, lembra? Então, vou contar resumidamente, é claro, pois tudo aconteceu ao longo de mais de um ano, o que seria suficiente para escrever um livro. Mas vamos lá:
 
     Os personagens dessa história são:
 
     1: M., amigo meu e vítima da história;
     2: P., a causadora dos problemas;
     3: Os anciãos da congregação deles.
 
     Tudo começou quando o M. começou a trabalhar junto com o irmão da P. e com o tempo eles começaram a namorar. Naquela época o M. frequentava todas as reuniões e tinha uma boa média de horas de campo, portanto aos olhos da congregação e da família da P. era uma pessoa excelente. Tudo ia bem até que eles acabaram transando, e o M., se sentindo culpado, resolveu contar para os anciãos. Eles perguntaram se ele havia se arrependido, ele disse que sim, então os anciãos tiraram seus privilégios e ficou por isso mesmo. Só que depois disso eles continuaram transando cada vez mais, até o dia que o M. descobriu que a P. não estava transando só com ele, mas também com mais outros dois caras da cidade. O que ele fez? Ele rompeu com ela e foi contar aos anciãos. Segundo o que ele me contou, desta vez os anciãos, começaram a querer saber todos os detalhes sobre o que eles de fato tinham feito. O M. então já contou de cara que tinham feito de tudo, muitas vezes, inclusive oral e anal. Depois de tudo contado sem vergonha dos detalhes, um dos anciãos perguntou-lhe: "Quando vocês namoravam no carro e você colocava a mão dentro da calça dela, você punha a mão por cima da calcinha ou por baixo?" Não é hilariante??? Como resultado, os dois foram desassociados, e depois de cerca de 8 meses foram readmitidos. O que aconteceu depois disso é que foi realmente interessante: hoje a P. finge ser uma santa, vai às reuniões e ao campo, e com isso garante a aprovação dos anciãos e da própria família, porém todo mundo sabe que ela continua transando com aqueles outros caras. Todo mundo exceto a família dela e os anciãos! Já o M., pelo fato de ele ter se afastado da congregação, ele é tido como a pessoa iníqua que desvirtuou a pobre e inocente mocinha cristã, e todos devem evitar conversar com ele. E quando alguém comenta que viu a P. em atitudes suspeitas, logo vem um ancião dizer que essa história está sendo inventada pelo M. porque ele tem pensamentos mundanos e está com ciúme! Eu mesmo escutei essa ladainha de um ancião! Pra você ter uma idéia, pouco tempo atrás houve um assalto a uma residência de um dos parentes da P., e surgiram rumores na congregação de tinha sido o M.. Isso que é amor cristão hein!!!
 
     Resumindo, é o seguinte: os TJs, principalmente os anciãos, estão totalmente bitolados naquela idéia de que se você tem muitas horas de campo, então é porque sua espiritualidade está forte e você está sendo abençoado por Jeová e portando você é uma boa associação. Por outro lado, se você não está indo no campo nem puxando o saco dos anciãos, então você está morto espiritualmente, comendo na mesa de demônios, e portando quem tiver tratos com você está correndo risco de vida.
 
     O evangelho da torre definitivamente não é o do amor que supera todas as coisas, mas sim o evangelho da bitolação, do medo, da discriminação e até do ódio. Essa história que contei expõe algumas coisas tão ridículas que faz a gente rir, mas eu sou testemunha do quando o M. sofreu por causa disso. Felizmente, hoje, ele já se libertou da torre também.
 
     Qualquer dia conto mais coisas ... quem já foi um TJ tem muitas histórias pra contar!
 
     Um abraço,

 

 

 

Alguém nos Escreve de Joinville

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L.F., Brasil, 15/2/2005

 

     Caro amigo Odracir

 
     Estava pesquisando na Internet sobre o tema "Testemunhas de Jeová" e qual não foi a minha surpresa ao encontrar sua HP. Uma grata surpresa. Fiquei absorto desde as primeiras linhas e agora tenho pesquisado os outros links com assuntos correlatos. Parabéns pela sua coragem e determinação em colocar a disposição uma vida de estudo e busca pelo conhecimento da Palavra de Deus. Quando eu tinha 14 anos, recebi como presente de uma vizinha nossa, lá na cidade de Uruguaiana - R.S., o livreto de cor azul "A verdade que conduz a Vida Eterna". Comecei a ler mas confesso que achei um pouco árido (talvez para um menino de 14 anos que ainda não tinha lido a Bíblia). Os anos se passaram e só recentemente voltei a estudar particularmente, as doutrinas das Testemunhas de Jeová. Tenho algumas perguntas, que gostaria de sua ajuda para esclarecê-las. Na próxima oportunidade as farei. Agora só quero deixar registrado meus sinceros agradecimentos. Percebo-o como uma pessoa sensata, equilibrada e com uma enorme disposição a sacrificar (ou seria usar?) o seu tempo para nos dispor de tanto conhecimento e pesquisa. Gostaria de que estivesse aqui na cidade de Joinville de tal forma que pudesse conhecê-lo pessoalmente.
 
