De caça em caça


Caros amigos da lista,

Mais uma vez estou eu a enviar um e-mail com título estranho. No entanto, logo, logo passarei a esclarecer o que tenho em mente.

Estou nesta lista há pouco tempo e a ela estou irreversivelmente ligado. Tomei conhecimento do "site" http://www.testemunha.com.br e devo dizer que fiquei atônito com os fatos lá desnudados. Agradeço aos amigos Cid e César Augusto (a quem espero ver em breve nesta lista) por me darem a conhecer tais informações. Foi a partir delas que senti-me motivado a por de lado a passividade e abraçei a causa da  LIBERTAÇÃO MENTAL  do tipo de controle ao qual as vítimas, digo, adeptos da Sociedade Torre de Vigia são submetidas. Querem saber o motivo? Simplesmente porque É INJUSTO!Todos os que ingressam em uma organização TEM DIREITO a conhecer a história pregressa dela, assim como um homem que deseja desposar uma mulher tem direito a saber com que tipo de pessoa está para se casar (e vice-versa). Ocultar ou "branquear" o passado dela poderia induzí-lo a equívoco por meio daquilo que a lei chama de ERRO ESSENCIAL, tornando inclusive a união passível de anulação. Concordemente,  creio que da ocultação de informações não pode nascer o esclarecimento, assim como das trevas não provém a luz. E me parece bastante óbvio que, com raras exceções, qualquer pessoa que venha a tomar conhecimento da origem e história da Sociedade Torre de Vigia, deixará de se associar a ela.

As exceções são meramente produto do processo de robotização em linha de montagem, os "cegos por opção".

Pois bem, vamos a mais este "causo da Torre":

Estava eu inofensivamente no recesso do lar, quando  subitamente o silêncio foi interrompido pelo som de nossa campainha. O sogro de meu irmão foi até o portão ver de quem se tratava, ao passo que eu observei pela persiana de meu quarto e rapidamente identifiquei, pelo estereótipo,  a pessoa como sendo uma daquelas que costumam importunar as famílias nas manhãs de sábado ou domingo, se dizendo parte de uma "organização" que tem por objetivo levar as "boas novas a toda terra habitada". Evitando abordar temas polêmicos, o homem entabulou um diálogo (na verdade, mais um monólogo) sobre a infidelidade conjugal, para, a seguir, sutilmente fazer uma "ponte" entre o assunto suscitado e uma literatura que trazia consigo em uma pasta. O senhor que o atendera, declarou-se evangélico e leitor da Bíblia, exclusivamente. Contudo, para ser gentil, pagou pela revista. Aproximei-me a tempo de ouvir o final desta palestra e postei-me a uns dois metros, deixando-o pensar que eu ali estava por interesse na referida literatura. E funcionou. Após vender, digo, "colocar" a revista, o homem instou comigo para que a lesse também. Neste momento, iniciei outra palestra. Perguntei-lhe seu nome (Roberto, se não me engano) e procurei saber se o garoto com quem estava era seu filho, ao que me disse tratar-se "apenas de um amigo".Em seguida, perguntei-lhe há quanto tempo estava na ORG. Ele disse que estava por lá há cerca de vinte anos, o que nos transportaria para o ano de 1979. Ora, eu estivera lá desde 1972, de modo que testemunhei o fiasco de 1975, mas ele não. Busquei, deste modo, obter informações que me indicassem a melhor estratégia para abordá-lo. Caso não conseguisse induzí-lo a  raciocinar, pelo menos, esperava convencê-lo a não voltar à minha casa com aquele propósito novamente.Tentei sondar sua disposição para o diálogo mas tive uma decepção.A partir daí, houve entre mim e ele o seguinte diálogo, o qual tento reproduzir tal e qual foi, sem afeá-lo ou acrescentar palavras que não foram ditas:

Eu: "Olhe, eu já fiz este mesmo trabalho que você faz agora e gostaria de conversar com você sobre alguns pontos."

Ele: "Se você já foi TJ, quero lhe dizer que minha convicção acerca da 'verdade' é inabalável, de modo que podemos conversar sobre qualquer outro assunto, MENOS RELIGIÃO."

Eu: "Mas foi exatamente religião o que você trouxe à minha casa..."

Ele: "Não, eu vim trazer  a Bíblia."

Eu: "Mas não foi uma Bíblia que você vendeu àquele senhor. Foi uma literatura da SUA ORGANIZAÇÃO!"

Ele:"Sim, uma literatura baseada na Bíblia."

Eu: "Pois bem, tenhamos então uma conversa baseada na Bíblia. Se sua convicção é tão firme, você teme que algo que eu possa lhe dizer venha a abalar a sua fé?"

Ele: "Pela boca é que o apóstata arruína seu próximo" (referindo-se ao texto de Provérbios).

A partir deste momento, ele grosseiramente foi me virando as costas e caminhando a passos largos para longe de mim, ao que argumentei:
"Não sou eu quem está a fugir ao diálogo."
Deixei-lhe ainda esta última frase:
"Cristo não fugia ao debate com os fariseus..."
O exemplo deste homem, ao que me parece, é bem ilustrativo do tipo de condicionamento mental ao qual a Sociedade Torre de Vigia submete seus adeptos. Ora, ficava claro que esta pessoa não vinha à minha casa com a disposição de aprender, só de ensinar. Vinha munido do MONOPÓLIO DA RAZÃO, e diálogo algum poderia haver sem que, ao final, ele e a organização a qual representava estivessem  certos. Tais pessoas criticariam facilmente outras entidades, mas jamais admitiriam que a sua própria fosse submetida ao escrutínio de terceiros. Temem o exame de suas próprias crenças, pois elas tem base sobretudo EMOCIONAL, não RACIONAL.Eu próprio me recordo de um episódio em que, confrontado com questionamentos por parte de um senhor que conhecia grego e criticava a Tradução do Novo Mundo, retirei-me para não mais ser golpeado pela força de seus argumentos irrefutáveis. As pessoas que fazem este trabalho "forçado", muito provavelmente sentem-se como eu me sentia. O chão sumiria sob seus pés, caso descobrissem incoerências na organização à qual venderam suas almas.Recomendam,pois, mente aberta, mas a delas está trancada a chave pela Sociedade Torre de Vigia. Condenam preconceitos, mas estão soterradas sobre toneladas deles. Na verdade, seu trabalho não é de casa em casa, mas DE CAÇA EM CAÇA, pois só podem pregar A OUVIDOS IGNORANTES, presas fáceis para sua doutrinas.

Tais métodos não podem deixar de me lembrar os regimes totalitários, especialmente o nazi-fascismo na Europa no episódio dramático que culminou com a II Guerra  mundial. É o mesmo que dizer: "NÃO PENSE! NÓS PENSAMOS POR VOCÊ..." Sob tais organizações controladoras de mentes o conceito de livre arbítrio é reduzido à mera retórica.

A propósito, o Dr. Goebbels (ministro da propaganda nazista), é citado como tendo dito:

"A propaganda quer impregnar as pessoas com suas idéias. É claro que a propaganda tem um propósito. Contudo, este deve ser tão inteligente e virtuosamente escondido que aqueles que venham a ser influenciados por tal propósito NEM O PERCEBAM."
Odracir

 

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