     Um forte abraço, seu irmão
 

 

Rumores do Japão

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A.S., Japão, 1/2/2005

 

     Caros Srs., aconteceu um grande problema envolvendo testemunhas de Jeová brasileiras aqui no Japão,  quem esta envolvido nesta historia é um casal de desassociados e a esposa do ancião da escola do ministério, isso parece que aconteceu a uns 3 anos atrás - eles foram ofendidos publicamente por ela na frente de todos os presentes na reunião do estudo da sentinela, ela passou a ofender a mulher desassociada que estava grávida. Bem, resumindo, o problema é que o casal entrou na justiça do Japão e está tendo disputa porque, ate onde fiquei sabendo, os anciãos estão apoiando a esposa do ancião da escola que diz não ter feito ou falado nada e eles estão fazendo de tudo para esconder o fato, dizendo que não aconteceu tal ofensa, mas posso afirmar que aconteceu, sim.

 
    

Tentando Resgatar um Irmão

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M.F., Brasil, 28/12/2004

 

      Saudações,
 
 
     Teria um lugar na internet o qual conseguiria a Tradução do Novo Mundo completa? Isso porque estou fazendo comparação com outras bíblias por causa de um irmão que quando pequeno foi doutrinado pela TJ e estes ensinos ficaram cravados na mente dele, hoje ele esta com 14 anos de idade e, minha luta é tremenda para limpar a mente dele de toda a sujeira que a Torre causou. Por um lado, dou graças a Deus por ele estar entretido com as coisas do mundo e, por isto estar fora da TJ mas, vira e mexe, Deus entra no assunto e, os dogmas da TJ falam mais alto. Não desejaria a ninguém passar pela Torre, quanto mais um irmão que tanto amo. Qualquer ajuda é válida, orem por mim e por MEU irmão Alex. Deus os abençoe pela sabedoria que os Espírito Santo lhes deu.

 

Mais um Jovem Prejudicado

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P.B., Brasil, 24/10/2004

 

     Caro amigo Odracir, meu nome é P. B. e tomei conhecimento de seu e-mail por intermédio do ¨Irmão Brasileiro¨, pois estou passando por um problema similar ao seu; Eximição do Serviço Militar, esta eximição foi efetuada em 1978, a partir dai venho votando normalmente ate este ano de 2004, para surpresa, o meu titulo foi cancelado nestas eleições, fui procurar o motivo e não poderia ser outro, a tal ¨EXIMIÇÃO¨, fiquei indignado. Gostaria de saber se existe no Rio de Janeiro algum lugar, escritório ou telefone, para tirar duvidas sobre este caso.

 

Aguardo resposta breve.

 

P.S.: não pertenço mais as TJ desde l982.

 

 

Sem Comentários

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B., Brasil, 18/10/2004

 

     olha meu caro amigo, nao sou tj...mas tenho certeza absoluta que é a única religiao verdadeira, talvéz eu seja especial por q ninguém nehuma tj me ensinou nada aprendi sozinho diretamente de jeová...seja la o que voce prega, vc realmente tinha  que fazer isso porque se nao o mundo nao teria lógica muito menos a religiao verdadeira...mas eu gostaria de saber em que o sr acredita, por ex: se existe deus, se existe quem é, se acredita em trindade...se ha alguma religiao verdadeira e se ha qual é mas so uma dica se for uma em quer jesus é o deus verdadeiro em q adorem jesus nesse caso meu amigo ai vc vai ter q conhecer e saber a logica atravez da biblia q eu mesmo fiz...gostaria também q vc dissesse q jeová é um anjo..o ultimo q disse isso pra mim coitado num teve saida pois o encuralei nas suas proprias palavras e ele ficou num beco sem saida so tou dizendo isso pra tu v muito bem com quem vai tc, pois nenhum outro sabe o q eu sei e tenho um dom especial gosto de provar provando nao teorizando...so reforçando antes q vc use esse texto dizendo q mais um iludido ou revoltado gostaria  de dizer q nao sou tj...até pq é muito dificil preecher a linha d moral dessa religiao e de agradar ao unico deus verdadeiro, jeová...sim apenas nao esqueça q esse e-mail foi enviado pra te perguntar sobre o q vc acretida se é q acredita em alguma coisa...nao pra mandar aqulelas aparentimente "verdades " quer tu joga na tala dos incautos pois quando vemos de perto tem muitoa ilogica...entao ta isso pode ser um desafio pra vc...xau

 

O Sentinela em Vigia

Início

B., Brasil, 25/8/2004

(Minhas respostas estão em azul)

 

      Olá, Odracir, já ouvi muito falar sobre vc...

     "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará", concordo plenamente com esta frase em seu site, mas será que o que está nele é realmente verdade?

     Gostaria de convidá-lo a visitar este site refutando os sites dito apóstatas: www.osentinela.tk

     Por exemplo, será que os seus textos sobre transplante de orgãos, quando retirado trechos de Sentinelas! , são trechos verídicos? Eu respondo: Não São!  Fiz uma pesquisa de cada trecho das Sentinelas que haviam em sites apostatas, e nada fechou com as verdadeiras Sentinelas. Veja a matéria no site para vc ver com seus próprios olhos.

     Isso e muito mais, por favor entre, leia e reflita.

     Cordialmente,
 

     O Sentinela em vigia
 

     Caro Leitor

     Há alguns dias recebi uma mensagem sua afirmando que os textos extraídos da literatura da Sociedade Torre de Vigia sobre a proibição e liberação de transplantes de órgãos eram falsos. Enviei-lhe uma resposta, na qual eu declarava possuir cópias dos originais em português. Posteriormente eu soube que alguém lhe teria enviado os originais em inglês, os quais estavam traduzidos em páginas da internet, com datas diferentes da literatura em português, situação que perdurou até meados da década de 80. Creio que agora vc já sabe que os artigos são verídicos, sim, que ninguém apelou para esse tipo de falsificação para denegrir a imagem das TJ. Acredito que lhe tenha sido reconfortante por um momento procurar tais matérias na literatura e não encontrá-las. Talvez, em seu íntimo, tenha pensado, "Flagrei esses opositores em fraude! A Sociedade é inocente dessa acusação, jamais publicou artigos classificando transplantes como canibalismo! Quão feliz estou!". Imagino que agora, diante das evidências, esteja desapontado. Agora vc sabe que a acusação é verdadeira, que esses artigos absurdos foram, de fato, publicados e que vidas inocentes podem ter se perdido. Sabe que o Corpo Governante trata o assunto como se jamais houvesse ocorrido, que nunca se desculpou por esse ensino falso. Aliás, a Sociedade Torre de Vigia jamais se desculpou por nada. Mudará isso sua visão sobre ela??? Essa verdade o libertará??

     Atenciosamente,

     Odracir

    

     Caro Odracir!

     De fato, em meu íntimo tinha pensado isso, e já que também comiti um erro, e fiz as devidas alterações, peço desculpas ao Sr. pelo meu primeiro email, foi realmente algo vergonhoso para mim, lhe mandar tal email.

     Porém, o que importa realmente é não permanecer no erro, eu errei e mudei o que devia ser mudado, assim como faz também a sociedade, visto que a luz clareia mais a cada dia, é melhor abolir um ensinamento como tantos foram abolidos, do que permanecer nele e saber que ele é errado, lembra-se daquela passagem que quando alguém peca e sabe que está pecando e muito pior do que náo soubesse. Eu também fui pego pela ignorancia, visto que vi uma coisa, depois outra e vi que estava errado quando estava de fato certo.

     Mas ainda mantenho minha posição como estudante da bíblia.

     Desculpe-me novamente, nem lhe conheço e já fui lhe causando transtornos, atacando novamente oque Paulo disse sobre empenharmos pelas coisas que produzem paz e pelas coisas que são para a edificação mútua [Romanos 14:19].

     Cordialmente,
    

     O Sentinela em Vigia

 

     "Quem controla o Passado também Controla o Futuro" (George Orwell)

     Caro Sentinela

     É bastante elogiável de sua parte reconhecer humildemente o erro e retratar-se por ele, procurando a paz. Percebo sua sinceridade. Todavia, não creio que sua louvável atitude possa ser comparada à do Corpo Governante, pelas razões que exponho a seguir:

     1) Seu erro não ocasionou grande dano e certamente NÃO EXPÔS AO RISCO A VIDA DE NINGUÉM (diferentemente dos falsos ensinos sobre transplantes de órgãos e diversos outros).

     2) Você retratou-se explicitamente pelo erro, PEDINDO DESCULPAS ABERTAMENTE A QUEM PUDESSE TER SOFRIDO DE QUALQUER FORMA PELO ERRO (diferentemente do Corpo Governante, o qual jamais, em toda sua história, assumiu de forma direta e específica ter publicado falsos ensinos nem fez um pedido claro e público de desculpas por esses mesmos ensinos, mesmo sabendo que milhares poderiam estar sofrendo ou morrendo desnecessariamente por eles. Ao contrário, sempre preferiu se justificar transferindo a responsabilidade para "o povo de Jeová" ou usando termos bem reticentes como "achava-se que", "pensava-se que", de forma a não confessar que era ele e apenas ele, o Corpo Governante, que estava a "achar" e a "pensar". Isso quando não culpou indiretamente o "rebanho" por sua forma de entender o que se publica em A Sentinela e Despertai!).

     3) Sua opinião não é publicada  como "alimento espiritual no tempo apropriado", proveniente da iluminação do Espírito Santo - assim, não afeta adversamente muitas pessoas, já que elas têm a liberdade de questionar ou até de discordar (eu e você sabemos muito bem o que acontece a qualquer um dentre as fileiras das TJ que declare publicamente discordar de algum ensino do Corpo Governante). No seu caso, trata-se obviamente de simples opinião humana, pessoal e falível. Você humildemente não alega ser "dirigido" pelo Espírito Santo nem se apresenta como "Escravo Fiel" nem como "único canal de comunicação entre Deus e a humanidade". No entanto, o Corpo Governante, por décadas, têm presunçosamente atribuído a si próprio todos esses títulos, o que certamente implica muito mais responsabilidade com aquilo que se diz, principalmente quando se sabe que milhões de seres humanos até poriam suas vidas em risco para fazer exatamente o que esses homens ensinam. Lembre-se, "daquele a quem muito é dado, muito será cobrado". O uso de do texto de Provérbios cap. 4 ("vereda dos justos") como desculpa para ensinos falsos e antibíblicos é totalmente sem propósito, pois o contexto à volta (releia-o) sugere apenas uma comparação genérica entre o curso da vida do sábio e do tolo, nada tendo a ver com o vai e vem de ensinos da Torre de Vigia. Ademais, lembre-se de que qualquer liderança religiosa poderá se apropriar desse mesmo texto para justificar toda sorte de erro passado e até presente.

     Espero que esse episódio triste também o ajude a, daqui pra frente, não generalizar sua má avaliação daqueles que já foram adversamente afetados pelos falsos ensinos da Sociedade Torre de Vigia e hoje decidem expor ao público, na internet, todos os absurdos que os líderes da organização têm cometido ao longo de sua história. É direito das pessoas, antes de decidirem ingressar na religião das TJ, terem acesso AMPLO E IRRESTRITO a todo o passado dessa entidade, sem branquear nem minimizar episódios lamentáveis em que até a vida humana foi desrespeitada por conta de falsas doutrinas (da mesma forma que as TJ pedem transparência por parte das demais religiões). Certamente, há aqueles que cometem exageros ou que fazem ataques pessoais e morais contra o rebanho das TJ, o que certamente não é justo nem ajuda na causa do esclarecimento, mas também é preciso evitar tratar todos os! dissidentes pelo título de "apóstata", como se todos fossem indignos de serem ouvidos ou como se todos fossem desonestos pelo fato de discordarem de uma organização humana e falível.

     Se há uma coisa na qual eu procuro me pautar é a ética - jamais falsifico evidências ou faço denúncias infundadas. Se alguma informação em meu site estiver equivocada ou incompleta, estarei disposto a reformulá-la ou removê-la, desde que as evidências me sejam apresentadas (por falar nisso, percebi que já removeu de seu site o artigo "A Mentira tem Pernas Curtas"). Seria extremamente ingênuo falsificar provas, só para ver a falsificação desmascarada no futuro - não nos tome por tolos...

     Eu já esperava que você continuasse a apoiar a Organização, mesmo sabendo da possível culpa de sangue no caso dos transplantes (que mais lembra o obscurantismo da Idade Média). Acredito que mesmo diante de inúmeras outras faltas graves, essa ainda seria sua atitude. Compreendo que haja assim, pois foi ensinado a crer que não há vida fora da "organização" (essa idéia me foi passada desde que eu tinha 10 anos). Essa idéia está tão fixada em seu coração que praticamente nada do que você ainda venha descobrir poderá demovê-lo de continuar a apoiar os homens do Corpo Governante (em sua mente, discordar deles é o mesmo que se rebelar contra Deus). Mas reflita: de casa em casa, incentiva os outros a examinarem os erros das religiões delas e a considerá-los como evidência do desfavor divino. Essas pessoas não são incentivadas a perdoar a liderança religiosa delas nem são incentivadas a "esperar em Jeová", até que a religião delas faça os necessários "ajustes" no "devido tempo". No entanto, é exatamente ESSA  a atitude que você está tendo em relação à sua própria religião. Acha coerente?

     Pessoalmente, ainda espero que a verdade dos fatos venha a libertá-lo. Afinal, cada um tem seu tempo para despertar...

     Sinceramente,

     Odracir

     PS: o mais irônico de tudo é que você, em seu esforço sincero de defender a Sociedade, ainda seria repreendido e punido por ela, caso soubessem de seu site e de seu contato conosco. A censura é típica dos regimes totalitários, meu amigo...

 

 

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